domingo, 26 de junho de 2016

Passatempo O Grito da Terra, de Sarah Lark (Marcador)

Preparados para mais um passatempo aqui no Blog?

Pois bem, em parceria com a Marcador, vai estar a partir de hoje e até 10 de julho a decorrer um passatempo com o livro O Grito da Terra, da autora Sarah Lark. O meu obrigado à Editora Marcador por esta oportunidade.

É um livro que dispensa apresentações, mas que volto a referir, é maravilhoso. Podem ler a opinião aqui

Sinopse:

A infância de Gloria acaba abruptamente quando a família decide enviá-la para um internato na Grã-Bretanha com a prima Lilian. Embora Lilian se adapte muito bem aos costumes que regem o Velho Mundo, Gloria deseja voltar a todo o custo à terra que a viu nascer, e para o conseguir elabora um plano audacioso.

O sentimento profundo que a impede de regressar a casa vai marcar o seu destino e transformar Gloria numa mulher bem mais forte.

Com O Grito da Terra, Sarah Lark encerra a Trilogia da Nuvem Branca. Nas suas páginas assistimos ao desenrolar da história de amor, das aventuras, do exotismo e da paixão de várias gerações das famílias Warden e O'Keefe. (in Marcador)




Para participar é preciso:

Ser seguidor do Blog;
Preencher todos os campos do formulário.

Regras:

Participar até às 23h59 do dia 10 de julho de 2016;
Ser residente em Portugal;
Só é aceite uma participação por pessoa/morada;
Haverá apenas um vencedor, que será apurado através do site random.org;
O Blog não se responsabiliza por possíveis falhas/extravios dos correios.

Conto com as vossas participações! 


quinta-feira, 16 de junho de 2016

Trono de Vidro, de Sarah J. Maas

Sinopse:

Depois de cumprir um ano de trabalhos forçados nas minas de sal de Endovier, a contas com os seus crimes, a assassina Celaena Sardothien é levada até à presença do príncipe herdeiro. Ele oferece-lhe a possibilidade de conquistar a sua liberdade, com uma condição: Celaena tem de aceitar representá-lo, como seu campeão, numa competição cujo vencedor terá o estatuto de novo assassino da Coroa.

Os oponentes que terá de defrontar são ladrões, assassinos e guerreiros vindos de todos os cantos do império. Cada um deles é patrocinado por um membro do Conselho do Rei. Celaena exulta com os desafios e com as sessões de treino ao lado do capitão da Guarda, Chaol Westfall. No entanto, a vida da Corte não a poderia entediar mais. Mas tudo fica mais interessante e ganha nova emoção quando o príncipe começa a demonstrar um inesperado interesse por ela...mas é o austero capitão Westfall quem melhor a consegue compreender.

Durante a competição, um dos concorrentes é encontrado morto...e logo outros se lhe seguem. Ao embrenhar-se numa investigação solitária, Celaena alcança descobertas surpreendentes. Conseguirá ela descobrir quem é o assassino antes de se tornar na próxima vítima?

Em Trono de Vidro, a luta de Celaena pela liberdade torna-se numa luta pela sobrevivência e numa jornada inesperada para expor um mal antes de que este destrua o seu mundo. (in Marcador)




Opinião:

Este é um dos livros que mais esperava para ler. Muitas opiniões boas, uma sinopse interessante, uma capa linda...tudo a querer dizer que aqui estava uma excelente leitura. 

Pois bem, Trono de Vidro é, de facto, uma excelente leitura! É um dos livros do género Fantástico que mais me agradou ultimamente, por múltiplos fatores. 

As personagens estão excelentes. Se bem que, tirando Celaena Sardothien, não existam personagens muito complexas e intrigantes, Celaena vale por várias outras personagens. Assassina, prisioneira, muito jovem, Celaena tem um passado misterioso, é inteligente e um papel bastante precário: tem de vencer uma competição repleta de soldados, assassinos e ladrões, que competem para serem o campeão do rei, rei esse cuja personalidade é bastante violenta. Muito engraçada, jovial, guerreira, a jovem assassina estabelece logo de início uma ligação de empatia com o leitor e isso é bom. Também gostei do príncipe Dorian e do capitão da guarda, Chaol, que se tornam bastante próximos dela. 

Em relação ao enredo, este é interessante, com muita ação, humor, mistério, intriga e perigos à mistura. Estava com algum receio de que tudo girasse em torno da competição, parecendo um pouco Rainha Vermelha ou Os Jogos da Fome, mas nada disso (eu gosto dos livros que mencionei, atenção!, só que gosto de ver as narrativas e os seus contextos diferentes uns dos outros). A narrativa parte pela narração do dia a dia de Celaena no castelo de Adarlan, continuando nessa linha. Logo começam os mistérios, as intrigas entre personagens, e as manifestações do passado, que muito me interessaram porque demonstram uma grande capacidade de imaginação e criação da autora. O ambiente de mistério e magia está excelente e deixa o leitor imensamente intrigado e a querer saber mais! 

A escrita é extremamente fluída e agradável. Gostei da forma realista, assertiva e direta com que a história é narrada. Dá um ar descontraído, mas cria um clima de proximidade. 

Também gostei muito das descrições. O castelo de Adarlan é magnífico. Todo de vidro, excepto a base, com o trono também de vidro e um ambiente encantador, é um local muito bem descrito e imaginado. É fácil encontrar-mo-nos lá no meio de toda aquela corte e de todo aquele belíssimo cenário. São descrições pertinentes, bem elaboradas e nada extenuantes. 

Aqui está uma bela história, um belo livro de Fantasia. Tem uma premissa interessante, que não se deixa antever muito neste primeiro volume, mas que só faz com que ainda se tenha mais curiosidade para ler o seguinte! Portanto, recomendo a todos os que gostam de uma boa história! Espero que a Marcador continue a apostar na autora e fazer um belo trabalho gráfico.

NOTA (0 a 10): 10

terça-feira, 7 de junho de 2016

Príncipe dos Espinhos, de Mark Lawrence

Sinopse:

Com apenas 9 anos, numa emboscada planeada pelo inimigo para erradicar a descendência real, o principe Jorg Ancrath é atirado para dentro de um espinheiro, onde fica preso, com espinhos cravados na sua carne, a ver, impotente, a mãe e o irmão mais novo a serem brutalmente assassinados. 

De alma destruída, sedento de sangue e de vingança, Jorg foge da sua vida luxuosa e junta-se a um bando de criminosos e mercenários, a quem passa a chamar de irmãos. Na sua mente há apenas um pensamento, matar o Conde de Renar, o responsável pelas mortes da mãe e do irmão, pelas suas cicatrizes e pela sua alma vazia.

Ao longo de quatro anos, Jorg cresce no sei de batalhas sangrentas, amadurece em guerras impiedosas, torna-se um guerreiro cruel e vai ganhando o respeito dos seus irmãos até que se torna o seu líder. Agora, um reencontro vai levá-los de volta ao castelo onde cresceu e ao pai que abandonou. O que vai encontrar não é o mesmo sítio idílico de que se lembra, mas o príncipe que agora retorna também não é mais a inocente criança de outrora, é o Príncipe dos Espinhos.

Finalista do prémio Goodreads para Melhor Livro Fantástico e considerado por Peter V. Brett, autor do bestseller do New York Times, como a melhor leitura dos últimos anos. (in Topseller)


Opinião:

Quando vi a Topseller a apostar neste livro pensei logo: "Muito bem! Aí está uma trilogia que tenho imensa curiosidade em ler!". E ainda bem que apostou!

Já li muitas opiniões sobre o livro, umas a dizer muito bem, outras a dizer o contrário. Mas na minha opinião, achei o livro bastante interessante.

Primeiro, a personagem principal, o narrador: Jorg. É uma espécie de vilão (a ver bem, todos no livro poderiam sê-lo), tendo em conta as suas atitudes e pensamentos, mas é bem complexo. Com apenas 9 anos, Jorg assiste ao assassinato da sua mãe, a rainha, e do seu irmão mais novo, à mercê das ordens do conde de Renar. Salvo pelo guarda que ia com ele na carruagem, Jorg cai dentro de um espinheiro e fica lá até ser encontrado, completamente preso e quase sem sangue. Depois de meses de tratamentos contra o veneno do espinheiro e para sarar as feridas, Jorg emerge dos seus delírios, completamente diferente daquilo que era anteriormente. Cheio de ódio e sedento de vingança, Jorg acorda para vingar os seus, juntando-se a um bando de mercenários.

Assim começa a demanda de Jorg, que vai mudando ao longo do livro, para depois voltar ao início. Ele tem ideias más, corruptas, assassinas, que aproveita para o fazer chegar ao poder e alcançar o seu objetivo. No tempo presente do livro (existem momentos em que Jorg relata aventuras passadas e momentos em que narra o presente), Jorg tem 14 anos. 

Existem outras personagens: membros da Irmandade (o grupo de mercenários), o capitão da guarda de Ancrath (Sir Makin), o rei (Olidan Ancrath), a rainha, a irmã da rainha (tia de Jorg, Katherine), bruxos, entre outras. Uma das coisas que podia estar melhor é precisamente o facto das personagens secundárias estarem pouco desenvolvidas. Quase não há nada que as descreva ou que aborde o seu passado e mesmo as pequenas introduções antes de cada capítulo não dão muitos detalhes sobre as personagens, e muitas dessas introduções são sobre algumas dessas personagens. 

Segundo, o enredo. A história tem uma boa premissa. Tem um começo forte e tem um objetivo: a vingança de Jorg. Gostei da história. Gostei da forma como é narrada, Jorg é um excelente narrador, muito adulto, com um vocabulário rico e expressões com humor e ironia. É uma narrativa de aventuras, em que as personagens têm vários obstáculos para ultrapassar para conseguir os seus objetivos, o que faz com que seja uma história cheia de ação e aventuras. Não há momentos parados, está sempre tudo em movimento e muitas vezes acaba por ser demasiado depressa. 

Penso que o livro podia ser maior e haver mais calma na narrativa, tanto a nível do desenvolvimento das personagens, como da própria história. 

Terceiro, o contexto. Nesta trilogia a história passa-se no nosso mundo, mas num futuro pós-apocalíptico. Existem imensas referências a ter em conta, uma vez que nada está explicito. Há robots, aparelhos elétricos, estradas, edifícios altos, e outras tantas dicas que nos deixam a pensar no no que poderá ter acontecido, se bem que nada é referido. Também há referência a países e terras existentes e a outras imaginadas, bem como culturas verdadeiras e outras imaginadas. Em termos de religião, é o Cristianismo. Há também uma grande dose de magia, mais nas partes finais, que tem potencial.

Também neste ponto penso que poderia haver um maior desenvolvimento. O autor podia ter escrito mais sobre o contexto e a sua História. Mas está muito interessante e diferente. 

Gostei da escrita, das personagens, do contexto...enfim, de tudo. Na minha opinião a história e as personagens mereciam mais detalhes e um livro mais extenso. Como este é o primeiro volume, pode ser que nos próximos haja maior desenvolvimento a estes níveis e espero que mantenha a ação ou que ainda melhore! Recomendo a todos os que gostam de um bom livro deste género! E não tenham medo da história, existem romances muito mais violentos...não li, mas As Cinquenta Sombras de Grey deve ter um conteúdo mais violento a nível sexual e moral do que este. 

NOTA (0 a 10):

quarta-feira, 1 de junho de 2016

Amor e Enganos, de Julia Quinn

Sinopse:

Sophie Beckett tinha um plano ousado: fugir de casa para ir ao famoso baile de máscaras de Lady Bridgerton. Apesar de ser filha de um conde, ela viu todos os privilégios a que estava habituada serem-lhe negados pela madrasta, que a relegou para o papel de criada.

Mas na noite da festa, a sorte está do seu lado. Sophie não só consegue infiltrar-se no baile como conhece o seu Príncipe Encantado. Depois de tanto infortúnio, ao rodopiar nos braços fortes do encantador Benedict Bridgerton, ela sente-se de novo como uma rainha. Infelizmente, todos os encantamentos têm um fim, e o seu tem hora marcada: a meia-noite. 

Desde essa noite mágica, também Benedict se rendeu à paixão. O jovem ficou até imune aos encantos das outras mulheres, exceção feita...talvez...aos de uma certa criada, que ele galantemente salva de uma situação desagradável. Benedict tinha jurado tudo fazer para encontrar e casar com a misteriosa donzela do baile, mas esta criada arrebatadora fá-lo vacilar. Ele está perante a decisão mais importante da sua vida. Tem de escolher entre a realidade e o sonho, entre o que os seus olhos veem e o que o seu coração sente. Ou talvez não... (in Goodreads)



Opinião:

Este é o terceiro livro da série Bridgerton. E é mais um excelente romance da autora! Destes três, este volume é o mais diferente, pois não segue bem o mesmo esquema de acontecimentos, que nos anteriores acabou por ser um pouco parecido. Neste isso não acontece o que é uma lufada de ar fresco.

Neste livro, a autora foca a sua atenção no segundo irmão Bridgerton: Benedict. Sempre me agradou nos outros livros e aqui justificou a minha opinião. Excelente personagem, um bocadinho diferente, mais artista e não tão forte, mas com um carácter sonhador e amável. Gostei muito dele, da forma como conheceu Sophie e do modo como a história de ambos se desenrolou. Também gostei muito de Sophie, que é uma personagem bastante diferente das outras personagens femininas dos outros livros: bastarda, pobre e criada. Ou seja, tudo para não ser digna de um Bridgerton. 

O que começa por ser um pouco um reconto da Cinderela, acaba por se tornar numa história muito própria e bem elaborada, com muitas peripécias, muito humor, romance e alguns acontecimentos inesperados e emocionantes. Senti que o enredo, estava mais maduro, com nuances mais sérias, principalmente até aos momentos finais, que, na minha opinião, podia ter sido melhor explorado e mais trabalhado, uma vez que essa parte merecia mais destaque e mais seriedade. Tirando isso, achei o enredo mais rico, mais diversificado e mais arrojado. 

Encontrei novamente uma linguagem divertida e irónica, que muito me tem agradado nesta série. Espero que assim continue! 

Em relação às descrições, tenho a referir que estão perfeitas e pertinentes, sendo que é possível ao leitor estar junto das personagens, a desfrutar do ambiente e da ação como se estivesse no Pensatório. 

Em suma, mais um excelente livro da autora! Em relação aos três lidos, este foi o que mais gostei, porque achei muito interessante as duas formas como Benedict encontrou Sophie, criando uma empatia logo à primeira vista, mas que faz sentido, em especial da segunda vez, depois do que acontece a Benedict. Também gostei da forma como a história vai decorrendo e de como as personagens da família Bridgerton aparecem mais vezes e têm um papel maior na trama. Em relação à fantástica autora da crónica social, o mistério continua, mas parece mais próximo de ser desvendado! 

Recomendo a todos os que gostam de um bom romance! 

NOTA (0 a 10): 10