quinta-feira, 27 de junho de 2013

Festas Populares de São Pedro, no Montijo

Começam hoje as Festas Populares de São Pedro no Montijo. 
Estas festas tem um cariz religioso e folclórico,tendo tido início no século XVI, quando foi promovida pela confraria dos pescadores de Aldeia Galega (atualmente, Montijo). Como podemos ver, é um evento antigo, o que ainda lhe dá maior beleza, pois, mesmo com as mudanças normais dos séculos, as Festas continuaram, existindo ao longo dos séculos até hoje em dia. 

Como atividades religiosas temos a Procissão Fluvial, em que várias embarcações engalanadas viajam num percurso pelo rio (começando na base aérea nº 6) com a Imagem de São Pedro (no barco principal) até ao Cais das Faluas, indo depois em procissão até à Igreja do Espírito Santo, que é a Igreja Matriz de Montijo; temos a Missa Solene e à noite, a Procissão de São Pedro, com várias Imagens, que percorre as ruas do recinto da Festa, tendo como ponto de partida e chegada a Igreja Matriz. Estes acontecimentos são no dia 29 de junho.

Depois temos outras festividades, como as largadas, a corrida de touros, concertos, comes e bebes, carroceis, tascas, exposições, marchas e outras atividades do género. No último dia há fogo de artificio e a queima do batel

As Festas vão de 27 de junho a 1 de julho e há animação garantida!

Podem consultar aqui o Programa das Festas deste ano.


Apareçam e comentem =D

quinta-feira, 20 de junho de 2013

"Jonathan Strange & o Sr. Norrell", de Susanna Clarke

 Sinopse:

Há séculos, quando a magia habitava a Inglaterra, houve um mago que se distinguiu entre todos os outros. Chamou-se Rei Corvo, foi criado por fadas e, como nenhum outro, soube conjugar a sabedoria desses seres com a razão humana. Só que tudo se alterará a partir do momento em que um rei louco e alguns poetas mais arrojados fazem com que a Inglaterra deixe de acreditar na magia. O que acontecerá até meados do século XIX, quando o solitário Senhor Norrell, de Hurtfew Abbey, que faz andar e falar as estátuas da catedral de York, acredita que poderá ajudar o governo de Sua Majestade na guerra contra Napoleão.
Já em Londres, Norrell, encontrará Jonathan Strange, um jovem, rico e brilhante (mas também arrogante), que descobre por acaso que é um mago, tornando-se seu discípulo. Os feitos de ambos hão-de maravilhar a velha Inglaterra. Até ao momento, no entanto, em que a parceria, que parecia destinada ao sucesso, virará rivalidade. É que, fascinado pela figura sombria do Rei Corvo e atraído pela sua "insensata busca" por magias há muito esquecidas, Jonathan haverá de pôr em causa tudo o que Norrell mais estimava.
Jonathan Strange e o Sr. Norrell é, pois, um romance "elegante, mordaz e absolutamente arrebatador", envolvido em grande mistério e beleza que agarra o leitor até à última página.

in Goodreads

Opinião:

Tentei gostar muito...eu tentei...
Há vários anos que pretendia ler este livro, porque pareceu-me mesmo que era algo que eu ia gostar. Li grandes opiniões sobre ele e fazia uma ideia mesmo diferente do que me esperava. Não consegui gostar e o que mais me aborreceu foi o facto de estar sempre a espera de gostar. Sempre que virava uma página pensava: "Ah, vai ser agora que isto vai melhorar!", e por vezes lá melhorava, havia uns laivos de ação e ambientes muito muito interessantes, e depois, depois voltava tudo ao mesmo.

É daqueles livros que tenho mesmo a sensação que podia ter gostado muito se fosse diferente. Achei-o muito parado na maior parte do enredo. Não conseguiu entrar na história, tentei mas não consegui. Não consegui sentir nada pelas personagens, a não ser um bocadinho pelo Strange e pela Arabella.

Toda a Faerie e a Casa da Esperança Perdida parecia-me tão interessantes, tão bem estruturadas... e acredito que estejam, mas é como já disse, não me convenceu. Talvez por estar habituada a livros com magia em que há muito mais ação. A prosa retórica, toda a conversa sobre outros autores e outros livros tudo isso fez com que eu não conseguisse entrar na história. Gostei da parte histórica, pois é um aspeto interessante ao longo do livro, uma vez que me deu uma visão diferente desses factos verídicos.

O enredo está intrincado e bem interessante, mas falta lá algo, a meu ver, mais ação. O Fiacha avisou-me, mas nunca pensei que fosse assim. Gostei muito do final, foi quando realmente senti alguma coisa pelas personagens, algo que gostava de ter sentido ao longo de toda a história e que me foi impossível.

O livro é bom, não digo o contrário, mas eu não gostei muito. É como diz as estrelas "its ok". Yeah, true. É fixe, tem uma boa intriga, é confuso (algo que me atrai nos livros), tem personagens interessantes, tem ambientes soberbos, principalmente os de Faerie, a Estrada do Rei, e isso tudo. A história do Rei Corvo também me interessou e gostava de a ter visto mais desenvolvida. A parte "mundana" do enredo foi o que mais me chateou. Estava à espera de mais magia! =)

NOTA (0 a 10): 5

sábado, 15 de junho de 2013

"Red Seas Under Red Skies", de Scott Lynch

"Ah ... Jean, I'm afraid you've lost me."

"No." Jean raised one hand, palm out, to the man opposite him. He then slowly, carefully shifted his aim to his left - until his crossbow was pointing at Locke´s head. The man he'd previously been threatening blinked in surprise. "You've lost me, Locke."
page 520

Sinopse:

Thief and con-man extraordinaire, Locke Lamora, and the ever lethal Jean Tannen have fled their home city and the wreckage of their lives. But they can't run forever and when they stop they decide to head for the richest, and most difficult, target on the horizon. The city state of Tal Verarr. And the Sinspire.

The Sinspire is the ultimate gambling house. No-one has stolen so much as a single coin from it and lived. It's the sort of challenge Locke simply can't resist...

...but Locke's perfect crime is going to have to wait.

Someone else in Tal Verarr wants the Gentleman Bastards' expertise and is quite prepared to kill them to get it. Before long, Locke and Jean find themselves engaged in piracy. Fine work for thieves who don't know one end of a galley from another.

in Goodreads

Opinião:

Depois de ter lido "As Mentiras de Locke Lamora", em 2011, ganhei um novo livro favorito. O primeiro livro da saga dos Cavalheiros Bastardos tornou-se logo numa maravilha para mim. O Locke Lamora é uma personagem fantástica, cheia de mistérios, mentiras, artimanhas e jogos que depressa me conquistou. Todo o ambiente e toda a história, com um enredo audaz, rico, extravagante e cheio de reviravoltas, fez-me ficar agarrada a esta história.

Como nunca mais saía o segundo volume em Português, decidi, dois anos depois, ler em Inglês. Como pude estar dois anos longe destas personagens? Como?!?!!

Scott Lynch apresenta-nos um enredo diferente do primeiro livro. Depois de um final em que tudo fica na corda bamba, com Locke a ser levado ao colo pelo seu amigo Jean Tannen para um barco com destino incerto, voltei a encontrar esta dupla a planear um novo esquema mirabolante para roubar os mais ricos, desta vez em Tal Verarr. Numa primeira parte, em simultâneo com o presente, é nos apresentado o passado, ou seja como foi que Locke e Jean chegaram a Tal Verarr, e assim ficamos a conhecer o que aconteceu até se chegar ao presente.

Locke e Jean começam por planear assaltar o cofre de Requin, o dono da casa de jogo mais famosa da cidade: Sinspire. O que eles não sabiam era que nem tudo ia correr como planeado e vêem-se confrontados com Maxilian Stragos, o "Archon" da cidade, o Comandante das tropas e da marinha, que governa a cidade em conjunto com os Priori, que são os representantes das guildas de alquimistas e artificies, que são a "nata da sociedade", também muito poderosos e que estão em "conflito silencioso" com o Archon, devido a lutas antigas e ao facto de quererem o governo da cidade para eles.
Depois de os envenenar, com um veneno latente que necessita de antídoto de mais ou menos dois em dois meses (e que só o alquimista dele sabe), Stragos obriga-os a trabalhar no seu plano.

Locke e Jean encontram-se assim com uma nova missão, pensada por Stragos, e que consiste em fazer deles dissidentes da marinha, com o desejo de se juntar aos piratas das Ghostwinds, umas ilhas um pouco distantes que sete anos antes se tinham rebelado contra Stragos, com o apoio da Capitã Bonaire, uma ex-comandante da marinha de Stragos. Essa revolta foi feita pelos piratas e acabou com Bonaire a assistir à morte dos seus apoiantes (os que foram apanhados), morrendo também depois e com a destruição das habitações e população de uma das ilhas.
Para além disso, as ilhas também têm os seus mistérios sobrenaturais e são por isso temidas.

"Yeah," said Locke, wistfully. "Yeah, she was so mad...so mad and so lovely. I used to love watching her climb. She didn't like ropes. She'd... take her boots off, and let her hair out, and wouldn't even wear gloves sometimes. Just her breeches and her blouse... and I would just-" page 214

Locke passa a ser Orrin Ravelle e Jean Jerome de Ferra, e ambos são treinados por um experiente marinheiro, Caldris. Quando partem para o mar, Locke e Jean vêem-se a braços com várias aventuras e perigos, dos quais muitos deles necessitam de uma grande dose de esperteza e coragem.

Depois de várias aventuras e contratempos, temos uma conclusão espantosa e excelente, com um final muitíssimo empolgante e grandioso, que em muito se compara ao do primeiro livro, se bem que diferente.

Por tudo isto que estive a escrever, pelas personagens, pelo enredo, pelas descrições, pelo humor, pelo perigo, pelas mentiras, pelas conclusões e acontecimentos da história, este é um livro que tem todos os ingredientes que me fazem querer ler um livro. É o meu tipo de livro perfeito, por assim dizer. Já tenho lido vários e as histórias de Scott Lynch fazem-me sempre exclamar palavras ao longo da leitura, o que é um sinal da mestria da sua obra, a meu ver claro. Se bem que é indiscutível a mestria de Scott Lynch! Excelente escritor, porque é preciso ter coragem e audácia para escrever um enredo assim (e como o do primeiro livro). 


Espero com muita curiosidade pelo próximo "Republic of Thieves" que está para sair este ano. Com um final destes, só posso querer ler o que acontece!!! A reação do Jean no fim é a minha reação!

Se gostam de livros de aventuras, não podem perder estas histórias! Fazem um grande favor a vós mesmos ao lerem-nas, porque vão-se divertir muito e até sofrer pelas personagens! Sempre com humor e boa disposição, Locke e Jean conduzem-os por uma atmosfera maravilhosa e mágica, com muita magia e mistério! 

It was a red moment, all the world from sea to sky the colour of a darkening rose petal, of a drop of blood not yet dry. The sea was calm and the air was still; they were without interruptions, without responsabilities, without a plan or an appointment anywhere in the world. page 625

"It is a favour," said Locke. "A favour to me. You save my life all the time because you're an idiot and you don't know any better. Let me... let me do it for you, just once. Because you actually deserve it." page 627

NOTA (0 a 10): 10

terça-feira, 11 de junho de 2013

Star Trek - Além da Escuridão

Já foi há mais de três anos que saiu "Star Trek", filme de J.J. Abrams e que eu tanto gostei. Nunca vi a serie televisiva nem nenhum outro filme da saga, por isso a minha opinião só pode ser fundamentada com base nos estes dois filmes. Sei que devia ver as series para entender melhor a história deste mundo, mas por enquanto ainda não as vi. Pode ser que um dia destes comece a ver. 


Como já disse, gostei muito do filme anterior. Os atores que interpretam as tão famosas personagens estão muito bem, conseguem ser bastante realistas. A história foi muito cativante, cheia de ação e aventura, com momentos muito emocionantes e emocionais. De negativo, só encontrei o vilão...não consegui sentir que aquele vilão era mesmo mau e apesar dos seus motivos estarem explicados ao longo do filme, não consegui sentir raiva ou outro sentimento por ele... só pelo facto de ele estar a prejudicar a Enterprise e os seus ocupantes. 

Pois bem, neste novo filme isso não aconteceu. Consegui sentir emoções em relação ao vilão, o que para mim é um sinal bom, de como este está bem construído e também do desempenho do ator. Benedict Cumberbatch está perfeito. O seu olhar, a sua voz quente e melosa, o seu ar forte e corajoso e as suas artimanhas...tudo está a seu favor. Um maravilhoso vilão. Mas ele não é o único neste filme, o que é ainda mais interessante.

Por palavras muito breves, esta aventura tem como base a procura e possível destruição de John Harrison, ou Khan, membro da Organização, e responsável por ataques à mesma. Kirk e a sua Enterprise vão à procura dele ao único sítio onde eles não poderiam ir: Kronos. O que eles não sabiam era que a sua missão era mais do que uma busca ao homem. Kirk e a sua tripulação vê-se a braços com uma ameaça muito maior que lhes vai dificultar a viagem de regresso à Terra.
 
Temos presente uma "luta" entre Spock, Kirk e Uhura, em que estes últimos se sentem desconfortáveis com a aparente falta de sentimentos de Spock... algo que vai ser tratado ao longo do filme, culminando num momento inesquecível e deveras emotivo.
I have been and always shall be your friend...  (Captain Kirk)

De referir também o maravilhoso início em que vimos a amizade de Kirk e Spock no seu limite, sendo essa a ponte para todos os acontecimentos entre ambos e que tanto marcam o filme (e que marcaram o anterior também).
A banda sonora é brilhante. A música inicial é estrondosa e todas estão muito adequadas às sequências do filme. Muito bem!


Depois destas palavras, só tenho a recomendar a todos os que são fãs. Os que não são também podiam ver!


Nota (0 a 10): 10

segunda-feira, 10 de junho de 2013

A Ressaca III

Fui ver "A Ressaca III", na semana passada. Vi os anteriores e ri-me imenso. O primeiro é sempre o primeiro e foi tão bom que até ganhou o Oscar. O segundo, foi também muito bom, sendo que até gostei mais, devido às peripécias vividas pela Alcateia. 
Depois de alguns meses a ver posters a fazer lembrar o Harry Potter e os Talismãs da Morte parte 2, lá chegou o filme. 


Nesta nova aventura, a Alcateia vê-se obrigada a ajudar um dos seus membros (Alan), levando-o para um lugar de repouso. Então, no caminho para lá, são atacados por um grupo de indivíduos liderados por um homem do género mafioso, que lhes pergunta onde está o Mr. Chow, contando-lhes que este lhe roubou uma enorme quantia de dinheiro, querendo então descobrir o seu paradeiro (tinha fugido da prisão de alta segurança onde estava). 
É então que o homem rapta o irmão de Alan, querendo em troca que eles procurem Chow. 
O filme é uma aventura de ação, com situações cómicas. 

Não tem tanta maluqueira como os anteriores. Tem ação com aventuras à mistura. No meu ponto de vista, podia ter tido muito mais. Acho que a exploração que teve foi pouca porque tinha muito potencial. Os momentos de ação podiam ter tido mais ação e mais maluquices. A mítica cena do segundo filme em que Phil é alvejado e o Stu começa a gritar desalmadamente é tão fixe que não houve nada parecido neste filme e podia ter tido! 
A história também podia ter tido mais sumo: o filme era um bocadinho mais extenso e davam mais conteúdo.  Acabou muito depressa...podiam ter prolongado mais. 
Mas claro que é bom. Tem boas cenas, imagens icónicas que nos remetem para outras passagens. O desempenho dos atores é fantástico! Eles são a base de toda a história; sem aqueles atores o filme não seria o mesmo. 
O que podem com isto entender é que eu queria ver mais episódios da Ressaca! Uma trilogia é pouco.
De destacar a banda sonora, que é fantástica!


Ou seja, gostei bastante mas estava à espera de muito mais! 



Nota (0 a 10): 8