sábado, 13 de outubro de 2018

Ready Player One - Jogador 1, de Ernest Cline

Sinopse:

Em 2044 o mundo tornou-se um lugar triste, devastado por conflitos, escassez de recursos, fome, pobreza e doenças. Wade Watts só se sente feliz na realidade virtual conhecida como OASIS, onde pode jogar e apaixonar-se sem constrangimentos. 

Quando o criador do OASIS morre, deixa a sua imensa fortuna e o controlo da realidade virtual a quem conseguir resolver os enigmas que aí escondeu. Os utilizadores têm apenas como pistas a cultura pop dos anos 1980. 

Começa assim uma frenética e perigosa caça ao tesouro.

Nos primeiros anos, milhares de jogadores tentam solucionar o enigma inicial, sem sucesso. Até que Wade, por acaso, desvenda a primeira chave. De um momento para o outro, vê-se numa corrida desesperada para vencer o prémio, uma corrida que rapidamente continua no mundo real e que põe em risco a sua vida. (in Goodreads)




Opinião:

Depois de ter visto o filme e de ter ficado completamente apaixonada, foi com grande entusiasmo que comecei a ler o livro. E, apesar de ser muito, muito diferente em relação ao filme, ambos conseguiram preencher todas as minhas expectativas em relação à história. São os dois tão diferentes, mas tão perfeitos! 

Tudo no livro é bom. Wade, ou Parzival, é um doce, e a sua evolução enquanto personagem, a todos os níveis, é muitíssimo grande. Art3mis também é uma personagem cheia de garra e força, uma rapariga muito fixe e de princípios, que ajuda Parzival na sua luta, mesmo que por vezes se ericem um com outro de uma maneira muito engraçada. Depois as outras personagens também são extraordinárias, incluindo o grande vilão individual (pois o vilão principal, a meu ver, é a corporação IOI no seu total), Sorrento, que dá gosto odiar. 

A ação é pura adrenalina. O livro lê-se num instante e o leitor sente-se completamente agarrado e invadido pela sensação de loucura da própria ação e pela escrita eletrizante. Tem muita emoção, diversão e aventura. É uma história que, à partida, pode parecer um tanto estranha, centrada no mundo dos videojogos e da cultura pop, em especial da década de 80, mas que é um hino à vontade de lutar, de não desistir e de fazer frente ao poder. É também uma forte crítica à sociedade atual e uma perspetiva de um possível futuro que tem como pano de fundo um cenário onde o virtual é mais importante do que o real, mesmo que essa seja uma grande mentira. 

Gostei muito da forma como as referências culturais vão aparecendo ao longo da obra e da forma como acabam por dar corpo ao enredo. Também foi um dos fatores que me fez ficar completamente fascinada pelo livro. 

As descrições estão excelentes, com detalhes quando é necessário, sem eles quando não o é. O autor é sucinto na sua abordagem, o que promove uma escrita fluída e uma leitura rápida e frenética. 

Este é, sem dúvida, uma das grandes leituras deste ano. Recomendo vivamente! 

NOTA (0 a 10): 10

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