terça-feira, 15 de fevereiro de 2022

Kingdom of Ash, de Sarah J. Maas

Sinopse:

A luta contra a escuridão em Erileia continua neste volume, agora mais próxima de chegar a uma conclusão, uma vez que as várias personagens estão a chegar a momentos cruciais das suas demandas para tentar resolver as mais diferentes questões, sendo que todas elas se completam. 



Opinião:

Há alguns anos que ando a ler esta saga (estou ainda a ler Assassin's Blade) e foi com grande alívio e gosto que li este livro. Alívio porque quero ler as outras sagas da autora e não queria ter esta por terminar; gosto porque foi uma saga que aprendi a gostar, uma vez que houve alguns momentos que não gostei tanto, outros que foram muito interessantes e outros completamente maravilhosos. 

Apesar de toda a evolução espetacular que aconteceu durante a saga e de ter gostado muito, fico sempre com a sensação de que poderia ter sido melhor. Confesso que ao início pensei que esta história (no total dos livros) ia enveredar pelo caminho dos Jogos da Fome. Mas depois pensei que não e a dado momento começou a parecer-se mais com fantasia épica. E foi na fantasia épica que ficou. O desenvolvimento do mundo foi imenso desde o terceiro livro até este volume e isso foi o que mais me prendeu à história, uma vez que no começo quase não havia. Gostei muito de como as pontas se foram unindo, criando uma história muito bem contada, épica e cheia de emoção. 

Acho que o foco nas personagens foi demasiado. Mesmo que neste volume isso parece não ter acontecido tanto, acabou por acontecer na mesma. Aelin continua a ser destacada de uma forma que não era necessária para a evolução da história. Existem imensas personagens, muitas mais interessantes do que ela, na minha opinião, mas Aelin acaba por estar sempre destacada. Mesmo sendo a personagem principal, não havia necessidade de estar sempre a relembrar o leitor disso. O leitor sabe. As minhas personagens favoritas são Manon e Dorian. Todo o enredo da parte da Manon e do Dorian foi o que mais me prendeu à saga e o que me agradou mais. São personagens muito mais complexas, com um desenvolvimento muito mais interessante e que dão um toque mais forte à história, um tom mais adulto, poderemos talvez dizer. 

As descrições estão muito bem conseguidas, permitindo ao leitor ver perfeitamente o que está a ser descrito. Isso é muito bom. O ritmo é muito rápido e as novecentas e tal páginas acabam por ser devoradas num instante. É uma leitura fluída e muito emocionante. Existem alguns momentos muito épicos e cheios de garra e isso demonstrou que a história podia ter sindo ainda melhor. Gostei do romance entre as várias personagens, mas confesso que não foi o que me prendeu mais. De notar que gostaria que os vários vilões da história poderiam ter sido mais complexos, o que teria feito com que o enredo fosse mais denso. 

Em suma, gostei muito deste volume. Houve momentos fantásticos e outros que poderiam ter sido melhor desenvolvidos. Assim, recomendo a todos os que gostam deste género literário! 

NOTA (0 a 10): 9 

domingo, 6 de fevereiro de 2022

Our Violent Ends, de Chloe Gong

Sinopse:

Depois dos acontecimentos em These Violent Delights, as personagens encontram-se novamente no centro de vários acontecimentos. Para juntar às questões dos monstros, algo mais apareceu no horizonte, algo muito diferente daquilo que estavam a contar: guerra civil. Será que os gangsters vão conseguir unir-se perante um ameaça nacional a nível político?

E será que Juliette e Roma vão conseguir resolver as suas questões do passado e finalmente encontrarem-se como realmente merecem? 

Várias são as perguntas que são colocadas no começo deste livro e que vão sendo respondidas durante a sua leitura.


Opinião:

Leitura conjunta

O primeiro livro já tinha sido excelente e uma grande experiência, mas este ainda foi melhor. Alguns momentos pelos quais ansiava acabaram por não ser tão mostrados como talvez estivesse à espera, mas a parte política e da intriga ultrapassou as questões românticas e isso acabou por me agradar, uma vez que o contexto foi muito bem explorado. 

Gostei muito da forma como a intriga foi aumentando à medida que a história foi-se desenvolvendo. As traições familiares e políticas, todo o aspeto dos gangsters e as questões políticas entre comunistas e nacionalistas foram muito bem contextualizadas numa narrativa que ao início parecia mais relacionada com monstros criados em laboratório, como no anterior. Acho até que todo esse enredo acabou por ficar um bocado de lado com o decorrer da narrativa. 

As relações entre as personagens continuaram a ser o grande foco da história, apesar de também terem sido menos relevantes do que o livro anterior. Confesso que gostaria de ter visto mais da Juliette e do Roma, bem como do Ben e do Marshall, mas compreendo que a autora tenha dado mais relevo às questões da intriga política. No entanto, aquilo que foi mostrado agradou-me bastante. 

Em relação às personagens, gostei de todas, em especial dos casais e também de Alisa, que demonstrou ser uma personagem cheia de carisma, muito forte e com um relevo importante. Também gostei dos enredos secundários, que deram corpo à história no seu todo. 

Assim, gostei muito deste livro e da experiência de leitura, que foi maravilhosa! Sem dúvida, bonitos romances no meio de uma intriga poderosa. Recomendo totalmente! 

NOTA (0 a 10): 9,5