segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Oscars - 85ª Edição

Ontem foi noite de Oscars. Que acharam dos vencedores? Mereceram ou não? 
Numa cerimónia onde os Musicais foram celebrados, não houve um filme super premiado, como já tem acontecido noutras edições. O máximo que os filmes vencedores conseguiram arrecadar foi quatro Oscars, vejamos:

A Vida de Pi, com quatro estatuetas:
Melhor Realizador
Melhor Fotografia
Melhores Efeitos Visuais
Melhor Banda Sonora Original


Les Misérables, com três estatuetas:
Melhor Atriz Secundária
Melhor Caracterização e Penteado
Melhor Mistura de Som



Argo, com três estatuetas:
Melhor Filme
Melhor Montagem
Melhor Argumento Adaptado

Django Libertado, com duas estatuetas:
Melhor Ator Secundário e Melhor Argumento Original


Lincoln, com duas estatuetas:
Melhor Ator e Melhor Design de Produção 

Skyfall, com duas:
Melhor Edição de Som e Melhor Canção Original


Não houve nenhum filme que conseguisse arrebatar muitas estatuetas como aconteceu no passado com: Titanic (1997, 11 Oscars, 14 nomeações), E Tudo o Vento Levou (1939, 10 Oscars, 13 nomeações), Ben-Hur (1959, 11 Oscars, 12 nomeações), West Side Story (1961, 10 Oscars, 11 nomeações), O Senhor dos Anéis, O Regresso do Rei (2003, 11 Oscars, todos para os quais estava nomeado). 
Estes foram os filmes que conseguiram ganhar mais de 10 estatuetas, sendo que O Senhor dos Anéis 3 conseguiu vencer todas as categorias para as quais estava nomeado, sendo o único a conseguir tal feito, se não estou em erro. 

De facto, a trilogia do Senhor dos Anéis foi a que mais Oscars ganhou, sendo que:
A Irmandade do Anel ganhou 4 (13 nomeações)
As Duas Torres ganhou 2 (6 nomeações)
O Regresso do Rei ganhou 11 (11 nomeações).


Pois bem, fazendo uma análise desta edição e pegando por aqui, penso que houve algumas falhas nas nomeações e nos vencedores. Agora é algo que vai muito da opinião pessoal, mas devo expor a minha opinião. 

O Hobbit estava nomeado para três categorias, sendo elas: Melhor Design de Produção, Melhor Maquilhagem e Penteados, Melhor Efeitos Especiais. Ora para já, a meu ver, devia ter sido nomeado para outra categoria: Melhor Banda Sonora. E devia ter ganho as três categorias para as quais estava nomeado, uma vez que se justificava, tanto a nível de decors e cenários, maquilhagem e penteados (o cabelo da Helena Bonham Carter está muito fixe em Les Misérables, mas e as cabeleiras dos Anões! Como foi possível não ganhar???), como a nível de efeitos especiais (pronto, A Vida de Pi também é bonito e tem grande mestria a este nível, mas e a batalha das montanhas em O Hobbit? E os Trolls, Smeágol, os Anões, Bilbo.. tudo???). Ah! E faltam duas nomeações: Melhor Realizador e Melhor Argumento Adaptado.



Depois faltam filmes na lista de nomeados. Onde está Cloud Atlas? Devia ter sido nomeado para Melhor Banda Sonora, para Melhor Efeitos Especiais e para Melhor Maquilhagem e Penteados. Sim, Melhor Filme não digo (apesar de dar vontade), pois o tema pode não ter agradado aos jurados, mas de facto, a produção é bastante ambiciosa. Num filme onde o leque de atores se desdobra em vários papéis cuja maquilhagem e efeitos especiais é o ponto forte, devia ter sido, pelo menos, nomeado! E a banda sonora? Será que quem faz as nomeações não ouviu a beleza da música deste filme? E vocês, já ouviram? Se não, toca a ouvir!


Les Misérables, devia ter sido nomeado para Melhor Fotografia e Melhor Edição (as cenas de batalha, a cena final, tudo isso!).

Enfim, houve algumas estranhezas nesta edição, mas não as há sempre?


De referir ainda o empate para Melhor Edição de Som entre 00:30 A Hora Negra e Skyfall e a apresentação de Seth McFarlane, com algumas piadas talvez politicamente incorretas, mas interessantes. Também de realçar os tributos a 007, devido ao seu 50º Aniversário, e também aos Musicais, com atuações sobre Chicago, Dreamgirls e Les Misérables, cuja atuação foi maravilhosa, com todo ou quase todo o elenco a cantar a canção One Day More, das mais belas do filme. Ainda de realçar (sim, já devem ter percebido que de todos o que mais queria que ganhasse era Les Misérables) as apresentações dos nomeados para Melhor Filme ao longo da cerimónia, com especial destaque para Les Misérables, onde foi mostrada/ouvida a famosa canção Do You Hear The People Sing.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

"O Terceiro Gémeo", de Ken Follett

Sinopse:

A cientista Jeannie Ferrami, especialista em gémeos e nos componentes genéticos da agressão, faz uma descoberta espantosa. Recorrendo a um banco de dados do FBI, descobre dois homens que parecem ser gémeos verdadeiros: Steve, estudante de direito, e Dennis, assassino condenado. No entanto, nasceram em dias diferentes, de mães distintas, em hospitais separados por centenas de quilómetros.

Que segredo terá ela desvendado? Poderá confiar no seu chefe e mentor, ou terá de pôr a sua vida nas mãos de Steve Logan, o gémeo por quem se apaixona, apesar de ele estar envolto em intriga e suspeita? Uma coisa é certa: não há nada que faça certas pessoas deixar de conspirar na sombra…

Opinião:

Aqui está um thriller brilhante. Foi o primeiro livro de Ken Follett que li. Já há algum tempo que acalentava a expectativa de saber como era a escrita deste famoso autor que tanta fama tem. Pensei começar pelos Pilares da Terra, mas não consegui ficar devidamente curiosa; depois pensei naqueles da guerra, A Queda dos Gigantes e o O Inverno do Mundo, no entanto, devido ao seu tamanho e preço (e alguma falta de curiosidade total) também não apostei.
Depois comecei a observar os seus thrillers. Comecei por observar O Estilete Assassino, aquando da sua publicação portuguesa. E foi então que me recomendaram O Terceiro Gémeo (credits: Daniel Gonçalves).
Sendo assim comecei a lê-lo.

Gostei muito. Tem um enredo muito interessante, a escrita é fluída e bem estruturada. É fácil de ler, empolgante e inteligente. Não tem uma resolução nem acontecimentos previsíveis (o que é do meu apreço) e as personagens estão bem construídas.
O tema também é bastante interessante e sempre curioso. Clonagem, crimes, politica, interesses, paixão, mistério e intriga são os principais ingredientes desta obra que me deixou bastante satisfeita. Para estreia, foi muito bom!

Não vou aqui contar muito mais sobre o enredo para não spoilar ninguém, pois este é o género de livro que não se deve dar muito a conhecer para que haja prazer na sua leitura. Confesso que até gosto de saber aspetos futuros das histórias (antes de sair o Harry Potter 7 em Portugal já sabia vários pormenores; também com as Crónicas de Gelo e Fogo aconteceu o mesmo), no entanto, em thrillers e mistérios não tem tanta graça saber o final ou as peripécias, pois o que tem mesmo interesse é a surpresa. Afinal, é isso que espero com cada livro que leio: que me surpreenda!

Sendo assim, recomendo este livro a todos, especialmente àqueles que gostam deste género literário. Uma leitura fluída, surpreendente e inteligente! 

NOTA (O a 10): 8

domingo, 10 de fevereiro de 2013

"O Mapa do Tempo", de Félix J. Palma

Alguma vez se perguntaram o que torna os homens responsáveis? Eu digo-lhes: o facto de só terem uma oportunidade para fazer tal coisa. (pág. 191)

Talvez os sons que nos sobressaltam à noite, esses estalidos que atribuímos aos móveis, sejam os passos de algum futuro que vela pelos nossos sonhos sem atrever-se a interrompê-los.
(pág. 210)

Sinopse:

Londres, 1896. Inúmeros inventos convencem o homem de que a ciência é capaz de conseguir o impossível, como o demonstra o aparecimento da empresa Viagens Temporais Murray, que abre as suas portas disposta a tornar realidade o sonho mais cobiçado da humanidade: viajar no tempo, um anseio que o escritor H. G. Wells tinha despertado um anos antes com o seu romance A Máquina do Tempo. De repente, o homem do século XIX tem a possibilidade de viajar até ao ano 2000, e é o que faz Claire Haggerty, que vive uma história de amor através do tempo com um homem do futuro. Mas nem todos querem ver o amanhã. Andrew Harrington pretende viajar até ao passado, a 1888, para salvar a sua amada das garras de Jack, o estripador. E o próprio H. G. Wells enfrentará os riscos das viagens temporais quando um misterioso viajante chegar à sua época com a intenção de assassiná-lo e roubar-lha a autoria de um romance, obrigando-o a empreender uma desesperada fuga através dos séculos. Mas que acontece se alterarmos o passado? É possível reescrever a história?

Opinião:

Um livro que escolhi por causa do título e pela sinopse. Um livro que prometia ser uma excelente história, passada num ambiente vitoriano com laivos de Steampunk. Um livro que já tinha há algum tempo para ler e ainda não lhe tinha pegado.

Pois bem, peguei agora e só posso dizer que fiquei completamente maravilhada com o livro. A qualidade da escrita é soberba, o autor consegue transportar-nos completamente para a Londres de 1888/1896, fazendo com que sejamos nós os viajantes do tempo. O autor consegue transformar a narrativa em algo diferente, em algo real, em que eu estive presente. O autor é nos apresentado como alguém que faz parte da história, alguém que vê de fora e que tudo conhece. O autor é formidável! De uma mestria esplendorosa, apresenta-nos uma história com qualidade, com poder, com amor, com uma maravilhosa irreverencia e risco, pois não é uma obra de fácil leitura, sendo às vezes preciso parar e refletir. O tema também não é dos mais fáceis de entender à primeira, mas o autor consegue fazer o leitor entender tudo na perfeição.

Fiquei rendida. Superou todas as minhas expectativas. É uma história inteligente, que puxa pelo leitor. Ao não ser fácil torna-se exigente, prendendo o leitor à trama. É um misto de romance com thriller/suspense e aventuras. Fez-me lembrar A Sombra do Vento, assim vagamente, o que muito me agradou. É preciso estar atento e preservar na leitura pois o livro pode parecer algo confuso mas não é! Tudo fica esclarecido o que também me agradou bastante.

É muito interessante observar personagens reais com personagens fictícias. H.G. Wells é uma das personagens reais que fazem parte do enredo (a principal, a meu ver). O tempo e as viagens no tempo são o tema base do enredo, sendo Wells a personagem a que todos acorrem. Depois existem outras muitas personagens: Andrew Harrington, Charles Winslow, Mary Kelley, Claire Haggerty, Derek Shackleton, Gilliam Murray, Collin Garrett, Lucy Nelson, entre outros.
Jack, o Estripador e Bram Stoker também fazem a sua visita ao enredo, bem como Henry James. 


O que aconteceria se fosse possível viajar no Tempo? O que aconteceria ao passado, ao presente e ao futuro? Será que cada ato que é feito vai criar outros mundos paralelos? Será que existem outros mundos paralelos e que tudo o que é feito/inventado neste não passa de um vislumbre ocasional do que é realidade em algum outro?

Meus amigos e amigas, se gostam destes temas, leiam este livro pois é mesmo, mesmo muito bom. Um livro inteligente, sofisticado e com muitas peripécias que de certo vos vão agradar. Leiam "O Mapa do Tempo" e imaginem-se nos mundos paralelos que as vossa criatividade e as vossas escolhas fazem acontecer.


NOTA (0 a 10): 10

 Algumas capas:


Podem aceder ao site do autor aqui
E ao site do livro aqui 

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Selo 2013 Literário

 

Recebi este selo do Fiacha e do Pedro Pacheco! Muito obrigada aos dois =D
Retribui-lhes o Selo por palavras, não estão na lista, porque não sei se é para estarem ou não, mas é como se estivessem =) Obrigada

Fiacha:  http://leiturasdocorvofiacha.blogspot.pt/2013/02/selo-2013-literario.html
Pedro Pacheco: http://nomnomlivros.blogspot.pt/2013/02/2013-literario-mais-um-selo.html

Aqui estão as regras:
Indicar um mínimo de dois livros que gostei de ler em 2012 (sem limite máximo);
Indicar pelo menos três livros que desejo ler em 2013 (sem limite máximo);
Indicar o nome e o link de quem ofereceu o selo;
Oferecer o selo a mais 10 pessoas para dar sequência a este projeto de incentivo à leitura. 


Em 2012, gostei de ler (3 dos que mais gostei): O Nome do Vento (Patrick Rothfuss), A Jornada do Assassino (Robin Hobb) e A Rosa Rebelde (Janet Paisley).

3 dos livros que desejo ler em 2013 são: As Aventuras de Hornblower (C.S Foster), Marina (Carlos Ruiz Záfon) e O Príncipe Herdeiro (Raymond E. Feist).

Blogs aos quais ofereço este Selo:

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

O Monte dos Vendavais, de Emily Brontë

Quem já leu "O Monte dos Vendavais?"

Já o li há bastante tempo, aí em 2005/2006. Foi uma das histórias que mais me marcou. Num altura em que eu era adolescente, aquele livro foi para mim o expoente do romance. A parte gótica que nele está intrincada, toda aquele ambiente sinistro e um tanto assustador, fascinou-me.
A vida de Catherine e Heathcliff, bem como de todos os outros membros da família e dos que aparecem posteriormente, é bastante interessante e forte, cheia de imagens de amor e melancolia.

Heathcliff foi morar para a casa de Catherine quando era ainda uma criança. Foi levado para lá pelo pai de Catherine, mas o irmão desta nunca engraçou com Heathcliff, sendo sempre seu inimigo. A inimizade tornou-se ainda mais forte quando este entendeu que a irmã amava Heathcliff.
Devido ao comportamento temultuoso de Heathcliff, Catherine nunca conseguiu ser muito feliz com ele (ela também tinha alguma tendência para a loucura), porém amava-o, no entanto o seu estatuto social deveria supor um esposo mais abastado e ela começou a desiludir-se com Heathcliff. Um grande amor ligava-a a Heathcliff e este também a amava, mesmo que nem sempre o demonstrasse da melhor maneira. O tempo passa e muito acontece naquela casa.
A história é contada por Nelly, uma criada que há bastante tempo vivia na mansão, a um jovem que está na mansão, e doente. Nelly entretém-o contando-lhe as histórias da mansão e da família Earnshaw.

A história é muito, muito bonita. É o meu romance de eleição. O ambiente gótico, com uma história forte e poderosa, ambiciosa e melodramática, fizeram da história de amor de Catherine e Heathcliff uma história de amor intemporal e magnífica. 
A escrita é clássica, nem sempre muito muito acessível, mas muito bem elaborada.  O espaço temporal da narrativa é bastante amplo, abrangido um largo período de tempo e várias personagens de várias gerações. O espaço fisico é lindo, extremamente fantástico e romântico (colinas, pântanos...). É uma história antiga que é sempre presente! 
Quem ainda não leu, leia, porque vale a pena. Quem já leu, deleite-se com a lembrança ou relei-a. 


NOTA (0 a 10): 10

Liebster Award


Obrigada à Joana por me ter nomeado para o Liebster Award! :D
Um selo criado para promover blogs com menos de 200 seguidores! Ora muito bem :D
Eis as regras:

Regras:
1- Lista com 11 factos sobre nós.
2- Responder às 11 perguntas que nos atribuíram.
3- Nomear 11 bloggers com 200 ou menos seguidores, colocar o link dos respetivos blogs neste post e avisá-la/os sobre o prémio.
4- Fazer 11 novas perguntas à/aos bloggers que nomeei para o prémio.

11 factos sobre mim:

1. Gosto muito de livros.
2. Gosto muito de desenhar.
3. A minha banda favorita são os Within Temptation.
4. O meu filme favorito é A Invenção de Hugo.
5. O meu livro favorito é As Mentiras de Locke Lamora, de Scott Lynch.
6. Gosto imenso de História.
7. A minha viagem de sonho é à Escócia.
8. Tenho este blog há menos de um ano. 
9. O meu jogo de computador favorito é o The Sims 2.
10. Gosto muito de fazer vídeos dos Sims 2 para postar no Youtube.
11. O meu prato favorito é pizza.

Resposta às perguntas da Joana:
 
1- A melhor coisa que já te aconteceu que esteja relacionada com o teu Blog.
 Ter conseguido colocar um "leitor de música", que agora já não funciona.
2 - Há quanto tempo mantens o Blog?
Desde o Verão de 2012.
3 - Quanto tempo (por dia) dedicas ao Blog?
Cerca de uma hora.
 

4 - O que gostavas que o Blog te trouxesse de novo?
 Trouxesse mais leitores.
5 - A tua relação com a maquilhagem é...
 ... de amizade!

6 - Os tons de roupa que mais usas.
 Roxo, azul, preto, verde escuro e vermelho.
7 - Um acessório sem o qual nunca sais de casa.
 O relógio.

8 - O que mais gostas em ti.
A curiosidade.

9 - O que menos gostas em ti.
 O querer fazer várias coisas ao mesmo tempo, às vezes.
10 - Se fosses uma peça de roupa, o que serias? Porquê?
Um vestido antigo, aí do século XIX, porque gosto muito e porque acho que caracteriza os meus gostos.

11 - Qual a pior coisa que já fizeste ao teu cabelo e da qual te arrependes?
Não me arrependo, mas talvez tenha sido pintá-lo.


E os Blogs nomeados são:


E agora, as 11 novas perguntas às/aos Bloggers que nomeei:
1. Porque decidiste criar o teu Blog?
2. O que gostas mais no teu Blog?
3. O que podes melhorar no teu Blog?
4. Qual é o teu maior sonho?
5. Qual o teu livro favorito?
6. Se pudesses definir a tua vida com uma música, qual seria?
7. Qual o teu hobbie de eleição?
8. Qual a tua viagem de sonho?
9. Qual o teu filme favorito?
10. Se pudesses ser uma personagem de livro ou filme, qual serias? Porquê?
11. Qual a tua profissão de sonho?