Este é o quarto livro da saga sobre a lenda arturiana do escritor
Stephen Lawhead. Depois de ter lido a trilogia (Taliesin, Merlim e
Artur), decidi continuar a ler sobre Merlim e Artur, seguindo para
Pendragon. Apesar do ciclo ter ficado fechado em Artur, Pendragon dá-nos
a conhecer algumas histórias que não aparecem (ou que não têm tanto
detalhe) no último livro da trilogia. Há mais detalhes sobre a vida de
Artur e sobre algumas das batalhas, dando-se especial destaque às
batalhas com os Vândalos.
Este livro retoma a vida de Artur desde a sua infância até depois da batalha com os Vândalos. Neste quarto livro, para além das batalhas, a Bretanha vê-se a braços com uma praga que dizima a população: o Devastador Amarelo. Assim, a tarefa de Artur e Merlim para dar a conhecer e construir o Reino do Verão vê-se bastante conturbada e até periclitante.
Merlim é o narrador da história, um dos melhores narradores desta saga. É através das palavras extremamente bem elaboradas e colocadas em frases soberbas que Merlim nos vai contando a vida de Artur. Sendo seu bardo e conselheiro, tem uma posição privilegiada junto do Supremo Rei da Bretanha. No entanto, há muito sobre Merlim que também aparece na história. Confesso que as partes em que Merlim tem destaque são das que mais me agradam, apesar de todo o conjunto ser maravilhoso e me agradar. Mas tenho um fraquinho pelo Merlim, mais do que pelo Artur, daí esta minha preferência. Gosto especialmente das partes em que o Outro Mundo aparece, uma vez que são momentos de extrema magia e maravilha. Gostei de rever Ganieda, a eterna amada de Merlim nesta história.
Tendo em conta o final do terceiro livro, foi com gosto que peguei neste para saber mais detalhes sobre a história em si. O autor manteve a estrutura cronológica igual e os acontecimentos que aparecem em ambos os livros coincidem. Há alguns que tiveram mais destaque no terceiro livro que são apenas referidos neste e vice-versa, ajudando à complementaridade da história em si. Senti a falta de Morgana, que apenas aparece em algumas referências a momentos passados no terceiro livro. Ela é uma das minhas personagens preferidas da lenda de Artur, se não a que mais gosto (para além de Merlim). Também gostei de rever algumas das personagens mais queridas da saga, como Peleias, o fiel escudeiro de Artur, cujo desfecho pareceu-me bastante cruel, na medida que é mais ou menos uma incógnita, ficando apenas a saber-se o que aconteceu sem detalhe algum. Também gostei de rever as personagens pertencentes ao Povo das Fadas, que tanto me agradam e recordam especialmente o primeiro livro da saga. Neste livro também os Irlandeses aparecem mais, sendo a ilha e as suas personagens um ponto fulcral na história. Gwenwyvar também acaba por ter maior destaque neste livro do que no anterior, o que achei interessante porque é uma personagem que muito me agrada: uma rainha lúcida, guerreira, forte, leal, brava, corajosa e extremamente amável para quem o merece.
As descrições estão bastante vividas, dando a impressão que o leitor está mesmo no meio da ação. Tanto as descrições das batalhas como dos espaços dão esta mesma sensação, que me agrada sobremaneira. E isto sem ser uma descrição em demasia.
O autor consegue mais uma vez criar uma história rica sobre Artur. Mesmo que muitos dos aspetos referidos e o enredo em si não ir ao encontro do que a lenda refere, o que é certo é que não há dados reais sobre a história: é uma lenda. E Stephen Lawhead conseguiu, a meu ver, criar uma história brilhante, juntando História com lendas e acontecimentos indefinidos. A época em que a narrativa acontece é das que mais me fascina e o espaço em que a ação decorre, também. A forma como a história se desenvolveu desde o primeiro livro até aqui é magistral, cobrindo um espaço de tempo bastante extenso, permitindo, assim, dar a conhecer um período alargado da História, mesmo que nem tudo seja real. E esse conhecimento é, para mim, maravilhoso. Assim, só tenho elogios a fazer em relação à forma como o autor tem conduzido a narrativa. A prosa é por demais maravilhosa, criando um ambiente prefeito, em especial quando o narrador é Merlim (o autor consegue criar narradores bastante distintos, com uma prosa extremamente relacionada com a sua maneira de encarar o Mundo): parece que se está a ler uma história escrita naquele período. Este é o sentimento com que fico ao ler estes livros, e isso é fantástico.
Mais um maravilhoso livro de Stephen Lawhead sobre a lenda arturiana que recomendo totalmente!
Este livro retoma a vida de Artur desde a sua infância até depois da batalha com os Vândalos. Neste quarto livro, para além das batalhas, a Bretanha vê-se a braços com uma praga que dizima a população: o Devastador Amarelo. Assim, a tarefa de Artur e Merlim para dar a conhecer e construir o Reino do Verão vê-se bastante conturbada e até periclitante.
Merlim é o narrador da história, um dos melhores narradores desta saga. É através das palavras extremamente bem elaboradas e colocadas em frases soberbas que Merlim nos vai contando a vida de Artur. Sendo seu bardo e conselheiro, tem uma posição privilegiada junto do Supremo Rei da Bretanha. No entanto, há muito sobre Merlim que também aparece na história. Confesso que as partes em que Merlim tem destaque são das que mais me agradam, apesar de todo o conjunto ser maravilhoso e me agradar. Mas tenho um fraquinho pelo Merlim, mais do que pelo Artur, daí esta minha preferência. Gosto especialmente das partes em que o Outro Mundo aparece, uma vez que são momentos de extrema magia e maravilha. Gostei de rever Ganieda, a eterna amada de Merlim nesta história.
Tendo em conta o final do terceiro livro, foi com gosto que peguei neste para saber mais detalhes sobre a história em si. O autor manteve a estrutura cronológica igual e os acontecimentos que aparecem em ambos os livros coincidem. Há alguns que tiveram mais destaque no terceiro livro que são apenas referidos neste e vice-versa, ajudando à complementaridade da história em si. Senti a falta de Morgana, que apenas aparece em algumas referências a momentos passados no terceiro livro. Ela é uma das minhas personagens preferidas da lenda de Artur, se não a que mais gosto (para além de Merlim). Também gostei de rever algumas das personagens mais queridas da saga, como Peleias, o fiel escudeiro de Artur, cujo desfecho pareceu-me bastante cruel, na medida que é mais ou menos uma incógnita, ficando apenas a saber-se o que aconteceu sem detalhe algum. Também gostei de rever as personagens pertencentes ao Povo das Fadas, que tanto me agradam e recordam especialmente o primeiro livro da saga. Neste livro também os Irlandeses aparecem mais, sendo a ilha e as suas personagens um ponto fulcral na história. Gwenwyvar também acaba por ter maior destaque neste livro do que no anterior, o que achei interessante porque é uma personagem que muito me agrada: uma rainha lúcida, guerreira, forte, leal, brava, corajosa e extremamente amável para quem o merece.
As descrições estão bastante vividas, dando a impressão que o leitor está mesmo no meio da ação. Tanto as descrições das batalhas como dos espaços dão esta mesma sensação, que me agrada sobremaneira. E isto sem ser uma descrição em demasia.
O autor consegue mais uma vez criar uma história rica sobre Artur. Mesmo que muitos dos aspetos referidos e o enredo em si não ir ao encontro do que a lenda refere, o que é certo é que não há dados reais sobre a história: é uma lenda. E Stephen Lawhead conseguiu, a meu ver, criar uma história brilhante, juntando História com lendas e acontecimentos indefinidos. A época em que a narrativa acontece é das que mais me fascina e o espaço em que a ação decorre, também. A forma como a história se desenvolveu desde o primeiro livro até aqui é magistral, cobrindo um espaço de tempo bastante extenso, permitindo, assim, dar a conhecer um período alargado da História, mesmo que nem tudo seja real. E esse conhecimento é, para mim, maravilhoso. Assim, só tenho elogios a fazer em relação à forma como o autor tem conduzido a narrativa. A prosa é por demais maravilhosa, criando um ambiente prefeito, em especial quando o narrador é Merlim (o autor consegue criar narradores bastante distintos, com uma prosa extremamente relacionada com a sua maneira de encarar o Mundo): parece que se está a ler uma história escrita naquele período. Este é o sentimento com que fico ao ler estes livros, e isso é fantástico.
Mais um maravilhoso livro de Stephen Lawhead sobre a lenda arturiana que recomendo totalmente!
Citação:
- (...) Se queres viver, pelo caminho por onde viestes terás de voltar.
Deu dois passos atrás e, pousando as pontas dos dedos nos lábios, beijou-os, erguendo para mim a mão ágil.
- Adeus, de-todos-o-mais-amado - disse. - Lembra-te, virei para te levar, um dia...
- Por favor, Ganieda - gritei, a dor avultando-se dentro de mim, como uma onda -, não me deixes! Por favor! p.356
Deu dois passos atrás e, pousando as pontas dos dedos nos lábios, beijou-os, erguendo para mim a mão ágil.
- Adeus, de-todos-o-mais-amado - disse. - Lembra-te, virei para te levar, um dia...
- Por favor, Ganieda - gritei, a dor avultando-se dentro de mim, como uma onda -, não me deixes! Por favor! p.356
NOTA (0 a 10): 10
Olá!!
ResponderEliminarGostei imenso da tua opinião. Eu sou totalmente "vidrada" nas lendas arturianas.
Se um dia decidires vender este teu Pendragon, por favor avisa-me, é o unico que me falta do ciclo!
Depois deste, Lawhead editou mais 2 numa continuação do Ciclo Pendragon, são eles Graal e O Regresso do Rei Artur.
Bom fim de semana
Teresa Carvalho
Olá macy,
Eliminarobrigada! Eu também sou grande adepta. Eu não tenho os livros do ciclo, aliás, só tenho o Graal. Este e os três primeiros requisitei na biblioteca. E lá não há o Graal. O Regresso do Rei Artur não sabia que havia! =)
Obrigada, para ti também.
Bj e boas leituras
Olá miga,
ResponderEliminarFico muito contente que estejas a gostar tanto desta saga, como sabes é para mim e a par da trilogia Crónicas dos Senhores da Guerra do Bernard Cornwell, o melhor sobre o Rei Artur, embora tenha gostado das Brumas de Avalon da MZB mas não tão bom como estes.
Merlim, sempre que aparece é uma mais valia para o enredo, tal como Morgana ;)
Segue para o Graal está ao nível destes volumes :)
Bjs e parabens pelo excelente comentário
Olá amigo Fiacha,
Eliminarverdade, é uma saga maravilhosa. Essa é outra trilogia que tenho de ler. Já sei que há na biblioteca, já andei lá à procura e devo aproveitar =) Gosto muito da escrita do Cornwell.
O Merlim é bem especial! E a forma como narra é brilhante e bastante grandiosa. Tal como Morgana! Bela dupla =P
Agora falta-me o Graal. Com o final deste, acho mesmo que sim =)
Bjs e obrigada =)
Olá Maria,
ResponderEliminarvim aqui para te avisar que te indiquei para uma tag, espero q goste e participe!
Abraços e boas leituras!!!
http://ameninaeovento2.blogspot.com.br/
Olá Amanda,
Eliminarobrigada pela Tag =)
Abraços e boas leituras