domingo, 11 de outubro de 2015

O Rei de Ferro e a Rainha Estrangulada, de Maurice Druon

Mais uma bela surpresa da Marcador! Depois de ter ficado bastante curiosa sobre o livro devido à sua sinopse e às suas críticas, não pude resistir a lê-lo...e ainda bem que o fiz, porque é excelente! E como é a grande referência para a obra de George Martin (As Crónicas de Gelo e Fogo), não podia mesmo deixar de ler, uma vez que sou fã.



Sinopse: 

O Rei de Ferro - Filipe, o Belo - é frio, cruel, silencioso, e governa o reino sem hesitações. Apesar disso, não consegue dominar a própria família: os filhos são fracos e as esposas, adúlteras, ao mesmo tempo que a sua filha de sangue, Isabel, é infeliz no casamento com o rei inglês - que parece preferir a companhia de homens.
Empenhado na perseguição aos ricos e poderosos Templários, Filipe sentencia o grão-mestre Jacques de Molay a ser queimado na fogueira, atraindo sobre si uma maldição que vai destruir o futuro da sua dinastia. Morre nesse mesmo ano, deixando o reino em grande desordem.
O seu filho é nomeado rei, mas com a esposa presa e acusada de adultério, é incapaz de gerar um herdeiro e de garantir a sucessão.
Enquanto a cristandade espera um papa e as pessoas estão a morrer de fome, as rivalidades, intrigas e conspirações vão despedaçar o reino e levar barões, banqueiros e o próprio rei a um beco sem saída, ao qual só parece ser possível escapar pelo derramamento de sangue.
(in Marcador)

Opinião:

Este é o primeiro livro da saga dos Reis Malditos e que narra acontecimentos verídicos passados nos finais da Idade Média, na Europa, principalmente entre França e Inglaterra. Este volume é a introdução, praticamente, ao início da Guerra dos Cem Anos, entre França e Inglaterra, e está muito bom. O autor é fantástico. A sua escrita...a própria narração é única. Existe um certo humor em vários momentos e em certas expressões ao longo da obra, que são como que comentários às ações das personagens que me fizeram por várias vezes sorrir e até dar algumas gargalhadas. Esse foi um dos aspetos que me fez gostar imenso da história. Aliás, desfrutei completamente deste livro, deu-me bastante prazer lê-lo por isso e também porque é um dos Romances Históricos lidos até agora que mais se pareceu com uma aventura épica e um autêntico evento de conspiração e ação. Excelente!

Outro aspeto que me fez gostar muito foi o facto do contexto estar excelente. O autor fez um grande trabalho de pesquisa que culminou em algo mais do que narrar os acontecimentos históricos. Maurice Druon conseguiu pegar nas informações históricas e dar-lhe vida própria. Por vezes parece que até não é um livro que retrata factos verídicos, mas sim um livro de ficção, tal não é a forma fantástica de contar, mais do que narrar os acontecimentos históricos, do autor. 

Em relação às personagens, posso afirmar que é uma maravilhosa e única panóplia de indivíduos. Desde o Rei de Ferro, Filipe, o Belo, que é uma personagem bastante carismática, até ao seu filho e sucessor, Luís, o Teimoso, que me fez várias vezes ficar admirada com a sua forma de reinar e tomar decisões (pois é ridícula e deveras medíocre, especialmente em relação ao sei pai), as personagens estão tão bem caracterizadas e reais que parece que estão vivas e que saem das páginas do livro para dialogarem e agirem à nossa frente, como que num plano em três dimensões. Não posso dizer que tenha havido uma personagem da qual gostei mais (porque são todas excelentes e bem elaboradas, todas distintas umas das outras) , se bem que Guccio Baglioni acabou por ser aquele que mais me agradou, bem como o seu amor por Maria Cressay, talvez pelo cariz mais romântico do casal e aventureiro da parte dele, tal como o relevo das suas ações para o desenrolar dos acontecimentos.

Também gostei das descrições, que são na medida certa e só aparecem quando extremamente necessárias para a compreensão do contexto. A ação e a complexidade política e conspiratória são os grandes ingredientes desta narrativa, tal como aconteceu na realidade. 

Fiquei a saber mais sobre este período históricos e também sobre a História da França, que, confesso, só ter mais conhecimentos após a Revolução Francesa. Os Romances Históricos que leio com mais frequência são sobre Inglaterra, talvez porque também é o reino que mais me fascina (expeto o nosso) e foi com grande prazer que pude ler este sobre França (se bem que a Inglaterra também está bem presente...ou não seria a Inglaterra e a França um par sempre ligado em factos históricos). 

Em relação ao facto de ter sido nesta saga que George Martin se inspirou, em parte, não pude deixar de tentar fazer comparações e encontrei algumas, que não vou aqui referir. Prefiro fazer com que os leitores de Martin fiquei curiosos e vão ler este livro!

Em suma, um excelente Romance Histórico que recomendo totalmente. Espero ler os próximos volumes brevemente porque fiquei muito curiosa com o que se passou a seguir, uma vez que o final do livro promete muitas mais conspirações e aventuras.

NOTA (0 a 10): 9
O Rei de Ferro – Filipe, o Belo – é frio, cruel, silencioso, e governa o reino sem hesitações. Apesar disso, não consegue dominar a própria família: os filhos são fracos e as esposas, adúlteras, ao mesmo tempo que a sua filha de sangue, Isabel, é infeliz no casamento com o rei inglês – que parece preferir a companhia de homens.

Empenhado na perseguição aos ricos e poderosos Templários, Filipe sentencia o grão-mestre Jacques de Molay a ser queimado na fogueira, atraindo sobre si uma maldição que vai destruir o futuro da sua dinastia. Morre nesse mesmo ano, deixando o reino em grande desordem.

O seu filho é nomeado rei, mas com a esposa presa e acusada de adultério, é incapaz de gerar um herdeiro e de garantir a sucessão.

Enquanto a cristandade espera um papa e as pessoas estão a morrer de fome, as rivalidades, intrigas e conspirações vão despedaçar o reino e levar barões, banqueiros e o próprio rei a um beco sem saída, ao qual só parece ser possível escapar pelo derramamento de sangue.
- See more at: http://marcador.com.pt/contents/view/143#sthash.Hlmu9rui.dpuf
O Rei de Ferro – Filipe, o Belo – é frio, cruel, silencioso, e governa o reino sem hesitações. Apesar disso, não consegue dominar a própria família: os filhos são fracos e as esposas, adúlteras, ao mesmo tempo que a sua filha de sangue, Isabel, é infeliz no casamento com o rei inglês – que parece preferir a companhia de homens.

Empenhado na perseguição aos ricos e poderosos Templários, Filipe sentencia o grão-mestre Jacques de Molay a ser queimado na fogueira, atraindo sobre si uma maldição que vai destruir o futuro da sua dinastia. Morre nesse mesmo ano, deixando o reino em grande desordem.

O seu filho é nomeado rei, mas com a esposa presa e acusada de adultério, é incapaz de gerar um herdeiro e de garantir a sucessão.

Enquanto a cristandade espera um papa e as pessoas estão a morrer de fome, as rivalidades, intrigas e conspirações vão despedaçar o reino e levar barões, banqueiros e o próprio rei a um beco sem saída, ao qual só parece ser possível escapar pelo derramamento de sangue.
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O Rei de Ferro – Filipe, o Belo – é frio, cruel, silencioso, e governa o reino sem hesitações. Apesar disso, não consegue dominar a própria família: os filhos são fracos e as esposas, adúlteras, ao mesmo tempo que a sua filha de sangue, Isabel, é infeliz no casamento com o rei inglês – que parece preferir a companhia de homens.

Empenhado na perseguição aos ricos e poderosos Templários, Filipe sentencia o grão-mestre Jacques de Molay a ser queimado na fogueira, atraindo sobre si uma maldição que vai destruir o futuro da sua dinastia. Morre nesse mesmo ano, deixando o reino em grande desordem.

O seu filho é nomeado rei, mas com a esposa presa e acusada de adultério, é incapaz de gerar um herdeiro e de garantir a sucessão.

Enquanto a cristandade espera um papa e as pessoas estão a morrer de fome, as rivalidades, intrigas e conspirações vão despedaçar o reino e levar barões, banqueiros e o próprio rei a um beco sem saída, ao qual só parece ser possível escapar pelo derramamento de sangue.
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4 comentários:

  1. Boa opinião :D
    Eu também gosto bastante deste escritor, mesmo que a história à primeira vista possa parecer "secante", a escrita dele é deliciosa e a narrativa torna-se um passeio ao mesmo tempo harmonioso e empolgante. E todas as tramas e conspirações são bem cimentadas e atractivas. :)

    Beijinho e boas leituras

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    1. Olá =D

      Muito obrigada, gostei muito do livro, tem imenso humor para o género literário que é isso e isso é único!
      Concordo completamente com o que dizes, a narrativa é um autêntico passeio.
      Deveras, espero pelo segundo com muita curiosidade =)

      Beijinhos e boas leituras

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  2. Olá,

    Bem sem duvida que partilho da tua opinião, grande livro, repleto de ação e personagens interessantes, ficamos com muita vontade de ler a continuação e pelo que soube a Editora vai continuar a publicar mais livros desta serie o que acaba por ser uma excelente noticia, venham eles :D

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    1. Olá!

      Fico muito satisfeita com o facto de irem mesmo continuar a apostar nesta saga, porque é mesmo excelente! Gostei muito deste primeiro livro e aguardo pelos próximos =)

      Muito bom!

      Bjs e boas leituras!

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