Foi com grande satisfação que recebi o segundo volume desta obra clássica e logo comecei a lê-lo, para ficar a conhecer os destinos das personagens que tinha ficado a conhecer no primeiro volume.
Sinopse:
Edição comemorativa dos 150 anos da publicação do melhor romance de sempre.
A Rússia continua a ser devastada pelos exércitos de Napoleão, e as
mortes e tragédias sucedem se, ligando-se indelevelmente às vidas das
personagens. Estamos no início do século XIX, um dos mais conturbados da
história da Rússia, e as vidas de homens e mulheres cruzam-se num
tecido narrativo deslumbrante. Ainda assim, apesar de a felicidade
parecer algo impossível de ser vivido em tempos de guerra, há bailes e
casamentos, aventuras e diversões, festas e grandiosos momentos.
Guerra e Paz é um verdadeiro clássico da literatura universal, e aqui chegamos ao seu último volume. Eis uma obra intemporal que condensa toda a condição humana, simultaneamente romance histórico, bélico e filosófico, e propõe acutilantes reflexões sobre os temas que nos movem e comovem: a vida, o sacrifício, a liberdade, a justiça, o amor e a honra. (in Saída de Emergência)
Guerra e Paz é um verdadeiro clássico da literatura universal, e aqui chegamos ao seu último volume. Eis uma obra intemporal que condensa toda a condição humana, simultaneamente romance histórico, bélico e filosófico, e propõe acutilantes reflexões sobre os temas que nos movem e comovem: a vida, o sacrifício, a liberdade, a justiça, o amor e a honra. (in Saída de Emergência)
Opinião:
Depois de ter lido o primeiro volume e de o ter achado um pouco descritivo e sem muita ação, foi com alegria que constatei, ao começar a ler este e lá mais para o meio, que o enredo se estava a compor. Mais ação, mais drama e mais emoção são os três ingredientes que aparecem a mais neste volume e que me agradaram bastante.
A guerra está mais cruel, as personagens começam a deixar de viver num mundo de bailes e festas e começam a ver que todo aquele espetáculo não é mais do que uma farsa e que o cerne da questão real é muito mais vasto e obscuro. Começa a haver a luta de classes e as classes mais baixas têm o seu papel, vital para a mudança de muitas das personagens principais. As personagens masculinas, que andam pelos cenários de guerra, começam a ter mais lutas entre si. Gostei bastante do destaque que Peter continua a ter e das peripécias por que passou ao longo deste segundo volume e que o fizeram crescer enquanto ser humano.
O sarcasmo e a ironia, bem como a filosofia, continua a ser um marco bastante forte desta obra. Tolstoi é um mestre do sarcasmo e isso ajudou-me a gostar da história porque contribui para atenuar a grande quantidade de momentos descritivos e mais parados, que apesar de serem em menor número neste volume, continuam a existir.
Gostei mais de como a história se desenrolou nesta parte. As personagens estão mais interessantes, cresceram muito mais e já não estão tão fúteis, principalmente as personagens femininas. Existe uma humanização das personagens, dos seus atos e das suas ideias. Também aparece mais vezes Napoleão, o que é interessante.
Este livro vem uma parte final apenas sobre questões para debate relacionadas com temas pertinentes, sociais e filosóficos que podem interessar ao leitor. Eu li com gosto para compreender melhor a mente do autor e achei interessante a sua presença no final da obra, uma vez que esta é uma grande narrativa sobre questões complexas, sociais, morais, económicas, humanas. Esta obra será eterna por isso mesmo. Não porque a história seja maravilhosa ou extremamente bela, que até não o é, mas porque a sua base é verdadeira, real e eterna. Questões como a luta de classes, a alienação dos problemas reais da sociedade, as guerras, o amor, o perdão, as rivalidades...todas essas questões são parte constituinte do ser humano e nunca o abandonarão. Por isso é que esta obra vai continuar a ser lida e a ser amada através dos tempos, pelas grandes questões que levanta e que aborda.
Em suma, aqui está uma bela conclusão para uma obra de relevo mundial. Um clássico soberbo e muito bem escrito, repleto de sarcasmo e ironia, repleto de sentimento e emoção. Uma obra eterna que todos deviam ler e refletir. Quero, novamente, elogiar o design da capa e do interior, que continua excelente!
NOTA (0 a 10): 7
Viva,
ResponderEliminarEstou agora a terminar o primeiro volume e se não foi nada fácil entrar no enredo e no ritmo começo agora a gostar bem mais do livro e pelo que percebo esta segunda parte melhora um pouco em relação ao primeiro volume, vou querer ler obviamente e fico contente que tenhas gostado.
Mas é um pouco descritivo e falta-lhe personagens que nos façam vibrar por elas, mas como romance histórico está muito bom sem duvida :)
Bjs e boas leituras
Olá Fiacha,
Eliminarcompreendo-te perfeitamente. No início é um bocadinho difícil de entrar no enredo, em parte por causa da descrição e pelas personagens em si. Depois começa-se a entrar aos poucos e a gostar bastante. Foi o que me aconteceu.
Neste já não acontece isso no início, o que é melhor =)
As personagens podiam ser um bocadinho mais interessantes, é um facto. Tal como o é ser um excelente romance histórico =D
Bjs e boas leituras