sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Parceria

É com bastante contentamento que venho aqui comunicar que estabeleci uma parceria com a Chiado Editora. Agora podem esperar, também, comentários e opiniões sobre os livros editados pela Chiado!

Espero que apareçam e que comentem! Assim, espero que gostem e que estejam presentes. 

Obrigada Chiado Editora e obrigada a todos os leitores do Imaginário dos Livros! <3
Quero também agradecer ao Fiacha, pois foi ele quem deu a sugestão! 

http://www.chiadoeditora.com/

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

"A Cidade das Cinzas", de Cassandra Clare

Sinopse:

Clary Fray só que­ria que a sua vida vol­tasse ao nor­mal. Mas o que é nor­mal quando se é um Caça­dor de Som­bras? A mãe em estado de coma indu­zido por artes mági­cas, e de repente começa a ver lobi­so­mens, vam­pi­ros, e fadas? A única hipó­tese que Clary tem de aju­dar a mãe é pedir ajuda ao dia­bó­lico Valen­tine que, além de louco, sim­bo­liza o Mal e, para pio­rar o cená­rio, tam­bém é o seu pai. Quando o segundo dos Ins­tru­men­tos Mor­tais é rou­bado o prin­ci­pal sus­peito é Jace, que a jovem des­co­briu recen­te­mente ser seu irmão. Ela não acre­dita que Jace de facto possa estar dis­posto a aban­do­nar tudo o que acre­dita e aliar-​se ao dia­bó­lico pai Valen­tine… mas as apa­rên­cias podem iludir. (in Goodreads)


Opinião:

Este é o segundo livro da saga dos Instrumentos Mortais. Depois de ter lido "A Cidade dos Ossos" e de ter gostado bastante, não podia deixar de ler a continuação. Pois bem, fiquei igualmente agradada; nem mais nem menos. Não quero estar sempre a repetir o mesmo, mas é impossível não comparar esta saga à trilogia da mesma autora, As Origens. Não consigo equiparar as histórias e por isso é-me impossível dar cinco estrelas a esta saga (até agora).

Analisando este livro...

Gostei bastante de como a autora está a conduzir o enredo e as personagens. Nada aparece sem sentido ou desconexo, só por aparecer. Há um sentido para tudo, mesmo que não esteja logo explicitado ou mesmo que seja só para descobrir num livro mais à frente. Gosto bastante destes aspetos, pois dão suspense à história, bem como revelam mestria por parte da escritora, uma vez que tal denota capacidades de coesão e coerência bem fundamentadas e com raízes.

Sinto que houve uma evolução nas personagens, tanto a nível de cada uma delas como das relações entre elas. Sinto que estão mais adultas e mais interessantes. Continuo a não gostar muito do Jace (coitado, eu tento gostar, mas ainda não me convenceu totalmente...!), apesar de no final ter ficado a gostar mais um bocadinho, devido às suas atitudes na reta final. Para mim, a personagem que mais evoluiu foi o Simon e não vou estar aqui a referir os porquês, se não iria estar a contar spoilers. Como é uma das minhas personagens favoritas gostei bastante de o ver com destaque, bem como as suas alterações. As personagens que apareceram neste livro e que apenas tinham sido mencionadas no anterior ou mesmo aquelas que não o tinham sido mostram-se bastante interessantes e misteriosas. Estou-me a referir aos pais do Alec e da Isabelle (os Lightwood), a Inquisidora e a Madeleine. A Maia também me convenceu.
Uma das personagens que mais gosto também esteve muito bem. Estou-me a referir ao Magnus, claro. É sempre fundamental e o seu relacionamento com o grupo (Alec, Clary, Jace, Isabelle, Luke e Simon) é bastante divertido, útil e intenso. Sem ele nada teria sido como foi, por isso ele é fundamental. Já na trilogia o foi, por isso acho bem que a autora tenha apostado numas histórias sobre ele.

Quanto a aspetos da história que tenha gostado muito, quero mencionar o episódio na corte das Fadas. Gostei bastante das descrições da corte e dos seus membros. As danças e as formas de estar da corte fascinaram-me. Gostei da rainha das Fadas, de como se entra na corte e de como tudo foi dirigido lá. Foi um capítulo fundamental para o enredo e mostra bem como a autora consegue interligar aspetos entre si para criar momentos e explicações.

Não podia deixar de referir o capítulo dos Irmãos Silenciosos. Foi o mais "creepy" e dos mais relevantes para o enredo. Muito interessante!

Continuo a achar que uma das mais valias desta história é o passado das personagens do Círculo. É das partes que mais gosto de ler, porque sinto bastante curiosidade. Foram os feitos passados dessas personagens que influenciaram o presente das personagens mais novas e dessas mesmo, das mais velhas.

Dou nove pontos porque não consegui ficar totalmente arrebatada pela história nem pelas personagens, no global. Seria injusto dar a mesma nota que dei à trilogia As Origens, que tanto me fascinou, comoveu e alegrou.

Em suma, gostei bastante. Estou à espera de ainda gostar mais. Gostei de como a autora conduziu os acontecimentos. Espero que o terceiro seja tão bom ou melhor!

Podem ler a opinião do livro "A Cidade dos Ossos" aqui.

NOTA (0 a 10): 9

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

"Magic Under Glass", de Jaclyn Dolamore

Estou apaixonada pelas personagens e pela história contada neste livro! Jaclyn Dolamore conseguiu criar um mundo maravilhoso e encantador, um mundo que há muito queria encontrar! Estou completamente feliz com este livro.

"Magic Under Glass" conta a história de Nimira, uma rapariga da aristocracia de Tiansher (ou Tassim) que depois de ver a sua família decair em nome e dinheiro, vê-se na necessidade de abandonar a sua terra para tentar ganhar dinheiro e alguma notabilidade enquanto dançarina e cantora. Três anos passados desde o dia em que chegou a New Sweeling, Nimira vê-se a ganhar a vida numa casa de danças em que é mal paga e nada feliz. Certa noite, durante um espectáculo, descobre que um gentleman está de olhos fixos nela e fica maravilhada. Quando esse gentleman vai até ao seu camarim e pede para falar com ela, Nimira aceita e ouve-o. Mr. Hollin Parry quer leva-la consigo para a sua casa em Vestenveld para que ela acompanhe o seu autómato a cantar, enquanto ele toca piano. Hollin é um jovem feiticeiro e a sua amabilidade para com Nimira logo a fazem decidir por aceitar a proposta e parte para Vestenveld.
O autómato de Hollin tem um problema, bem como a casa. Muitas foram as raparigas que tinham sido convidadas para cantar com o autómato, mas todas tinham fugido, afirmando que ele estava assombrado. Também a casa estaria, devido à morte da esposa de Hollin, Mrs. Annalie, dois anos atrás.
Nimira encontra um autómato de tamanho humano, muito belo e delicado e logo começa os ensaios. Hollin começa a aproximar-se de Nimira e os dois começam a desenvolver alguns sentimentos um pelo o outro, no entanto as raparigas não estavam a mentir. Quanto o autómato tenta travar conhecimento com Nimira, esta sente-se tentada a conversar com ele e os dois estabelecem uma comunicação. O passado de Erris, o autómato, é bastante atormentador e o que o levou até ali ainda mais. Erris pede ajuda a Nimira para que esta o salve e Nimira começa a tentar salvar o seu mais recente amigo.
O que parecia fácil logo se torna difícil e o que parecia normal, um desfile de segredos e intrigas. Nimira vê-se numa situação delicada, no meio de uma guerra onde ninguém é o que parece.

Gostei imenso, imenso, imenso.
As personagens são bastante interessantes, complexas e intrigantes. Gostei muito de Erris (fiquei completamente in love with him ^^), de Hollin e de Nimira. Nimira é uma personagem muito interessante, pois é uma boa protagonista. É inteligente, amável, sincera, nobre e bastante gentil. É de uma cultura descriminada no local para onde foi viver (Lorinar) e isso não a impede de tentar sempre mostrar os seus sentimentos e as suas raízes. É ela quem narra a história. A sua capacidade de contar os acontecimentos com imensa paixão faz com que o leitor consiga captar na perfeição tudo o que acontece na história.

Também gostei de outras personagens, mas não as vou mencionar pois estaria a dar pistas. O background de cada personagem também está bem desenvolvido e contextualizado.
As relações entre as personagens são bastante complexas, o que as torna ainda mais fascinantes. Existe bastante dualidade de sentimentos e de ações nas personagens, o que faz com que os seus comportamentos sejam imprevistos. O desenrolar dos sentimentos entre as personagens também é rico, uma  vez que é bem explorado e nada é feito ou dito ao acaso. Tudo tem um motivo e esses motivos estão bem explorados.

O enredo é rico e belo. Existem feiticeiros, fadas, criaturas sobrenaturais. É uma bela intriga e o contexto histórico (do mundo da obra) é bastante rico e bem explorado. Gostava de ter visto um mapa na edição, mas não trás. Os detalhes e as descrições são bastante funcionais e pertinentes, servindo para aguçar a imaginação do leitor.
Gostei da direção que a história tomou. Houve alguns momentos de suspense que muito me agradaram. O que parece ser não é e as peripécias são bastantes.

A leitura é fluente, pois a escrita também o é. A escritora consegue com que seja completamente possível imaginar as personagens, as roupas, as casas, os ambientes, os sentimentos. É como se estivesse lá, como se fosse o Pensatório de Dumbledore. Fantástico!

Estou muito curiosa para saber como é que as personagens vão conseguir resolver todos os seus assuntos. Erris e Nimira... um par tão belo e tão mágico!

Espero ler em breve o segundo volume.


I started for the door, and then I dashed back and looked into his eyes. He looked back, and as my eyes blurred with tears, I thought I saw the real man he had once been. The air took subtance between us, it pressed on my heart, it tugged at my arms. We could never embrace with our arms, but for that moment, we embraced with our souls.
I leaned in and kissed his rigid lips. 
"Mmm," he said, his final word before he wound down, the spark dying from his eyes. 
I slid down to the ground and cried. p. 135

NOTA (0 a 10): 10

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

"A Conquistadora", de Teresa Medeiros


"A Conquistadora" é um livro que queria ler há alguns anos, no entanto ainda não tinha tido a oportunidade de o ler. Essa oportunidade surgiu pelo Natal, quando adquiri o livro e no início deste mês comecei a lê-lo.

Devido à sua pontuação no Goodreads, senti alguma apreensão uma vez que me perguntei: "porque é que será que tem esta pontuação?". Como gosto de ter uma opinião própria o melhor que pude fazer para responder a essa questão foi ler o livro.

E o que pude concluir para responder? Pois bem, concluí que só pode ser pelo gosto dos leitores, uma vez que o livro está muito bom. Pelo menos, eu gostei muito.

A autora conta a história de Conn, o Ard-Reigh de Tara (rei supremo de Tara, Irlanda) que conseguiu unificar todos os reinos da ilha, e de Gelina Ò Monaghan, filha de uma família cujo pai traiu Conn, acabando por ser morto pelos homens do rei, levando à morte da esposa e à fuga dos filhos (Gelina e Rodney). A história que se cria entre Conn e Gelina não é um conto de fadas, sendo muitas vezes brutal. Vários são os momentos tensos entre ambos que muitas vezes terminam em violência e brutalidade. No entanto, o amor que os une é demasiado forte para ser vencido pelo ódio e pela dúvida que por vezes aparece para o aniquilar.

A história começa com a suspeita de um monstro que mata os homens do Fianna (os guerreiros de Conn, que seguem as regras da cavalaria e da lealdade). De modo a por fim a esse monstro, o próprio Fianna vai ao seu encontro para o derrotar. Quando descobre que o monstro não passa de um par de duas pessoas, vê-se confrontado com a realidade. Descobre Gelina, enquanto que o seu par foge apesar de ferido gravemente. Tendo acreditado que o seu irmão tinha sido morto, Gelina (de mais ou menos 16 anos) vê-se sozinha, apenas com Conn por companheiro e às suas mãos. É levada para a corte, onde é tratada como filha adotiva de Conn, uma vez que este omite a verdadeira identidade dela, afirmando que esta se encontrava prisioneira na gruta onde habitava o monstro.

À medida que o tempo decorre, Gelina começa a afeiçoar-se a Conn e a outros membros da corte, nomeadamente o anão Nimbus, que é bobo da corte e amigo de Conn; Mer-Nod, poeta e conselheiro do rei; e Sean, um membro jovem do Fianna que trava amizade com Gelina. Tendo por principais rivais a amante do rei e as suas companheiras, Gelina começa a tentar imitar as senhoras da corte, para se tornar mais feminina e delicada e para não ser alvo de riso mas de ciúme. O seu afeto por Conn também aumenta, começando a gostar dele por amor.

No entanto, Rodney não morreu no ataque na gruta e jura reaver a irmã. Para isso junta-se ao eterno rival de Conn, Eoghan Mogh, que o tenta por várias vezes tirar do trono de Tara. As questões políticas e de intriga também fazem deste enredo algo muito rico e interessante, uma vez que são complexas e estruturadas, de lógica compreensão.

A vingança jurada por Rodney e Gelina de matar os membros do Fianna e o próprio Conn vê-se assim comprometida. Mas nada fará com que Rodney desista da vingança e Gelina começa a sentir-se dividida e repleta de dúvidas. O amor que une Gelina e Conn sofre vários abalos e muitas vezes é revirado e tornado a virar.

Muitas são as peripécias que acontecem ao longo da narrativa e que enchem as páginas de reviravoltas. Gostei muito das situações apresentadas e de como se resolveram. Não existe nada desconexo e sem sentido, pois tudo se encaixa muito bem. Como refiro várias vezes, este é um aspeto que acho essencial nos livros, principalmente quanto têm um teor mais complexo e mais "inteligente". Não basta escrever um romance. Tem de haver um conteúdo rico e bem estruturado e este livro apresenta, a meu ver, esse conteúdo rico e estruturado.

Conn existiu de verdade, tendo vivido entre 116 a 136 (segundo Geoffrey Keating) ou entre 122 a 157 (segundo Annals of the Four Masters). O que aparece no site Wikipédia não aborda Gelina, no entanto, dado o final do livro, tal não comprova que ela não tenha existido na sua vida.

A parte histórica também está bem desenvolvida, bem como as descrições as paisagens, roupas, objetos e edifícios. Estes aspetos ajudam a imaginar a vida naquele tempo e isso é bastante agradável. As personagens estão todas caracterizadas muito bem, tanto física como psicologicamente. Gostei muito de Gelina, de Conn e de Sean. A escrita é bastante fluída e rica, tornando-se fácil imaginar o que está a ser descrito.

Em suma, esta é uma história para reter na memória.

Podem consultar mais informações aqui.

NOTA (0 a 10): 10

quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Feliz 2014

Desejo a todos vós um Ano Novo muito bom, cheio de tudo de bom. Que tenham boas leituras, também!!!