quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Top Mais 2014

E aqui está o Top Mais, que é um bocadinho mais extenso (10 livros). 
E para vocês, quais foram as melhores leituras?


1º - No País da Nuvem Branca


 
2º - The Republic of Thieves


 
3º - The Gospel of Loki



4º - Os Olhos de Allan Poe
 


5º - Artur - O Ciclo Pendragon




6º - O Segredo de Sophia


 
7º - A Filha da Floresta




8º - Outlander - Nas Asas do Tempo



9º - Miguel Strogoff



10º - Os Leões de Al-Rassan

Top Menos 2014

Aqui está o Top Menos de 2014! 
São apenas três, uma vez que gostei da maioria dos livros que li. 

1º - Highlander - Para Além das Brumas




2º - A Espuma dos Dias




3º - O Grande Gatsby


Leituras de 2014

Estes são os livros que eu li durante este ano. Alguns foram razoáveis, outros nem por isso e alguns foram fantásticos. Nos próximos posts farei o top menos e o top mais. Partilhem as vossas leituras!



O Hobbit - A Batalha dos Cinco Exércitos

Hoje venho até vós para vos contar sobre um filme. Já foi há alguns dias que fui vê-lo ao cinema, mas só agora deu para escrever a opinião.

Foi com enorme expectativa e alegria que fui ver o terceiro filme do Hobbit. A jornada e batalha pela Montanha Solitária tinha tudo para dar num bom filme e deu.


Neste filme, as personagens iniciam a sua jornada do ponto final do filme anterior. A maior parte dos anões na Montanha, mais o Bilbo, Kili e outros na Cidade do Lago, Gandalf e Radagast em Dol Guldur e outras personagens noutros pontos. Temos Smaug como terror e também o Orc Pálido e muitos mais orcs. Depois de chegarem ao tesouro, o maior problema será mantê-lo e se a viagem parecia difícil, a resistência é muito mais ardua. Assim, todas as personagens encontram-se num cenário bastante complicado neste filme, tendo como principal objetivo, manter o tesouro.


Pois bem, o filme é bom. Sem dúvida alguma. Peter Jackson conseguiu fazer o que podia com o conto de Tolkien, que tem uma narrativa um tanto diferente da trilogia d' O Senhor dos Anéis, uma vez que O Hobbit foi escrito com um teor muito mais simples e até infantil. Jackson deu à história um pouco mais de drama, perigo e emoção. Conseguiu, apesar de pensar que poderia ter feito um bocadinho melhor. Apesar do filme estar bom, sinto que faltou alguma coisa. Faltou alguma densidade nos diálogos, talvez até mais diálogos, mais interação entre as personagens para além da batalha. Também faltou alguma emoção nas cenas mais principais ou de maior emoção. Toda a cinematografia está maravilhosa, mas senti que faltou aquela emoção que existe em O Senhor dos Anéis. Aquela emoção que se sente quando Frodo e Sam estão a subir o Monte da Condenação e o portador do Anel cai e Sam dá-lhe animo...essa emoção ficou a faltar. Não vou aqui a escrever spoilers, mas principalmente em duas cenas, essa emoção poderia ter estado presente...
Também fiquei a sentir a falta de mais desenvolvimento em alguns segmentos do enredo, como por exemplo, depois de Dol Guldur...Galadriel e Elrond... (já que quanto a Sauruman ficou implícito para onde ele foi...)...
Talvez até um pouco mais de tempo poderia ter solucionado estas questões que aqui apresento. Neste tipo de filme não há problema em ser longo e conter tudo. Destes três, o segundo é o meu preferido porque é o que apresenta uma história mais diversificada e porque têm mais do que referi neste parágrafo como falta neste filme.


Tirando isso, a banda sonora está fantástica, sendo talvez a melhor dos três filmes. Gostei muito dos aspetos visuais, das sequências, dos ambientes, do guarda roupa. Gostei muito das representações, especialmente dos atores principais: Ian McKellen, Martin Freeman, Richard Armitage, Lee Pace, Cate Blanchett, Hugo Weaving, Christopher Lee, Evangeline Lily, Aidan Turner, Dean O'Gorman, Luke Evans, Orlando Bloom.


Os elfos "roubaram a cena"...sempre que eles apareciam o filme tornava-se mais interessante. Talvez porque traziam ação e emoção às diferentes cenas. Ainda bem que Legolas apareceu e inventaram a Tauriel, pois ajudaram o filme a ser bom.
Gostei também da metáfora sempre presente e que mais uma vez aparece em força: a ganância não leva a lado nenhum interessante. O dilema vivido por algumas das personagens está muito bem representado, tal como acontece nos outros filmes deste universo e nos livros. Peter Jackson conseguiu, mais uma vez, apropriar-se da história, da sua mensagem, do seu todo, e criar um filme muito bom. 


É sempre bom voltar à Terra Média. É sempre um prazer e uma alegria. Mesmo que haja alguma falta, acaba-se por deixar isso para trás...está-se na Terra Média e isso é bom. Agora era fantástico que Peter Jackson optasse por continuar na Terra Média, apresentando-nos O Silmarillion ou Os Filhos de Húrin, ou alguma das histórias presentes no primeiro. Era algo maravilhoso, uma vez que estes livros têm histórias bastantes fortes e emocionantes. Vamos esperar! E, enquanto isso, vamos vendo estes filmes! Quem ainda não foi, vá! =) 

NOTA (0 a 10): 9,5

sábado, 27 de dezembro de 2014

The Paper Magician, de Charlie N. Holmberg

Esta foi uma excelente surpresa! Lido através da Net Galley, demorou um bocadinho porque foi leitura digital. Se não fosse, teria sido mais rápida! 


O livro conta a história de Ceony Twill, uma jovem aprendiz de mágica, que depois de sair da escola de magia é obrigada a enveredar pelo caminho da magia de papel, em detrimento da sua favorita, uma vez que havia falta de mágicos de papel. Assim, vê-se na casa de um mágico um bocadinho excêntrico que se torna no seu professor: Emery Thane, mágico de renome, bastante novo para a profissão e para o destaque no clã de mágicos. Ceony, depois de conhecer o seu professor e a sua magia, começa a sentir uma certa atração por ele. Começam a sua rotina, Ceony sempre a aprender, até que começa a descobrir pequenas coisas estranhas na vida de Emery: saídas secretas e perigosas. Até que tudo se altera e ela vê-se numa jornada estranha e mágica que a leva a questionar tudo e todos e a fazer tudo o que não esperava fazer.

Bem...é uma história bastante interessante. Um tanto diferente, por vezes um bocado estranha, na medida em que as dimensões da realidade nem sempre existem e são alteradas. Isso só faz com que a história seja ainda mais interessante e mágica. A autora conseguiu criar, num mundo bastante simples, um contexto complexo, diferente e mágico. As magias são bastante simples, práticas e usuais; os locais existem de verdade; há contexto histórico. Mas o modo como a autora enredou isso na sua finalidade de criar uma história única e diferente foi bastante inteligente e interessante. Gostei da imagem que ela criou do coração humano e de como este funciona e do que contém. Muito bem!

Depois, temos as personagens. No início podem parecer um bocadinho planas e as secundárias até podem ser, pelo menos a maior parte. No entanto, à medida que a história progride, é possível acompanhar as personagens e descobrir os seus segredos, as suas motivações. Nem tudo fica esclarecido, deixando antever algo que possa aparecer nos volumes seguintes, e que também deixa ficar um mistério no ar e respostas por responder, criando uma rede de possibilidades que ajudam a fomentar histórias paralelas ou hipóteses. Nem tudo pode ser dado de mão beijada, e o que fica nas entrelinhas também é importante e estimula o pensamento. Gostei bastante de Ceony, uma rapariga valente e forte, cheia de determinação. Também gostei de Emery, sempre misterioso...No que diz respeito à vilã, apesar desta ter sido interessante e de ter gostado dela, poderia ter sido mais má.

Uma vez que a magia é um campo muito retratado na literatura, é sempre com agrado que aparece algo diferente e original. As magias aqui apresentadas são feitas apenas em materiais feitos pelo Homem. Pelo menos as magias legais. Há uma escola de mágicos que depois são escolhidos ou escolhem qual a área da magia que querem escolher (de acordo com o material: papel, vidro, plástico...). Essas magias têm utilidades diárias e reais na sociedade. A sociedade reconhece-as. O contexto da história é a Inglaterra do ano de 1901, mas fica subentendido que seria assim pelo mundo todo.

É um livro pequeno, com uma história simples, mas cheia de magia e imaginação. No fundo, é uma bela metáfora para o amor, para a força de vontade e para a realização dos sonhos. Com um travozinho steampunk à mistura, acabou por ser um favoritos do ano! Agora é ler o segundo, que espero que seja tão bom ou melhor do que este! 


Citações:


Make it whole, and it will rise whole. That's your first lesson of the day. p. 29

- I'm in his heart," she said to Fennel. "I never left it, so this must be part of it. I'm seeing his heart, but...how do I get out of it? I can't help him from in here!  p. 103

Everyone has a dark side! But it’s their choice whether or not they cultivate it. 



NOTA (0 a 10): 10

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Ventos da Paixão, de Sarah Mallory

Este é o primeiro livro que leio da Harlequim. Para primeira experiência, foi agradável. É uma leitura divertida, leve, com alguns momentos de humor e bastante sedução. Tem ainda alguma ação e aventura, o que também ajudou ao interesse pela história. O único aspeto que tenho a apresentar é o facto e o livro ter sido traduzido para Português do Brasil. Apesar de não ter nada contra ler em pt-br, acho que não havia necessidade da tradução ter sido assim. Afinal, comprei o livro como sendo em Português de Portugal...se tivesse comprado um livro do Brasil, aí sim, contava com a tradução em pt-br!


Mas o facto de o livro estar em pt-br acaba por não alterar em nada o interessa da história, da qual gostei bastante. Como referi anteriomente, esta é uma leitura bastante leve, onde a história e as personagens são bastantes lineares. É um romance bom para se passar o tempo ou para intercalar com outras leituras mais densas.

A história conta como Evelina, uma jovem inglesa a viver no interior, acaba por se apaixonar e viver uma aventura romântica e um tanto periogosa com o seu noivo, que apareceu na propriedade do seu avô com um plano para casar com ela.

Não quero estar aqui a escrever muito mais sobre o enredo, uma vez que seria fácil escrever vários spoilers, pois a história não tem grande densidade ou profundidade.

As personagens são um tanto planas e não muito complexas, talvez com excepção do homem: Nick Wilder, um capitão da marinha inglesa, sempre à procura de aventura. A jovem, Eve, também não está mal, não é uma rapariga lamechas nem nada disso, sempre à procura de aventura. Mas isso não faz com que haja uma grande complexidade. 
Gostei das aventuras em alto mar, das perigosas idas e vindas por túneis velhos e escuros, das perseguições a cavalo e das aventuras românticas entre as personagens.

Então, se não há muita complexidade ou um enredo muito rico e forte, porquê é que este é um livro interessante?

A resposta a esta questão é a seguinte:

É um livro que distrai; cumpre o seu propósito; dá para desanuviar; dá para para entreter. É leve, tem aventuras e bastante romance e sedução, sem "fofuras". Como primeira experiência com a Harlequim, esta foi agradável!

Recomendo e não tenham problema com a tradução, apesar de esta poder ter sido revista para pt-pt. 
NOTA (0 a 10): 8

domingo, 14 de dezembro de 2014

Os Olhos de Allan Poe, de Louis Bayard

Já há alguns anos que andava de olho nesta obra e, com a promoção da Sábado/Saída de Emergência, tive a oportunidade de o adquirir por um preço mais interessante. Não pude resistir! E o resultado foi fantástico: há muito tempo que não lia um livro deste género tão bom!


Gosto de um bom thriller; seja em filme ou em livro. Uma história com mistério, intensa, poderosa. E se for passada no século XIX melhor ainda, uma vez que essa época é, por excelência, a melhor para estes temas (na minha opinião). Depois, o facto de Poe aparecer na história também não me podia deixar indiferente, uma vez que gosto bastante das suas histórias, cheias de mistério e terror.

O livro narra a história do polícia investigador Augustus Landor, que, devido a uma tuberculose, tem de ir viver para as terras altas americanas, perto da academia militar de West Point, indo com a sua esposa e filha. Tempos mais tarde, Landor vê-se sozinho, sem família e repleto de sentimentos melancólicos. É ele o narrador, que, quase a morrer, decide contar a sua história...a verdadeira história.

Na noite de 25 de outubro de 1830, aparece um cadete morto, enforcado, cujo corpo é roubado para depois aparecer mutilado: sem coração. O pessoal da academia vê-se na obrigação de pedir a colaboração de Landor para a investigação, que aceita, acabando por contratar um assistente para o ajudar no caso: o cadete Edgar Allan Poe, Fourth Classman, que o tinha procurado para lhe dizer que o assassino seria um poeta.

A relação entre ambos intensifica-se à medida que as investigações procedem e durante estas, Poe descobre mais do que aquilo que procurava, procura o amor da sua vida: a jovem Lea Marquis, filha do médico da academia.

Numa história cheia de mistério e assombração, será que o amor e a amizade prevalecem às mais duras provas?

Bem...há muito tempo que não lia algo do género. Talvez desde O Jogo do Anjo, de Zafón. E posso dizer, sem dúvidas, que este foi um dos melhores livros que li neste ano. É repleto de mistério e está envolto numa névoa a roçar o terror muito bem contextualizada. A mestria com que o autor desenvolveu as personagens e as suas relações não podia ser melhor, uma vez que conseguiram transmitir completamente as suas emoções, sentimentos e ações. Vibrei com os acontecimentos que se vão desenvolvendo ao longo da narrativa, acompanhando totalmente as personagens, como se estivesse lá presente...e isso é maravilhoso.

As personagens estão excelentes e complexas, todas elas. Sendo que algumas existiram na realidade, a contextualização ficou perfeita. Poe está fantástico! É como se tivesse sido mesmo assim. A sua personalidade, o seu carácter, a sua maneira de falar, de escrever, de se relacionar com a Vida e com os outros, o escritor conseguiu criar um Poe que poderia ter sido aquele mesmo, o verdadeiro, uma vez que é fácil imaginar a pessoa real como sendo aquela que aparece na história. Todos os momentos em que ele aparece são um puro deleite. Não havia outra personagem que poderia integrar este papel. Ele é o centro da história, a base e magia da história.

A contextualização histórica e ambiental também está sublime, uma vez que a atmosfera apresentada consegue passar para o leitor. Mais uma vez, é como se lá se estivesse, naqueles momentos, naqueles locais.

O intrincado e complexo enredo é fascinante. O que parece, por vezes não é, e o que parece não ser, por vezes é-o. Fiquei muito agradada com o rumo que o enredo tomou e como terminou, o que só mostra a mestria com que o autor conduziu a história. Nada fica solto nem nada aparece ao acaso. Houve momentos em que parecia que andava por ali o Sherlock Holmes e o seu amigo Watson e isso também me alegrou. Gostei muito dos tons um tanto obscuros que a história levou e do mistério negro que a envolveu.

É uma história um tanto arrepiante nas descrições de alguns aspetos anatómicos, mas isso só faz com que tudo encaixe melhor e dá força ao enredo e carácter. Ainda bem que o autor não teve tento nas palavras, pois se tivesse tido, não teria sido tão bom.

Também existem momentos de muita beleza e algum humor, sempre inteligente, quase sempre protagonizados por Poe. Esses momentos fazem com que o quadro de ingredientes presentes na obras seja vasto e bem interligado. Há a dose certa de tudo.

Em suma, esta é uma obra que recomendo a todos. Fantástica! Só mais um apontamento, a capa é maravilhosa!

Citações:

Como é súbita a chegada da bênção do Amor! E como nos ilude no momento do seu nascimento! (...) Em suma, caí inanimado. E teria, sem um único enjoo, perdido a palestra da manhã. (...) Foi o rosto dela que contemplei ao recuperar os sentidos - as suas paradisíacas órbitas, emanando raios de luz sagrada.
"Mr. Poe," disse ela. "Sugiro que, no nosso próximo encontro, permaneçamos ambos conscientes o tempo todo."
p.202 

Demorou cinco segundos(...) mas a picada da lanceta espicaçara algo no corpo de Poe. Um zumbido nas pernas e nos ombros. Ele murmurou: "Lea". Os olhos cor-de-avelã abriram-se sobressaltados e contemplaram o espectáculo de ele próprio, a esvair-se para um vaso.
-Estranho - murmurou. (...)
Ele vai morrer, pensei.
Poe ergueu-se sobre um cotovelo. Disse:
-Lea.
E disse-o de novo. Disse-o com mais resolução... 
p.344

NOTA (0 a 10): 10

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Steampunk Soldiers: Uniforms & Weapons from the Age of Steam, de Philip Smith e Joseph A. McCullough

Esta obra tem como objetivo dar a conhecer como seriam os soldados de diferentes nações tendo em  conta as tendências Steampunk. Ou seja, é um livro para amantes deste género e para quem gosta de imaginar, e, também, saber mais um bocadinho sobre este contexto.


Gostei bastante deste livro. O texto está excelente, com belas descrições e apontamentos bem interessantes. As ilustrações estão maravilhosas, claramente dentro do género Steampunk, como o próprio título do livro indica.

Existem vários países, cujos exércitos estão representados, tendo em conta o séc. XIX e por aí. Senti a falta de Portugal...mas enfim. É um livro precioso para quem gosta deste tema e para quem quer ter ideias para desenhar ou escrever com este contexto. 

A relação entre a ficção e a realidade histórica também está sempre presente, tanto na narrativa como na imagem. É também deveras interessante observar a mestria com que o ilustrador, Mark Stacey, conseguiu apropriar-se das diversas características físicas dos diferentes povos representados na obra de modo a que seja possível, ao olhar para cada povo, distingui-lo de outro, através, não só das roupas, mas também dos modos e da fisionomia.

Um bom livro, cheio de arte!

NOTA (0 a 10): 8

Divulgação - O Cavalheiro Inglês, de Carla M. Soares

 
NO SEIO DE UMA FAMÍLIA, HÁ CORAÇÕES QUE SE AGITAM ENTRE O CURSO DA HISTÓRIA E O IRRESISTÍVEL PERFUME DOS LIVROS.
 
PORTUGAL. 1892. Na sequência do Ultimato inglês e da crise económica na Europa e em Portugal, os governos sucedem-se, os grupos republicanos e anarquistas crescem em número e importância e em Portugal já se vislumbra a decadência da nobreza e o fim da monarquia.

Os ingleses que ainda permanecem em Portugal não são amados. O visconde Silva Andrade está falido, em resultado de maus investimentos em África e no Brasil, e necessita com urgência de casar a sua filha, para garantir o investimento na sua fábrica.

Uma história empolgante que nos transporta para Portugal na transição do século XIX para o século XX numa narrativa recheada de momentos históricos e encadeada com as emoções e a vida de uma família portuguesa.
(conforme Editora Marcador)

À venda desde dia 2 de dezembro!

domingo, 7 de dezembro de 2014

Besta, de Scott Westerfeld

Este é o segundo livro da trilogia Leviatã, de Scott Westerfeld.

Depois de ter lido o primeiro há alguns meses e de ter ficado muito agradada, decidi agora retomar as aventuras de Alek e Deryn.


Neste volume, o Leviatã segue viagem para a Turquia, para que seja resolvido o imbróglio diplomático causado pela usurpação, por parte do Almirante Churchill, do navio de guerra prometido aos turcos, incluindo também o animal seu companheiro de nome Beemoth (Besta; um género de Kraken mais poderoso). Depois de vários contratempos, Alek e Deryn são separados e os seus caminhos bifurcam-se, estando sempre presente o dever de ajudar a nação ou tentar travar a guerra.

Pois bem, este é mais uma fantástica aventura passada neste mundo Steampunk, onde a História se enterlaça com a ficção alternativa. O primeiro livro foi muito bom e esperava que este fosse tão ou melhor do que esse. Acabei por gostar ainda mais deste.

As personagens continuam fantásticas, tanto as que já conhecemos como as que vão aparecendo ao longo da história. Existe uma maior fluidez a nível do enredo; não existem tantos termos mais técnicos ou tantas explicações mecânicas ou darwinistas, existindo mais espaço para a ação, para a intriga e para o desenvolvimento das personagens, tanto a nível individual como a nível das suas relações. Gostei imenso das novas personagens. Não sei se vão aparecer no próximo, mas foram fulcrais neste volume! Em especial, gostei imenso do jornalista Malone...um jovem cheio de estilo!

Também gostei de ver a evolução do relacionamento entre Deryn e Alek. O autor soube levar bem a história deles e espera-se bastante confusão na descoberta do segredo de Deryn, que, espero, seja um dos momentos com mais clímax de toda a trilogia. Vê-los como trio, com a Lilit, foi muito engraçado, uma vez que as situações levaram a dupla a momentos bem interessantes e até hilariantes. A Deryn é muito engraçada!

Também houve mais aspetos emocionais e de maior tensão, o que faz com que a narrativa se torne mais "adulta". Os perigos pelos quais as personagens passam são maiores, bem como as intrigas que fazem com que a trama se torne mais densa.

As descrições de locais, seres e máquinas também estão fantásticas. O autor esmerou-se a nível da imaginação e da contextualização histórica/ficção/steampunk. É um "mundo steampunk" deveras interessante, a meu ver! Que tem como atrativo o facto de ter um fundo bastante grande de verdade e de realidade. É, de facto, possível olhar para o nosso passado e imaginá-lo cheio das máquinas e seres que existem nesta história.

Também quero aqui referir as magníficas ilustrações de Keith Thompson, que nos fazem sonhar e imaginar ainda com maior detalhe o que é descrito e narrado por Scott Westerfeld. Fazem uma dupla fantástica.

Em suma, mais uma boa história de Scott Westerfeld. Espero que o terceiro seja, se não for tão bom como estes, ainda melhor! 


 Ilustrações presentes no livro - Keith Thompson

NOTA (0 a 10): 10

domingo, 30 de novembro de 2014

The Hunger Games - A Revolta parte 1

Fui ver o filme no passado domingo. Cinema cheio, tudo a postos para ver uma das estreias mais aguardadas do ano. 


Muito bem; o filme trata de uma parte do livro (foi dividido em dois, como agora parece ser moda) cujo título é o mesmo, e conta o que aconteceu depois da Katniss (Jennifer Lawrence) ter sido retirada da Arena dos 75º Jogos da Fome, bem como os outros jogadores. Agora no Distrito 13, outrora vítima de propaganda do Capitólio como grande derrotado da revolta anterior, Katniss vê-se na incumbência de ser o símbolo da revolta que está a cargo do Distrito, cuja presidente é Alma Coin (Julian Moore). Com a ajuda de Plutarch Heavensbee (Phillip Seymour Hoffman) e de Beetee (Jeffrey Wright), Katniss passa a ser o símbolo da revolução, o mimo-gaio, e começa a gravar uma série de propos (propaganda) (no terreno, em com o apoio de uma equipa de reportagem) para combater pelo Distrito 13 contra o Capitólio e para incendiar os ânimos das pessoas de todos os distritos contra o Capitólio e, em especial, o presidente Snow.




Considero que fizeram bem em dividir a história em duas partes, uma vez que puderam deter-se em mais detalhes deste modo. É mais um filme desta trilogia, com bons desempenhos de todos os atores nele presentes. Gostei bastante do filme, bem como da banda sonora. O Peeta não aparece tantas vezes, mas isso era de esperar e o final não podia ter sido melhor. Fizeram bem em cortar ali. Não pude deixar de comparar com o final da primeira parte do Harry Potter e os Talismãs da Morte, quando o trio vai até à mansão dos Malfoy para resgatar a Luna e os outros reféns. Resgates e finais de primeiras partes. 


A Katniss tem o destaque que merece e não podia haver atriz melhor para a interpretar. Gostei de ver Julian Moore como Alma Coin, uma líder bastante fria e calculista. Os ambientes em que a história se desenrola também estão bem interessantes e de acordo com o que é apresentado no livro. 

O grande trunfo deste filme é a diferença que nele reside em relação aos dois primeiros. Não há Jogos; há a revolta que tudo o que se passou nos Jogos fez despoletar. Há um ambiente mais sinistro, se se pode assim dizer, no ar e a história passa a ser mais parada. Há momentos de ação, mas não tantos como nos outros dois filmes. 

Uma vez que o terceiro livro foi aquele de que menos gostei, seria de esperar o mesmo do filme. Mas, como esta é a parte 1 e não o total, vou esperar pela parte 2 para poder comparar melhor com o livro e tirar conclusões mais assertivas. Porém, posso dizer que gostei do filme, talvez um bocadinho mais do que do livro, porque a Katniss não está tão para baixo no grande ecrã como no livro, algo que me aborreceu e fez com que não tivesse gostado tanto do livro. 

Em suma, é uma primeira parte bastante interessante.


NOTA (0 a 10): 8

terça-feira, 25 de novembro de 2014

Vencedor/a do passatempo Espada Que Sangra, Chiado Editora

Olá! 

Venho informar que já há uma vencedora do passatempo que decorreu até ontem aqui no blogue.
Obrigada a todos aqueles que participaram e continuem a seguir este espaço, pois mais passatempos virão!


A vencedora foi:

6 - Mª...Bernardes 

Parabéns!
Obrigada também à Chiado Editora, que permitiu a realização deste passatempo.

domingo, 23 de novembro de 2014

O Último Conjurado, de Isabel Ricardo


Sinopse:

Há sessenta anos que Portugal era humilhado pelos Filipes de Espanha.

É então que um grupo de heróis decide revoltar-se.

1640. O jugo espanhol dura há sessenta anos. Seis décadas de identidade roubada, pátria escondida e falsa lealdade. Mas algo está diferente: fala-se do enigmático Capitão Gualdim, que desafia o poder espanhol pelas ruas de Lisboa enquanto se conspira nas sombras e a guerra contra o domínio espanhol ameaça rebentar. Uma importante parte da nossa História ganha vida em O Último Conjurado de Isabel Ricardo, onde a realidade se cruza com a ficção. Duelos, emboscadas, amores e muito mistério envolvem as principais personagens, três jovens cavaleiros que vivem todo o tipo de aventuras. Um romance histórico que representa com rigor os factos ocorridos neste tão importante período da nossa História, enlaçado numa maravilhosa narrativa cheia de suspense. (in Saída de Emergência)
Opinião:

O Último Conjurado é um romance histórico passado na época da Restauração, mais precisamente no ano em questão (1640). Li este livro para a leitura conjunta do Cantinho do Fiacha e ainda bem! Se não tivesse lido com o Cantinho, teria de o ter lido à mesma, pois é um excelente livro!

Sendo de uma autora portuguesa ainda se torna mais relevante a divulgação da obra e os elogios, uma vez que, infelizmente, os autores nacionais nem sempre são aqueles que são mais lidos, geralmente. A autora fez um trabalho notável nesta história (não li, ainda, mais nenhuma obra sua), contextualizando na perfeição todo o ambiente e todas as personagens, juntando a ficção à realidade histórica, com personagens reais e imaginadas. Parabéns!

A história centra-se em torno do Capitão Gualdim e da sua misteriosa identidade, sendo este uma espécie de justiceiro português, que luta contra o Estado Espanhol e contra as suas medidas, em favor do povo e da nobreza lusitana. Uma vez que ninguém conhece a sua identidade, torna-se natural que comece a existir no leitor aquele surgir de várias hipóteses e teorias, o que torna a leitura bastante motivante e fluída. Mas nem toda a história é sobre ele.

Os conjurados estão também presentes e muito influentes ao longo da narrativa, em especial três deles: D. Pedro, D. Afonso e D. Diogo. Estas personagens (fictícias) são o elo entre todas as personagens da narrativa e são muito interessantes! Com personalidades bastante diferentes e todos eles vivaços e inteligentes, tornam-se rapidamente em três bravos jovens aventureiros que dá gosto acompanhar ao longo das suas demandas.

Também existem outras personagens, que, não indo aqui nomear todas elas, devo referir: Laura, Sem Pavor e a dupla D. Manuel e D. Cristóvão Vilar. Personagens inteligentes e que mexem com o leitor!

Gostei muito da história. Achei-a um mimo, repleta de aventuras, suspense, momentos de aflição e de euforia, e que consegue muito bem dar a conhecer um período tão importante da nossa História. Tem todos os ingredientes nas doses certas, a meu ver. A autora conseguiu transmitir os acontecimentos, criando muitos atrativos e mistério de forma a agarrar o leitor. Para quem gosta de História, como eu, este é um romance histórico perfeito, como tinha referido anteriormente. Uma história leve, digamos, repleta de aventuras e de valentia, como era naquele tempo em que os garbosos jovens andavam sempre à procura de mil aventuras. Fez-me lembrar, em alguns momentos, Os Três Mosqueteiros, de Alexandre Dumas, obra que eu tanto gosto.

Vou, definitivamente, divulgar a todos e incentivar a sua compra e leitura. Uma excelente aposta da Saída de Emergência, que reeditou esta obra muito boa com uma capa bem bonita e um design gráfico interior de extremo bom gosto.

Em suma, uma agradável surpresa! E a participação na leitura conjunta também o foi, com a presença excelente da autora, Isabel Ricardo.


NOTA (0 a 10): 10

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Passatempo - Espada Que Sangra, de Nuno Ferreira

Olá a todos! 

Vai começar hoje um novo passatempo aqui no blogue, em conjunto com a Chiado Editora. O livro é: Espada Que Sangra, de um escritor português: Nuno Ferreira. 


Sinopse:

A palavra dos homens teve muito crédito, em tempos idos. Mas quando a soberba e a sede de poder e glória moldam o comportamento humano, a mentira torna-se um instrumento para pentear as suas próprias fraquezas.”

Espada Que Sangra é o primeiro volume de Histórias Vermelhas de Zallar, um delicioso cocktail de fantasia, intriga, mistério, suspense, erotismo, aventura e ação, passado num mundo fantástico de civilizações que nos apaixonam a cada página. Zallar é um mundo complexo, onde três continentes lutam arduamente pela sua sobrevivência. No Velho Continente existe uma terra almejada há milénios, desde os tempos em que os medonhos Homens Demónio dominavam a região: Terra Parda, onde as cidades-estado são chamadas de espadas e um minério conhecido por tormento negro tornou possível a existência de armas de fogo. Hoje, são os descendentes dos extintos Homens Demónio quem ameaça as fronteiras desta terra próspera em vegetação, savanas e desertos – os malévolos mahlan. A Guerra Mahlan está prestes a atingir o seu ápice, e agora, tudo pode acontecer. Mas Lazard Ezzila e Ameril Hymadher, reis das principais fortalezas de Terra Parda que viveram um intenso romance na sua juventude, vão perceber de uma forma perturbadoramente selvagem que os seus maiores inimigos podem viver consigo ou partilharem dos seus próprios lençóis.
 (conforme site da Chiado Editora)

Podem encontrar o link para a página do Facebook aqui.

Boa sorte a todos!!!

Regras do Passatempo: 

- participar até às 23h59 de 24 de Novembro de 2014;
- ser seguidor do Blogue aqui E no Facebook;
- ser residente em Portugal;
- só são aceites uma participação por pessoa/morada;
- apenas haverá um vencedor, que será apurado através do site: random.org.

domingo, 16 de novembro de 2014

Divulgação Marcador - Os Grandes Ditadores da História, de Pedro Rabaçal


Os Grandes Ditadores da História apresenta ao público uma visão muito abrangente das ideias, das vidas, e dos atos desses homens que influenciaram enormemente os seus países e o mundo.
Os ditadores, com personalidades invulgares e especiais, mais ou menos convictos das suas ideias, com menor ou maior empatia com o seu povo, subiram ao poder, em geral, graças a enormes doses de astúcia, de força de vontade e de outros talentos formidáveis, infelizmente combinados com a falta de escrúpulos e de compaixão.
Este livro abrange diversos séculos da História da Humanidade, mas nele se destaca o século XX, que não trouxe somente a proliferação da democracia e a sacralização da defesa dos direitos humanos e cívicos: foi também o século de várias das piores tiranias da História. (conforme Editora Marcador)

Número de páginas: 464
Preço: 19,50€

Divulgação Marcador - A Ilha do Medo, de Nelson DeMille

Ferido no cumprimento do dever, o detetive de homicídios John Corey, da Polícia de Nova Iorque, está a convalescer na região leste de Long Island quando um casal jovem e atraente é encontrado assassinado a tiro no terraço da casa onde habitava. As vítimas eram biólogas da Ilha de Plum Island, um local de pesquisas que os rumores dizem ser uma incubadora de armas biológicas. Subitamente o duplo assassinato adquire terríveis implicações globais – e lança Corey e duas mulheres extraordinárias numa investigação perigosa aos segredos mais profundos da Ilha. (conforme Editora Marcador)

Número de páginas: 529
Preço: 19,95 euros





















































































































Drácula - A História Desconhecida

Já faz algumas semanas desde que fui ver o filme e só agora pude escrever uma mensagem sobre ele. Por isso, aqui vai. 

O filme conta a história do Conde Vlad Tapes, que, devido a uma injusta medida do rei turco, decide ajudar o seu povo da única forma poderosa que pode: pedir a um vampiro que habita numa caverna perto do seu território que o transforme durante determinado tempo de modo a vencer os seus inimigos e ajudar, assim, o seu povo e a sua família.


O filme não é uma obra de arte cheia de originalidade, mas o seu propósito de entretenimento é cumprido. É bom, os atores estão bens, principalmente o Conde (Luke Evans) e a sua esposa (Sarah Gadon), Mirena. Também os efeitos especiais estão muito bons e isso ajuda ao espectáculo visual que o filme pede, principalmente nas cenas das batalhas e das investidas do Conde sobre os seus inimigos em forma de morcego. A banda sonora também está apropriada, mantendo sempre o clima pretendido ao longo da história. 


É uma abordagem diferente da história do vampiro mais famoso do mundo e, finalmente, não é uma história de vampiros queridinhos. É uma história de vampiros como deve ser, em que a personagem principal se vê repleta de conflitos interiores em relação ao seu estado e entre o Bem e o Mal. É ainda uma história de amor, em que este é visto por um lado de eternidade, bem explorado e subtil. O casal Vlad Tapes e Mirena consegue preconizar a história de amor de forma convincente e existe, pelo menos, uma cena entre eles que é de cortar a respiração. Cena essa bastante bela, com a música mais bonita de toda a banda sonora. 


Em suma, este é um filme bom, com uma história interessante e que mostra uma nova abordagem da vida do Conde Vlad Tapes, antes e depois de se tornar o Conde Drácula. Uma história que é uma mistura de vários ingredientes e que cumpre o seu propósito de entretenimento.

NOTA (0 a 10): 8

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

O Filho das Sombras, de Juliet Marillier



Este é o segundo livro desta maravilhosa história de Sevenwaters. Depois de ter lido o primeiro há alguns meses, eis que decidi ler o segundo. E fiquei bem agradada.


O Filho das Sombras segue a história dos filhos de Sorcha e Hugh de Harrowfield. Niamh, Sean e Liadan, têm pela frente o legado dos seus pais e são parte da roda, sendo a Liadan que cabe o papel de figura principal. Continua a luta pela posse das Ilhas, bem como as disputas internas entre as famílias. No entanto, o que parecia já ter sido esquecido começa a estender os braços e o futuro de Sevenwaters vê-se novamente no meio do nevoeiro. Liadan sente-se puxada por todos os lados e é nela que todas as expectativas recaem. Só que o que estavam a pensar que seria fácil torna-se mais complicado, quando Liadan encontra um valente jovem guerreiro, cheio de mistério e de inimigos. Assim, ela terá de pesar bem as suas decisões.

Não queria estar a fazer um resumo que pudesse dizer muito sobre a história, uma vez que a história é tão bela que nenhum resumo seria adequado e contaria demais. Esta é uma história para ser saboreada, sentida, vivida. Toda a beleza da narrativa presente em A Filha da Floresta está aqui presente. Aquela melodia solitária, um tanto agreste mas envolvente e maravilhosa está novamente presente, desta vez pelas palavras de Liadan que é narradora desta fantástica história.

A narração é perfeita, envolvente e muito sentida. Não foram poucas as vezes em que me emocionei ao longo desta história e também não foram poucas aquelas em que torci pelas personagens e me deixei levar pela narrativa. Aliás, esta foi uma viagem em que me deixei levar em todos os momentos, pois é uma daquelas histórias que prende o leitor (pelo menos, a mim prendeu-me).

Quanto às personagens, pude encontrar caras conhecidas e ficar a saber os seus destinos e o que andam a fazer. Foi com grande gosto que revi Sorcha, os seus irmãos e Hugh (Red). Gostei muito de Liadan, que é uma personagem digna da sua mãe. Também gostei de todas as novas personagens, com especial relevo para Bran, Ciarán e o seu amigo Fiacha, que é bem importante para o desenrolar da história!
Gostei imenso das relações que se vão estabelecendo, ao longo da narrativa, entre as personagens.

No que diz respeito ao desenrolar da história e à forma como os acontecimentos aconteceram para ligar este livro ao anterior tenho a dizer que a ligação está perfeita. Penso que não podia estar melhor, uma vez que tudo faz sentido. Não há pontas soltas e tudo ou quase tudo o que acontece nesta história tem o seu fundamento no passado, ou seja no livro anterior. A sintonia está muito bem feita e existe, por isso, grande harmonia.

As descrições estão de cortar a respiração. Foi possível seguir os passos de Liadan e das outras personagens através de Sevenwateres e de toda a região.

Outro aspeto que quero aqui referir é o facto de, neste volume, serem abordados assuntos de imensa importância para a compreensão da história da família de Sevenwaters, que já me tinha desperto a curiosidade. O que é referido é muito interessante e bem contextualizado. Por falar em contextualização, é também de referir a mestria com que esta história está integrada num período histórico real.

Não consigo dizer qual dos livros gosto mais. São ambos fantásticos, com histórias diferentes, mas interligadas, fortes, sentidas e muito, muito bem escritas. A beleza com que a história, tanto uma como a outra, está escrita é fabulosa. Juliet Marillier é uma escritora completamente fantástica. Os meus parabéns pelas suas belas histórias, que comovem, alegram e emocionam os leitores.

Em suma, uma grande e bela história. Leiam!


Citações:

Não posso fazer com que o seu caminho passe a ser amplo e direito. Há-de haver sempre curvas, e lombas, e dificuldades. Mas posso segurar-lhe na mão e caminhar a seu lado. p.440

NOTA (0 a 10): 10