O segundo livro de Carlos Ruiz Zafón que eu leio.
Decidi apostar nos
livros da história iniciada em "A Sombra do Vento" porque a escrita do
autor e o próprio enredo são bastante cativantes.
Em "O Jogo do Anjo", a personagem principal é David Martín, um homem jovem, jornalista e escritor. O livro começa com David a fazer uma breve introdução sobre como é que ele começou a escrever histórias e sobre como a sua vida mudou desde que o seu editor lhe deu autorização para escrever uma história para publicar no jornal.
David, sempre debaixo da asa de Pedro Vidal (um homem de Letras, com o grande objetivo de escrever um soberbo livro, muito rico e pertencente a uma nobre família de Barcelona), segue assim os passos iniciais dos escritores. David conta a sua infância e como o seu amor pelos livros começou. De uma forma muito franca conta como a sua infância terminou e o deixou à porta daquela redação de jornal onde trabalhou até quase aos vinte anos e como foi ajudado por Pedro Vidal desde pequeno.
As histórias policiais e misteriosas de David cedo começaram a fazer sucesso e os seus colegas, invejosos, deixaram de lhe falar e mostraram-se hostis para com ele. Só Pedro Vidal e o editor o continuaram a ajudar.
Mas cedo chegou a noticia do despedimento e David não sabia o que fazer. Então, Pedro Vidal contou-lhe que quem o tinha feito perder o emprego tinha sido ele mesmo para assim ajudá-lo a encontrar uma editora que lhe publicasse os livros. David começou a trabalhar com o nome de Ignatius B. Samson e escreveu uma história em fascículos, intitulada "A Cidade Maldita".
Em "O Jogo do Anjo", a personagem principal é David Martín, um homem jovem, jornalista e escritor. O livro começa com David a fazer uma breve introdução sobre como é que ele começou a escrever histórias e sobre como a sua vida mudou desde que o seu editor lhe deu autorização para escrever uma história para publicar no jornal.
David, sempre debaixo da asa de Pedro Vidal (um homem de Letras, com o grande objetivo de escrever um soberbo livro, muito rico e pertencente a uma nobre família de Barcelona), segue assim os passos iniciais dos escritores. David conta a sua infância e como o seu amor pelos livros começou. De uma forma muito franca conta como a sua infância terminou e o deixou à porta daquela redação de jornal onde trabalhou até quase aos vinte anos e como foi ajudado por Pedro Vidal desde pequeno.
As histórias policiais e misteriosas de David cedo começaram a fazer sucesso e os seus colegas, invejosos, deixaram de lhe falar e mostraram-se hostis para com ele. Só Pedro Vidal e o editor o continuaram a ajudar.
Mas cedo chegou a noticia do despedimento e David não sabia o que fazer. Então, Pedro Vidal contou-lhe que quem o tinha feito perder o emprego tinha sido ele mesmo para assim ajudá-lo a encontrar uma editora que lhe publicasse os livros. David começou a trabalhar com o nome de Ignatius B. Samson e escreveu uma história em fascículos, intitulada "A Cidade Maldita".
O que David não sabia era que um estranho homem, que ninguém conhecia, andava atrás dele para lhe fazer um misterioso pedido. Já desde os tempos das histórias do jornal que várias eram as cartas que o homem lhe enviava, mas daí até David ter conhecimento do desejo do homem corre muita tinta.
David é apaixonado por Cristina, a filha do motorista de Vidal. Cristina também sente afecto por David, mas ambos sabem que tudo devem a Vidal, e mais cedo ou mais tarde a cobrança e David sabe que não pode ficar com Cristina.
Tudo se passa em paralelo com a família Sampere, o avô e o pai de Daniel entram na trama e são de grande importância. O Cemitério dos Livros Esquecidos também é fulcral. E aparece Isabella, a mãe de Daniel, que tem um papel muito interessante e talvez o meu favorito.
Numa visita por uma Barcelona dos anos vinte e trinta, David persegue uma história e uma vida onde nada é o que parece e ele não sabe nada. Uma casa misteriosa onde habita um segredo muito escuro, uma história já vivida por outro homem a quem David está ligado sem imaginar, uma história de polícia e de assassínios misteriosos que não se sabe quem os comete, uma perigosa jornada pela possível loucura de um homem que vivera na casa onde David habita e pela qual sente desde pequeno uma enorme atração.
Uma história de suspense, mistério, traição, amor e paixão. Uma história que mais parece saída de um filme do que de um livro e que devia ser adaptada ao cinema.
Um desenlace misterioso onde muita coisa fica em aberto e que talvez possa ficar mais claro em "O Prisioneiro do Céu", o terceiro volume, publicado há pouco tempo em Portugal e que já vai na 3ªedição, onde Daniel Sampere o o seu amigo Fermín voltam para percorrer uma história que espero ser tão boa ou melhor do que esta, apesar de achar difícil ultrapassar a de "A Sombra do Vento", que na minha opinião é mais belo do que "O Jogo do Anjo".
Recomendo a todos os leitores que gostam de Zafón, e penso que é melhor ler primeiro "A Sombra do Vento" apesar de "O Jogo do Anjo" ser cronologicamente antes dos acontecimentos passados em "A Sombra do Vento". A escrita continua soberba e a forma como Záfon descreve o que vai acontecendo a David é espetacular, num estilo por vezes frenético, em especial na parte final.
Quanto a uma definição de género, talvez o suspense/romance. Tem muitos pontos de loucura e até alguns laivos de terror, com cenas onde não é possível definir o que é real ou não na "mente" de David ou em toda a sua história. Um estrondoso thriller romântico.
Nota (0 a 10): 9,5
Olá Maria. :)
ResponderEliminarZafón como sabes é um dos meus escritores preferidos, considero-o um escritor sem igual. Vou sempre para as suas obras cheia de expectativa porque sinto que gostarei sempre de algo que seja criado pelas suas mãos. Ao ler a tua opinião fiquei bastante curiosa, cheia de vontade de a ler. Acho que ainda este ano o farei. :)
Adoro a escrita e o role de ingredientes das suas obras, o terror, suspense e os laivos de loucura que referes, que tornam a obra ainda mais inesquecível. Saber que o autor mantém a qualidade, embora a primeira obra seja sempre especial, deixa-me contente. :D
Beijinhos e boas leituras*
Olá Rita! :)
EliminarTambém já é um dos meus favoritos. Agora tenho o Prisioneiro do Céu para ler!
Depois fica a faltar Marina e O Príncipe da Neblina, que também são muito bons de certeza!
Acho que deves de ler, o livro é mesmo muito bom, apesar de, a meu ver, não conseguir ultrapassar A Sombra do Vento. Tem um enredo muito "estranho" e um bocado para o thriller, mais do que A Sombra do Vento.
É mesmo especial :)
Obrigada, igualmente :D
Beijinhos