segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Top Mais

Depois de ter partilhado o Top Menos aqui está o Top Mais. Este não se resumo a três livros, mas sim a dez! Sim! É mais difícil escolher os que mais gosto. No entanto há diferenças entre os que mais gosto, daí o Top.
Se clicarem na imagem da capa podem ler as minhas opiniões!

1º 
http://oimaginariodoslivros.blogspot.pt/2013/01/os-dragoes-do-assassino-robin-hobb.html

2º 
http://oimaginariodoslivros.blogspot.pt/2013/11/princesa-mecanica-de-cassandra-clare.html

http://oimaginariodoslivros.blogspot.pt/2013/06/red-seas-under-red-skies-de-scott-lynch.html

http://oimaginariodoslivros.blogspot.pt/2013/08/em-nome-da-memoria-de-ann-brashares.html


http://oimaginariodoslivros.blogspot.pt/2013/02/o-mapa-do-tempo-de-felix-j-palma.html

 6º
http://oimaginariodoslivros.blogspot.pt/2013/03/sinopse-finn-conseguiu-fugir-de.html

 7º
http://oimaginariodoslivros.blogspot.pt/2013/09/marina-de-carlos-ruiz-zafon.html

http://oimaginariodoslivros.blogspot.pt/2013/07/os-tres-mosqueteiros-de-alexandre-dumas.html

 9º
http://oimaginariodoslivros.blogspot.pt/2013/01/cloud-atlas-atlas-das-nuvens-de-david.html

 10º
http://oimaginariodoslivros.blogspot.pt/2013/10/taliesin-o-ciclo-pendragon-de-stephen.html

Top Menos

Antes de partilhar o meu Top Mais, vou começar pelo Top Menos. Este ano não houve assim grandes desilusões literárias. Isto deve-se ao facto de eu escolher bastante aquilo que quero ler. À partida não arrisco muito nas leituras, porém há sempre algumas que não correspondem àquilo que eu esperava. É dessas que vou aqui abordar.

Este Top consiste numa escala de 1 a 3 (1 para o pior e 3 para o "menos pior"). Ora aqui vai.


1º 
http://oimaginariodoslivros.blogspot.pt/2013/01/cinder-de-marissa-meyer.html


2º 
http://oimaginariodoslivros.blogspot.pt/2013/06/jonathan-strange-o-sr-norrell-de.html


http://oimaginariodoslivros.blogspot.pt/2013/01/cinder-de-marissa-meyer.html

Leituras 2013

 Chegou a altura de refletir sobre as leituras deste ano. Para começar aqui estão os livros lidos este ano:



Li 43 livros. A maior parte correspondente ao género Fantástico e li alguns Romances Históricos

 O post seguinte será sobre os que menos gostei!

"Luz e Sombra" de Leigh Bardugo

Sinopse:

Só ela consegue vencer as trevas... Rodeada por inimigos, a outrora grande nação de Ravka foi dividida em duas pelo Sulco de Sombra, uma faixa de escuridão quase impenetrável cheia de monstros que se alimentam de carne humana. Agora, o seu destino pode depender de uma só refugiada. Alina Starkov nunca foi boa em nada. Órfã de guerra, tem uma única certeza: o apoio do seu melhor amigo, Maly, e a sua inconveniente paixão por ele. Cartógrafa do regimento militar, numa das expedições que tem de fazer ao Sulco de Sombra, Alina vê Maly ser atacado pelos monstros volcra e ficar brutalmente ferido. O seu instinto leva-a a protegê-lo , e ela revela um poder adormecido que lhe salva a vida, um poder que poderia ser a chave para libertar o seu país devastado pela guerra. Arrancada de tudo aquilo que conhece, Alina é levada para a corte real para ser treinada como um membro dos Grishas, a elite mágica liderada pelo misterioso Darkling. Com o extraordinário poder de Alina no seu arsenal, ele acredita que poderá finalmente destruir o Sulco de Sombra. No entanto, nada naquele mundo pródigo é o que parece. Com a escuridão a aproximar-se e todo um reino dependente da sua energia indomável, Alina terá de enfrentar os segredos dos Grisha... e os segredos do seu coração. (In Goodreads)

Opinião:
Bem, aqui está um livro que me espantou. Decidi lê-lo pois li várias opiniões fantásticas sobre ele e também porque andei a ler bocadinhos na livraria. A curiosidade dá para isto!

Pois bem, quando comecei a ler senti algo parecido com um misto de frustração. Não estava a corresponder às minhas expectativas. Porém, à medida que ia lendo e que a história ia avançando comecei a ficar mais aliviada e pensei "ah, agora sim, está parecido com aquilo que tinha pensado!". No final fiquei bastante satisfeita, mas não posso dar as cinco estrelas. Espero que o possa fazer no segundo livro.

As personagens são interessantes, mas sinto que não me conseguiram cativar na totalidade. Alina, Mal e o Darkling estão muito bem, são complexos e sinto que dali pode ser extraído um belo sumo. Porém não posso dizer o mesmo das personagens secundárias. Não senti nada por elas e acho que isto deve-se ao facto de não estarem muito desenvolvidas. Sei que são secundárias, mas é importante e essencial que estejam bem desenvolvidas. Também acho que isto pode dever-se ao facto de ser o primeiro livro, podendo no segundo haver um maior desenvolvimento das personagens, mesmo a nível das suas atitudes (é mais a ente nível que me estou a referir e não a um mais característico).

Outro aspeto que senti que poderia ter sido melhor prende-se com a falta de detalhe no dia a dia de Alina, em especial nos palácios. Há um espaço de cinco meses em que muito mais poderia ter sido abordado. Os Grisha tem que aulas? O que fazem no seu dia a dia? O que aprendem? Alina só tinha aulas com Baghra e Botkin? Podia estar mais desenvolvido. O livro podia ser maior e ter mais detalhes. Falta um contexto mais coerente e mais detalhado para criar um mundo novo.

Penso que a autora dedicou mais tempo a descrever penteados e aspetos de beleza do que o que realmente interessa. Se houvesse mais conteúdo histórico do contexto, mais detalhes do quotidiano e mais sumo, ok, não fazia problema nenhum esses aspetos, mas sem uma forte base, tal fica um bocado supérfluo, pois em quase nada é relevante para o enredo em si.

Mais História deste mundo era essencial. Claro que nem todos os livros de Fantasia são como o Harry Potter, Senhor dos Anéis, Nome do Vento, Saga do Assassino, Locke Lamora ou as Crónicas de Gelo e Fogo, mas essas são as minhas referências e depois quando leio livros deste género em que falta algum conteúdo mais aprofundado... sinto-lhe a falta e é impossível não fazer comparações.

A autora podia ter se esforçado mais.

No entanto, gostei muito do desenrolar dos acontecimentos. A parte final é muito boa. Há bastante ação e momentos de gelar o sangue. O ritmo da leitura chega a ser frenético nesses momentos e isso é bastante agradável. A relação entre Alina e o Darkling é dos aspetos mais interessantes, bem como Alina e Mal. Aliás estas três personagens estão muito bem. Para mim, a maior força motriz do enredo é o Darkling. Espero que mais seja revelado sobre ele e os seus desejos, bem como sobre o seu passado. O Darkling é, sem dúvida, a personagem com mais personalidade!

Gostei muito da parte da viagem de Alina e Mal, bem como do final do livro. Promete bastante para o segundo, onde espero encontrar bastantes melhorias.

Em suma, é um livro bom, que podia ser melhor. Vou acompanhar a trilogia, pois promete algo de muito bom! Estou à espera de grandes acontecimentos de cortar o fôlego! Sim, este é o grande trunfo da autora. Espero que saia em breve o segundo (em Português) para continuar a acompanhar esta jornada.



Se calhar vou até lá fora e deixo que o vento a leve. Este vento é suficientemente forte para te alcançar, para viajar para sul através de Tsibeya, para escalar Petrozoi e ziguezaguear pelas ruas de Os Alta. Este vento não será parado por portões ou guardas. Há de subir a tua torre e abanar a janela do teu quarto, ou de se esgueirar por uma passagem oculta e passar por entre as grades da tua cela.
Vai  levantar-te o cabelo e roçar-te na face, e se calhar tu vais levantar a cabeça e ouvir-me. (p.312)

NOTA (0 a 10): 8 

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Feliz Natal !!!

Desejo-vos um Feliz Natal, cheio de tudo o que há de bom =)


"Merlim - O Ciclo Pendragon", de Stephen R. Lawhead

Sinopse:

Merlim é o segundo romance do ciclo Pendragon, e nele é-nos narrada a história de Merlim, pelas palavras do próprio. Neste volume seguimos a história do nascimento e juventude do futuro rei Artur, por entre as disputas dos senhores rivais da Bretanha, a invasão dos saxões, a vida clandestina do Povo da Colina e a decadência do poder de Roma. (in Goodreads)

Opinião:

Este é o segundo livro do Ciclo Pendragon, de Stephen R. Lawhead. Depois de ter lido "Taliesin", foi com grande interesse que me debrucei sobre "Merlim".

Bem, não tenho nada a apontar em termos de negativo. Este é um excelente livro, com uma história muito bem escrita, cheia de detalhes e de beleza. A narrativa de Merlim (narrador presente)é resplandecente de beleza e magia. É muito interessante o facto de ele ir fazendo pequenos comentários ou mesmo interjeições sobre assuntos que mais à frente serão abordados. É uma forma de antecipação que deixa o leitor em suspense, algo que é me é agradável.

Encontramos várias das personagens do livro anterior, se não praticamente todas. Tudo se encaixa e interliga; nada fica por contar. A narrativa abarca um longo período de tempo, o que é interessante pois permite "visualizar" as mudanças operadas tanto nas personagens (física e mentalmente) como a nível do ambiente e das mentalidades no global.

Também existe um grande leque de personagens, o que é bom uma vez que as relações entre elas são muito ricas e nada básicas. Merlim está sempre presente em tudo o que acontece e procede sempre de modo maravilhoso (excepto num momento...). Merlim é a personagem principal. Ele conta-nos a sua história, desde pequeno até a um tempo mais longínquo, até ao presente, quando ele está a contar a história, se bem que tal não fique totalmente claro, o que significa que pode ser que a história que ele está a contar já tenha acontecido totalmente, mesmo o que não é contado neste livro (a vida de Artur). Penso até que esta segunda hipótese é mais provável, uma vez que, sendo imortal, Merlim poderia contar a história mesmo agora, nos dias de hoje.

Gostei muito de rever as personagens do livro anterior, nomeadamente Charis, o Rei Pescador, Morgana, Blaise, Dafyd, entre outros. Gostei muito das novas personagens, principalmente de Ganieda e seus familiares, bem como de Aurélio e Uther, Ygerna, Peleias, entre outros. Gostei muito de ver as suas interações com Merlim. O facto de Merlim ser descrito ao longo da história como um homem jovem (de aspeto) também me agradou, a nível imaginativo.

As batalhas, traições, intrigas e maldades são muitas e estão muito bem encadeadas, bem como bem descritas. As imagens são muito vividas e sugestivas, sendo fácil imaginar o que se está a ler. Este livro é tem mais características da cavalaria do que o anterior, fazendo com que a história não tenha tantos elementos fantásticos. No entanto, as profecias de Merlim estão muito bem descritas e são de grande relevo para os acontecimentos.

A possível relação desta história com a realidade é outro aspeto interessante e que me cativa, uma vez que gosto de pensar que o nosso mundo já foi um lugar assim. Depois é interessante relacionar estes acontecimentos com outros presentes em histórias com temas parecidos ou que se passam no mesmo período. Encontrei personagens que já tinha encontrado noutros livros!

Muito bom, recomendo a todos os que gostam deste género de histórias! Espero que o próximo seja tão bom ou ainda melhor!

Podem ler aqui a opinião sobre o primeiro volume.

Nota: A capa do livro aqui presente não é a da edição que li, mas como não encontrei nenhuma, tive de colocar esta.

NOTA (0 a 10): 9,5

O Hobbit - A Desolação de Smaug


Fui ver O Hobbit na segunda semana após a estreia. Depois de ter visto o primeiro duas vezes (uma no cinema e outra em casa) foi com grande curiosidade que me sentei na cadeira do cinema para ver o que é que de lá do ecrã iria aparecer. 

O ano passado fiz um post sobre o primeiro filme, que podem ler aqui. Gostei mais do filme do que do livro, pois tem mais ação, mais aventura, mais enredo. O livro não me cativou totalmente, como aconteceu com a trilogia d' "O Senhor dos Anéis", ou como com "O Silmarillion". Esse meu sentimento deve-se à estrutura de conto que a história de "O Hobbit" apresenta e da consequente "leveza" com que é narrada. Mas era esse mesmo o objetivo do autor. Apesar de não me ter fascinado totalmente, é muito muito bom!

Pois bem, este segundo filme é MUITO MELHOR do que o primeiro (algo que era difícil de acontecer, pois o primeiro está muito bom também).

O que fez com que eu achasse este segundo filme ainda melhor?

Primeiro, o aparecimento dos Elfos. No primeiro também temos Rivendell e os Elfos de Mirkwood na introdução, mas aqui não é a mesma coisa. Temos o Legolas em ação. Ele está lindo e cheio de elasticidade, de força e de ímpeto. Temos Thranduil, sempre majestoso e arrogante, com a sua maravilhosa figura enaltecida. O pai de Legolas é um maravilhoso rei, que pensa apenas no bem do seu povo e do seu território, faltando com a sua ajuda e poder por diversas vezes para com os outros habitantes da Terra Média. E temos Tauriel, que não aparece no livro, mas que a meu ver está excelente! Uma elfa guerreira, comandante das tropas de Mirkwood, valente, interessante, mas que não é aquela beleza elfíca como Galadriel ou Arwen, por ser de uma raça vista inferior, os Silvan Elves. Tauriel é espetacular! Gostei imenso da personagem e sem dúvida que a história no livro teria sido muito mais interessante se ela tivesse aparecido! 

Athelas!


Este meu gosto pela Tauriel está relacionado com a sua ligação ao anão Kili, pois claro. Kili é o meu anão favorito. É o mais engraçado e o mais interessante, a meu ver. Por isso mesmo gostei imenso de ver o destaque que ele tem neste filme. O que lhe aconteceu só veio trazer emoção e sentimento à história. Ver ali aquele desabrochar de sentimentos... aquele início da sua "relação" (entre aspas pois ainda está numa fase muito primária), depois o heroísmo dele, a sua partida, a partida de Tauriel em auxílio de Kili e o seu reencontro em Esgaroth... estes aspetos a tender para o romantismo são uma pedra fundamental no filme. E ainda há uma tensão entre Legolas e Tauriel que é muito interessante e vai dar que falar, penso eu.


Segundo, as relações com acontecimentos que se apresentam na trilogia. Vemos Sauron, o renascer dos Nazgul, Dol Guldur... o início do que acontece em "O Senhor dos Anéis". Achei fascinante, uma vez que enriquecem muito o filme, tornando-o mais coerente, mais coeso e mais épico. Gandalf tem aqui um papel preponderante, que está muito bom.


Terceiro, as sequências de algumas das cenas, em especial daquelas em que existem lutas, estão perfeitas. A cena da fuga nos barris está muito bem elaborada, bem como a do Gandalf em Dol Guldur e ainda a do Smaug.


Claro que Bilbo está muito bem, ainda não o tinha referido. Apesar de parecer que tem uma participação menos "principal", tal é só impressão. A conversa entre ele e Smaug está brilhante! Pensar nele enquanto Watson e Smaug enquanto Sherlock foi algo que me divertiu.


Gostei de ver Beor e gostei muito do Bard (bela escolha para o papel!) e de Esgaroth. No fundo, gostei mesmo de tudo e não tenho nada para dizer sobre aspetos menos positivos, pois de facto não existem.

Sobre a banda sonora, Howard Shore supera-se face à banda sonora do primeiro filme. É possível ouvir pequenas partes de músicas de "O Senhor dos Anéis" em diversos momentos. Uma que achei especial foi a Shelob Lair (o título da música), que aqui aparece numa pequena parte de The High Fells... sublime! Com algumas ligeiras alterações, que só agradam ainda mais. Completa doçura e magia!

A fotografia e a cor também estão perfeitas. Fui ver a versão 2D e não fiquei nada desiludida (tinha visto o primeiro em 3D). Está muito bem. O guarda roupa também está muito bonito.


Este sim, este filme tem tudo para ganhar alguns Oscares. Foi injusto o anterior não ter ganho nas categorias para que fora nomeado, no entanto penso que este vai conseguir alguma coisa além das nomeações.

Quem ainda não foi ver, que vá! Sim, não podem deixar de ver este maravilhoso filme! Recomendo sem reservas, a todas as pessoas.

NOTA (0 a 10): 10

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

"A Cidade dos Ossos", de Cassandra Clare

Decidi ler este livro (primeiro da saga) depois de ler a trilogia do Anjo Mecânico. Isto por um aspeto meramente cronológico, uma vez que a trilogia situa-se no século XIX e a saga nos dias de hoje.

Neste primeiro volume encontramos Clary Fray, uma Caçadora de Sombras que desconhece o facto de ser uma Caçadora de Sombras. Tal deve-se ao facto da sua mãe tentar a todo o custo apagar/modificar as memórias de Clary ao longo da sua vida, de modo a a afastar do mundo das sombras. Clary, no entanto, esbarra com um grupo de Caçadores de Sombras (Jace, Alec e Isabelle), vendo-se atraída para eles. Acaba por ser salva por Jace e depois de ver a sua mãe desaparecer misteriosamente, Clary vê-se praticamente obrigada a viver no Instituto, tentando descobrir a verdade sobre a sua história. Simon, o amigo de Clary (mundi - humano) vê-se também arrastado para esta aventura. É uma história com cabeça, tronco e membros.

Gostei bastante da história. O aspeto que mais me fascinou foi a complexidade do passado do Círculo. O background das personagens mais velhas é bastante rico. Esse fator é de grande relevo para o meu gosto em termos de enredos. É preciso haver um contexto, tanto ambiental como a nível da história das personagens.

Por isso mesmo, o que mais gostei ao longo da narrativa foi o enredo respetivo da história do Círculo e dos seus membros mais influentes e que mais aparecem (Valentine, Luke (Lucian), Jocelyn, Hodge, Wayland e os Lightwood). Gostei de ver como é que as ações de uma geração podem influenciar outra geração (relação entre a geração de Valentine e a de Clary), uma vez que é um aspeto bastante rico do enredo, onde é mostrado a mestria da autora.

Em termos das personagens, não fiquei assim tão fascinada. Gostei do Simon, do Alec, do Luke, da Isabelle... do Jace (mais para o final). A Clary não me convenceu totalmente. Pareceu-me um pouco insípida. Espero que melhore nos livros seguintes. Aliás, este é um excelente livro para inicio de saga! Termina no momento perfeito para uma continuação e deixa tudo em aberto. Ah! E gostei de ver o Magnus Bane, que já aparece na trilogia!

Era impossível não comparar este livro com os pertencentes à trilogia do Anjo Mecânico. Daí as quatro estrelas. Depois de ter ficado completamente fascinada logo no primeiro livro da trilogia (Anjo Mecânico), em todos os aspetos presentes nele, tal não aconteceu neste livro. Penso que tal também se deve ao facto de ter gostado tanto das personagens da trilogia e da sua história... marcou-me muito e as comparações eram inevitáveis.

Também vi o filme. Sinceramente, gostei bastante do filme, apesar de ser muito diferente do livro, principalmente na parte final (que teria ficado melhor se tivesse sido como no livro...). Vi o filme quando esteve no cinema. Li o livro agora. Só pude comparar agora e perceber algumas críticas ao filme, que compreendo perfeitamente. 

É um livro que recomendo, principalmente a todos os que gostam deste género de histórias. 

 

NOTA (0 a 10): 9

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

"Os Jogos da Fome - Em Chamas"


Depois de ter visto o primeiro filme, tinha de ver o segundo. Conclusão: "Em Chamas" é ainda melhor do que o primeiro. 

Li os livros antes de ver o primeiro filme. De todos os livros, "Em Chamas" foi o que mais gostei. Primeiro porque é o que nos prepara para o que lá vem e depois porque as personagens são testadas ao limite. A trama é muito mais densa, a revolta espreita e os laços entre as personagens são muito mais arrepiantes.

O filme está muito fiel ao livro. No primeiro já tinha constatado isso, no entanto há algumas alterações, como é normal acontecer. Contudo, neste segundo filme as alterações são quase nulas ou muito muito subtis. Já li o livro há dois anos, mas pareceu-me que até as falas estavam quase idênticas. Quando ouvi o Peeta a dizer "Always" até me arrepiei! Sim, a comparação com o Snape está presente, mas o Peeta também tem um sentimento muito especial e arrebatador. 


Em "Em Chamas", Katniss e Peeta voltam para a arena, desta vez para tentarem vencer todos os vencedores dos jogos passados: dois vencedores por distrito. Isto devido ao 75º aniversário dos jogos. O Presidente Snow  começa a ver a revolta no olhar dos cidadãos de Panam e por isso intimida Katniss, ameaçando-a subtilmente através da sua família e daqueles de quem ama. 

A cena em que Katniss e Peeta param no Distrito 11 é bastante marcante. Ambos os discursos dos vencedores são fortes e emotivos e quando Katniss relembra Rue é normal que apareçam nos olhos de quem está a ver o filme algumas gotas de água. Também quando o senhor levanta o  braço, fazendo o gesto de Katniss nos jogos anteriores, e assobia a melodia senti várias emoções, destacando o sentimento de revolta quando o homem é levado pelos Soldados da Paz (que irónico) e morto. 

Todas as cenas em que os Soldados da Paz entram são muito boas, pois transmitem emoções ao espectador. A horrível realidade que eles transmitem é muito penosa e revoltante. Ver os distritos a rebelarem-se é bastante forte, que comove e faz girar algo dentro do peito. 

Depois, outra cena que mexeu comigo foi aquela em que os jogadores se apresentam no programa do Caeser. A jogada de Peeta, o vestido de Katniss e as mãos dadas dos jogadores fizeram dessa cena uma das mais simbólicas de todo o filme. Aquele foi o momento em que houve uma oportunidade de virar o jogo, oportunidade essa que não aconteceu. Foi uma cena muito bela e comovente. 

Não me querendo estar a alargar aqui com partes do filme vou só acrescentar o jogo em si. A arena está muito boa, como no livro. Tick Tock, it's a clock...awsome! E o final foi soberbo. A parte em que a Katniss é içada fez-me lembrar o Frodo no final de "O Regresso do Rei"; está muito bem.

Peeta continua-se a ser aquele doce de rapaz que mostrou no filme anterior. Josh Hutcherson está muito bem no seu papel e convence completamente. Gostei imenso da parte em que ele cai na neve, levando Katniss consigo. Foi exatamente assim que a imaginei e fiquei feliz por vê-la no grande ecrã. Claro que o Peeta sofre um bocado, mas faz parte do seu charme e do seu encanto. O Peeta é a minha personagem favorita. 

Katniss é uma lutadora. Jennifer Lawrence tem uma representação irrepreensível e muito forte. Não sei se este filme pode ir aos Oscares, mas a força com que Jennifer interpreta o seu papel está fenomenal. Muito bem, muito forte e muito real. Todos os sentimentos, o horror, o medo, a esperança e a força de Katniss está presentes em Jennifer. Não poderia ter sido melhor. 

Não vou aqui falar de todos os atores e personagens. Menciono só Finnick e Johanna, que estão muito bem. Os atores estão muito bem, vestiram a pele das personagens na perfeição. Imaginei o Finnick um pouco diferente, mas fiquei convencida com Sam Claflin. Jena Malone está perfeita como Johanna. Gostei bastante. Todos os atores estão bem para os seus papéis. O cast está perfeito.

A banda sonora também está bastante interessante. A força do seu ritmo adequa-se muito à força da história. A música dos Coldplay é linda. 

Bom filme. Recomendo vivamente! Ouvi pessoas a gritar com o final, mas não se assustem. O terceiro vai explicar tudo e vai mostrar muito do que agora está difuso. 
Vão ao cinema!


 NOTA (0 a 10): 10

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

"Expiação", de Ian McEwan

Depois de ter demorado algum tempo a ler este livro, cheguei à conclusão que foi bom assim. O facto de ter demorado mais tempo a lê-lo (por motivos exteriores ao livro) deu-me espaço para refletir sobre os diferentes momentos e partes que lia ao longo dos dias. Conseguiu saborear, refletir e construir as minhas próprias ideias sobre a história e a sua especificidade. Esta é uma história complexa e bastante nebulosa, que me fez pensar bastante na complexidade dos sentimentos do Ser Humano e do que leva o Homem a agir em determinado sentido, escolhendo um caminho e não outro de tantos outros que lhe são apresentados em determinados momentos da vida.

A história da expiação de Briony Tallis é bastante triste. Sinceramente, não senti a mínima pena dela. A sua expiação é triste porque quem expia o seu erro acaba por ser a sua irmã, Cecilia, e Robbie Turner, o filho da mulher-a-dias da casa dos Tallis. Briony pode ter tido uma vida de expiação e de tormento entre o que fez, o que devia ter feito e o que fez acontecer, mas quem sofreu com a própria vida não foi ela. Senti bastantes vezes um ódio profundo pela personagem, principalmente na primeira parte do livro (que é dividido em quatro (jantar, guerra, enfermeiras, 1999, isto por palavras minhas).

No início é-nos apresentada a família Tallis e as preparações para um jantar em honra do filho mais velho, Leon, e do seu amigo, Paul Marshall, um promissor criador de chocolates com princípios químicos. Está-se em 1935, em Londres. A família Tallis é uma família bem posicionada na sociedade, um tanto abastada, mas não por aí além. Existem três filhos: Leon, Cecilia e Briony, a mais nova. Durante esse período chegam à casa Lola, Pierrot e Jackson, filhos da irmã da mãe dos Tallis. Os três irmãos estavam a viver uma vida bastante atribulada devido ao divórcio dos pais e para os ajudar são enviados para a casa dos Tallis. Para presentear o irmão, Briony escreve uma peça (As Provações de Arabella) e tenta fazer com que os irmãos a dinamizem com ela durante o jantar. Acaba por correr mal e Briony vê-se embutida numa confusão de sentimentos. A sua mente complexa, imaginativa, perturbadora, exaltada, a sua mente odiosa e distorcida, provoca uma alteração irremediável para a vida da família.
Depois de ter observado Robbie e Cecilia num estranho comportamento, recebe das mãos de Robbie uma carta para a irmã, que acaba por abrir e ler, deturpando o seu conteúdo. As suas ideias e deturpações levam à prisão de Robbie, ao afastamento de Cecilia e à sua expiação.

Robbie vê-se enviado para a guerra, Cecilia vê-se a abandonar a sua casa, partindo para uma vida de sofrimento e espera pelo seu amado, enviado para a França. Cecilia acaba por se tornar enfermeira, de modo a tornar-se independente. Briony também envereda por enfermagem, para expiar a sua culpa através da ajuda aos soldados feridos.

Temos também a história do ponto de vista de Robbie, na segunda parte. A jornada pela França, durante a retirada para Dunkirk, e a espera fatal pelo barco e pelo reencontro com Cecilia. Os seus pensamentos e atos... a sua espera adiada. Esta foi a parte de que mais gostei. Robbie e Cecilia são as minhas personagens preferidas da obra e é neste capítulo em que elas estão mais presentes. As descrições da guerra, do ambiente e do estado de espírito de Robbie também me fizeram gostar bastante desta parte.

Na terceira parte temos novamente Briony, agora com 18 anos, estagiária de enfermagem. A voltas com a sua culpa e com o desejo de resolver o mal que provocou, Briony vê-se envolvida no início da guerra contra a Inglaterra, desabrochando assim para a sua profissão, tratando dos feridos e dos moribundos. Apesar de ser novamente sobre Briony, esta parte foi muito interessante. Está mais crescida, mais senhora, mais decente. Já não tem as ideias deturpadas da vida e o desejo de expiação é bastante forte e comovente. Existe uma parte deste capítulo bastante comovente, em que ela é mandada acompanhar um jovem francês com um ferimento medonho na cabeça, Luc Cornet. O diálogo entre ambos e o seu término é bastante forte e vivido, deixando uma impressão na memória. Também a parte final do capítulo, quando Briony vai visitar a irmã, é bastante rica e nobre, mostrando extrema mestria na escrita do autor. A forma como esta parte termina é bastante bela e prometedora, deixando antever um alívio para Briony e para o casal.

Porém, nada é o que parece e a última parte, uma espécie de epílogo, revela-nos o verdadeiro final da história. Foi a parte mais nostálgica da obra e mostra bastante bem a vida e a mente de Briony, agora com 77 anos. As suas explicações e pensamentos, a sua justificação, são factos bastante interessantes e complexos que fizeram com que eu a compreendesse. Este é o melhor final para esta obra. Não havia outro possível e denota, mais uma vez, a mestria do autor.

Sim, gostei do livro. Gostei da complexidade dos sentimentos e dos pensamentos. Gostei do enredo, das personagens, das suas vidas e das descrições. A parte da guerra está bastante interessante, tanto no segundo como no terceiro capítulo. Esta é uma obra que necessita de reflexão e de tempo para ser degustada. Não é uma história fútil, leve ou simples. Pelo contrário, é bem complexa e densa. Vale muito a pena. 

Vi o filme. Os atores não podiam ter sido melhor escolhidos.


Está muito fiel e muito bom.
Por isto tudo, recomendo a sua leitura.
Deixo aqui uma citação que para mim foi sublime.

Saiu do café e, ao percorrer o Common, sentiu aumentar a distância entre ela própria e um outro ser, não menos real, que estava a regressar ao hospital. Talvez a Briony que se dirigia para Balham fosse a personagem imaginada, a assombração. Aquela sensação irreal intensificou-se quando, passada meia hora, chegou a uma outra High Street, mais ou menos igual à que deixara para trás. pág. 372


Este vídeo foi feito por mim. Espero que gostem :) Achei que a letra da música se adaptava muito bem.

NOTA (0 a 10): 8,5

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Os 10 anos da Editora Saída de Emergência

Depois de ter sido convidada pelo Fiacha a fazer este post, aqui está ele!
É com enorme prazer que dou os parabéns a esta Editora, que tem tantos livros bons e que me fazem sonhar.
Espero que a Editora faça muitos mais aniversários, sempre recheados de sucessos e excelentes novidades.

Para comemorar vou fazer os livros que mais gosto desta Editora, nomeadamente da Coleção Bang!.




 Boas coleções, personagens soberbas e enredos ambiciosos! Belas histórias cheias de ação e suspense, que me prenderam num instante :)

E vocês? Quais são os vossos favoritos?