domingo, 30 de novembro de 2014

The Hunger Games - A Revolta parte 1

Fui ver o filme no passado domingo. Cinema cheio, tudo a postos para ver uma das estreias mais aguardadas do ano. 


Muito bem; o filme trata de uma parte do livro (foi dividido em dois, como agora parece ser moda) cujo título é o mesmo, e conta o que aconteceu depois da Katniss (Jennifer Lawrence) ter sido retirada da Arena dos 75º Jogos da Fome, bem como os outros jogadores. Agora no Distrito 13, outrora vítima de propaganda do Capitólio como grande derrotado da revolta anterior, Katniss vê-se na incumbência de ser o símbolo da revolta que está a cargo do Distrito, cuja presidente é Alma Coin (Julian Moore). Com a ajuda de Plutarch Heavensbee (Phillip Seymour Hoffman) e de Beetee (Jeffrey Wright), Katniss passa a ser o símbolo da revolução, o mimo-gaio, e começa a gravar uma série de propos (propaganda) (no terreno, em com o apoio de uma equipa de reportagem) para combater pelo Distrito 13 contra o Capitólio e para incendiar os ânimos das pessoas de todos os distritos contra o Capitólio e, em especial, o presidente Snow.




Considero que fizeram bem em dividir a história em duas partes, uma vez que puderam deter-se em mais detalhes deste modo. É mais um filme desta trilogia, com bons desempenhos de todos os atores nele presentes. Gostei bastante do filme, bem como da banda sonora. O Peeta não aparece tantas vezes, mas isso era de esperar e o final não podia ter sido melhor. Fizeram bem em cortar ali. Não pude deixar de comparar com o final da primeira parte do Harry Potter e os Talismãs da Morte, quando o trio vai até à mansão dos Malfoy para resgatar a Luna e os outros reféns. Resgates e finais de primeiras partes. 


A Katniss tem o destaque que merece e não podia haver atriz melhor para a interpretar. Gostei de ver Julian Moore como Alma Coin, uma líder bastante fria e calculista. Os ambientes em que a história se desenrola também estão bem interessantes e de acordo com o que é apresentado no livro. 

O grande trunfo deste filme é a diferença que nele reside em relação aos dois primeiros. Não há Jogos; há a revolta que tudo o que se passou nos Jogos fez despoletar. Há um ambiente mais sinistro, se se pode assim dizer, no ar e a história passa a ser mais parada. Há momentos de ação, mas não tantos como nos outros dois filmes. 

Uma vez que o terceiro livro foi aquele de que menos gostei, seria de esperar o mesmo do filme. Mas, como esta é a parte 1 e não o total, vou esperar pela parte 2 para poder comparar melhor com o livro e tirar conclusões mais assertivas. Porém, posso dizer que gostei do filme, talvez um bocadinho mais do que do livro, porque a Katniss não está tão para baixo no grande ecrã como no livro, algo que me aborreceu e fez com que não tivesse gostado tanto do livro. 

Em suma, é uma primeira parte bastante interessante.


NOTA (0 a 10): 8

terça-feira, 25 de novembro de 2014

Vencedor/a do passatempo Espada Que Sangra, Chiado Editora

Olá! 

Venho informar que já há uma vencedora do passatempo que decorreu até ontem aqui no blogue.
Obrigada a todos aqueles que participaram e continuem a seguir este espaço, pois mais passatempos virão!


A vencedora foi:

6 - Mª...Bernardes 

Parabéns!
Obrigada também à Chiado Editora, que permitiu a realização deste passatempo.

domingo, 23 de novembro de 2014

O Último Conjurado, de Isabel Ricardo


Sinopse:

Há sessenta anos que Portugal era humilhado pelos Filipes de Espanha.

É então que um grupo de heróis decide revoltar-se.

1640. O jugo espanhol dura há sessenta anos. Seis décadas de identidade roubada, pátria escondida e falsa lealdade. Mas algo está diferente: fala-se do enigmático Capitão Gualdim, que desafia o poder espanhol pelas ruas de Lisboa enquanto se conspira nas sombras e a guerra contra o domínio espanhol ameaça rebentar. Uma importante parte da nossa História ganha vida em O Último Conjurado de Isabel Ricardo, onde a realidade se cruza com a ficção. Duelos, emboscadas, amores e muito mistério envolvem as principais personagens, três jovens cavaleiros que vivem todo o tipo de aventuras. Um romance histórico que representa com rigor os factos ocorridos neste tão importante período da nossa História, enlaçado numa maravilhosa narrativa cheia de suspense. (in Saída de Emergência)
Opinião:

O Último Conjurado é um romance histórico passado na época da Restauração, mais precisamente no ano em questão (1640). Li este livro para a leitura conjunta do Cantinho do Fiacha e ainda bem! Se não tivesse lido com o Cantinho, teria de o ter lido à mesma, pois é um excelente livro!

Sendo de uma autora portuguesa ainda se torna mais relevante a divulgação da obra e os elogios, uma vez que, infelizmente, os autores nacionais nem sempre são aqueles que são mais lidos, geralmente. A autora fez um trabalho notável nesta história (não li, ainda, mais nenhuma obra sua), contextualizando na perfeição todo o ambiente e todas as personagens, juntando a ficção à realidade histórica, com personagens reais e imaginadas. Parabéns!

A história centra-se em torno do Capitão Gualdim e da sua misteriosa identidade, sendo este uma espécie de justiceiro português, que luta contra o Estado Espanhol e contra as suas medidas, em favor do povo e da nobreza lusitana. Uma vez que ninguém conhece a sua identidade, torna-se natural que comece a existir no leitor aquele surgir de várias hipóteses e teorias, o que torna a leitura bastante motivante e fluída. Mas nem toda a história é sobre ele.

Os conjurados estão também presentes e muito influentes ao longo da narrativa, em especial três deles: D. Pedro, D. Afonso e D. Diogo. Estas personagens (fictícias) são o elo entre todas as personagens da narrativa e são muito interessantes! Com personalidades bastante diferentes e todos eles vivaços e inteligentes, tornam-se rapidamente em três bravos jovens aventureiros que dá gosto acompanhar ao longo das suas demandas.

Também existem outras personagens, que, não indo aqui nomear todas elas, devo referir: Laura, Sem Pavor e a dupla D. Manuel e D. Cristóvão Vilar. Personagens inteligentes e que mexem com o leitor!

Gostei muito da história. Achei-a um mimo, repleta de aventuras, suspense, momentos de aflição e de euforia, e que consegue muito bem dar a conhecer um período tão importante da nossa História. Tem todos os ingredientes nas doses certas, a meu ver. A autora conseguiu transmitir os acontecimentos, criando muitos atrativos e mistério de forma a agarrar o leitor. Para quem gosta de História, como eu, este é um romance histórico perfeito, como tinha referido anteriormente. Uma história leve, digamos, repleta de aventuras e de valentia, como era naquele tempo em que os garbosos jovens andavam sempre à procura de mil aventuras. Fez-me lembrar, em alguns momentos, Os Três Mosqueteiros, de Alexandre Dumas, obra que eu tanto gosto.

Vou, definitivamente, divulgar a todos e incentivar a sua compra e leitura. Uma excelente aposta da Saída de Emergência, que reeditou esta obra muito boa com uma capa bem bonita e um design gráfico interior de extremo bom gosto.

Em suma, uma agradável surpresa! E a participação na leitura conjunta também o foi, com a presença excelente da autora, Isabel Ricardo.


NOTA (0 a 10): 10

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Passatempo - Espada Que Sangra, de Nuno Ferreira

Olá a todos! 

Vai começar hoje um novo passatempo aqui no blogue, em conjunto com a Chiado Editora. O livro é: Espada Que Sangra, de um escritor português: Nuno Ferreira. 


Sinopse:

A palavra dos homens teve muito crédito, em tempos idos. Mas quando a soberba e a sede de poder e glória moldam o comportamento humano, a mentira torna-se um instrumento para pentear as suas próprias fraquezas.”

Espada Que Sangra é o primeiro volume de Histórias Vermelhas de Zallar, um delicioso cocktail de fantasia, intriga, mistério, suspense, erotismo, aventura e ação, passado num mundo fantástico de civilizações que nos apaixonam a cada página. Zallar é um mundo complexo, onde três continentes lutam arduamente pela sua sobrevivência. No Velho Continente existe uma terra almejada há milénios, desde os tempos em que os medonhos Homens Demónio dominavam a região: Terra Parda, onde as cidades-estado são chamadas de espadas e um minério conhecido por tormento negro tornou possível a existência de armas de fogo. Hoje, são os descendentes dos extintos Homens Demónio quem ameaça as fronteiras desta terra próspera em vegetação, savanas e desertos – os malévolos mahlan. A Guerra Mahlan está prestes a atingir o seu ápice, e agora, tudo pode acontecer. Mas Lazard Ezzila e Ameril Hymadher, reis das principais fortalezas de Terra Parda que viveram um intenso romance na sua juventude, vão perceber de uma forma perturbadoramente selvagem que os seus maiores inimigos podem viver consigo ou partilharem dos seus próprios lençóis.
 (conforme site da Chiado Editora)

Podem encontrar o link para a página do Facebook aqui.

Boa sorte a todos!!!

Regras do Passatempo: 

- participar até às 23h59 de 24 de Novembro de 2014;
- ser seguidor do Blogue aqui E no Facebook;
- ser residente em Portugal;
- só são aceites uma participação por pessoa/morada;
- apenas haverá um vencedor, que será apurado através do site: random.org.

domingo, 16 de novembro de 2014

Divulgação Marcador - Os Grandes Ditadores da História, de Pedro Rabaçal


Os Grandes Ditadores da História apresenta ao público uma visão muito abrangente das ideias, das vidas, e dos atos desses homens que influenciaram enormemente os seus países e o mundo.
Os ditadores, com personalidades invulgares e especiais, mais ou menos convictos das suas ideias, com menor ou maior empatia com o seu povo, subiram ao poder, em geral, graças a enormes doses de astúcia, de força de vontade e de outros talentos formidáveis, infelizmente combinados com a falta de escrúpulos e de compaixão.
Este livro abrange diversos séculos da História da Humanidade, mas nele se destaca o século XX, que não trouxe somente a proliferação da democracia e a sacralização da defesa dos direitos humanos e cívicos: foi também o século de várias das piores tiranias da História. (conforme Editora Marcador)

Número de páginas: 464
Preço: 19,50€

Divulgação Marcador - A Ilha do Medo, de Nelson DeMille

Ferido no cumprimento do dever, o detetive de homicídios John Corey, da Polícia de Nova Iorque, está a convalescer na região leste de Long Island quando um casal jovem e atraente é encontrado assassinado a tiro no terraço da casa onde habitava. As vítimas eram biólogas da Ilha de Plum Island, um local de pesquisas que os rumores dizem ser uma incubadora de armas biológicas. Subitamente o duplo assassinato adquire terríveis implicações globais – e lança Corey e duas mulheres extraordinárias numa investigação perigosa aos segredos mais profundos da Ilha. (conforme Editora Marcador)

Número de páginas: 529
Preço: 19,95 euros





















































































































Drácula - A História Desconhecida

Já faz algumas semanas desde que fui ver o filme e só agora pude escrever uma mensagem sobre ele. Por isso, aqui vai. 

O filme conta a história do Conde Vlad Tapes, que, devido a uma injusta medida do rei turco, decide ajudar o seu povo da única forma poderosa que pode: pedir a um vampiro que habita numa caverna perto do seu território que o transforme durante determinado tempo de modo a vencer os seus inimigos e ajudar, assim, o seu povo e a sua família.


O filme não é uma obra de arte cheia de originalidade, mas o seu propósito de entretenimento é cumprido. É bom, os atores estão bens, principalmente o Conde (Luke Evans) e a sua esposa (Sarah Gadon), Mirena. Também os efeitos especiais estão muito bons e isso ajuda ao espectáculo visual que o filme pede, principalmente nas cenas das batalhas e das investidas do Conde sobre os seus inimigos em forma de morcego. A banda sonora também está apropriada, mantendo sempre o clima pretendido ao longo da história. 


É uma abordagem diferente da história do vampiro mais famoso do mundo e, finalmente, não é uma história de vampiros queridinhos. É uma história de vampiros como deve ser, em que a personagem principal se vê repleta de conflitos interiores em relação ao seu estado e entre o Bem e o Mal. É ainda uma história de amor, em que este é visto por um lado de eternidade, bem explorado e subtil. O casal Vlad Tapes e Mirena consegue preconizar a história de amor de forma convincente e existe, pelo menos, uma cena entre eles que é de cortar a respiração. Cena essa bastante bela, com a música mais bonita de toda a banda sonora. 


Em suma, este é um filme bom, com uma história interessante e que mostra uma nova abordagem da vida do Conde Vlad Tapes, antes e depois de se tornar o Conde Drácula. Uma história que é uma mistura de vários ingredientes e que cumpre o seu propósito de entretenimento.

NOTA (0 a 10): 8

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

O Filho das Sombras, de Juliet Marillier



Este é o segundo livro desta maravilhosa história de Sevenwaters. Depois de ter lido o primeiro há alguns meses, eis que decidi ler o segundo. E fiquei bem agradada.


O Filho das Sombras segue a história dos filhos de Sorcha e Hugh de Harrowfield. Niamh, Sean e Liadan, têm pela frente o legado dos seus pais e são parte da roda, sendo a Liadan que cabe o papel de figura principal. Continua a luta pela posse das Ilhas, bem como as disputas internas entre as famílias. No entanto, o que parecia já ter sido esquecido começa a estender os braços e o futuro de Sevenwaters vê-se novamente no meio do nevoeiro. Liadan sente-se puxada por todos os lados e é nela que todas as expectativas recaem. Só que o que estavam a pensar que seria fácil torna-se mais complicado, quando Liadan encontra um valente jovem guerreiro, cheio de mistério e de inimigos. Assim, ela terá de pesar bem as suas decisões.

Não queria estar a fazer um resumo que pudesse dizer muito sobre a história, uma vez que a história é tão bela que nenhum resumo seria adequado e contaria demais. Esta é uma história para ser saboreada, sentida, vivida. Toda a beleza da narrativa presente em A Filha da Floresta está aqui presente. Aquela melodia solitária, um tanto agreste mas envolvente e maravilhosa está novamente presente, desta vez pelas palavras de Liadan que é narradora desta fantástica história.

A narração é perfeita, envolvente e muito sentida. Não foram poucas as vezes em que me emocionei ao longo desta história e também não foram poucas aquelas em que torci pelas personagens e me deixei levar pela narrativa. Aliás, esta foi uma viagem em que me deixei levar em todos os momentos, pois é uma daquelas histórias que prende o leitor (pelo menos, a mim prendeu-me).

Quanto às personagens, pude encontrar caras conhecidas e ficar a saber os seus destinos e o que andam a fazer. Foi com grande gosto que revi Sorcha, os seus irmãos e Hugh (Red). Gostei muito de Liadan, que é uma personagem digna da sua mãe. Também gostei de todas as novas personagens, com especial relevo para Bran, Ciarán e o seu amigo Fiacha, que é bem importante para o desenrolar da história!
Gostei imenso das relações que se vão estabelecendo, ao longo da narrativa, entre as personagens.

No que diz respeito ao desenrolar da história e à forma como os acontecimentos aconteceram para ligar este livro ao anterior tenho a dizer que a ligação está perfeita. Penso que não podia estar melhor, uma vez que tudo faz sentido. Não há pontas soltas e tudo ou quase tudo o que acontece nesta história tem o seu fundamento no passado, ou seja no livro anterior. A sintonia está muito bem feita e existe, por isso, grande harmonia.

As descrições estão de cortar a respiração. Foi possível seguir os passos de Liadan e das outras personagens através de Sevenwateres e de toda a região.

Outro aspeto que quero aqui referir é o facto de, neste volume, serem abordados assuntos de imensa importância para a compreensão da história da família de Sevenwaters, que já me tinha desperto a curiosidade. O que é referido é muito interessante e bem contextualizado. Por falar em contextualização, é também de referir a mestria com que esta história está integrada num período histórico real.

Não consigo dizer qual dos livros gosto mais. São ambos fantásticos, com histórias diferentes, mas interligadas, fortes, sentidas e muito, muito bem escritas. A beleza com que a história, tanto uma como a outra, está escrita é fabulosa. Juliet Marillier é uma escritora completamente fantástica. Os meus parabéns pelas suas belas histórias, que comovem, alegram e emocionam os leitores.

Em suma, uma grande e bela história. Leiam!


Citações:

Não posso fazer com que o seu caminho passe a ser amplo e direito. Há-de haver sempre curvas, e lombas, e dificuldades. Mas posso segurar-lhe na mão e caminhar a seu lado. p.440

NOTA (0 a 10): 10