sexta-feira, 29 de novembro de 2013

"Expiação", de Ian McEwan

Depois de ter demorado algum tempo a ler este livro, cheguei à conclusão que foi bom assim. O facto de ter demorado mais tempo a lê-lo (por motivos exteriores ao livro) deu-me espaço para refletir sobre os diferentes momentos e partes que lia ao longo dos dias. Conseguiu saborear, refletir e construir as minhas próprias ideias sobre a história e a sua especificidade. Esta é uma história complexa e bastante nebulosa, que me fez pensar bastante na complexidade dos sentimentos do Ser Humano e do que leva o Homem a agir em determinado sentido, escolhendo um caminho e não outro de tantos outros que lhe são apresentados em determinados momentos da vida.

A história da expiação de Briony Tallis é bastante triste. Sinceramente, não senti a mínima pena dela. A sua expiação é triste porque quem expia o seu erro acaba por ser a sua irmã, Cecilia, e Robbie Turner, o filho da mulher-a-dias da casa dos Tallis. Briony pode ter tido uma vida de expiação e de tormento entre o que fez, o que devia ter feito e o que fez acontecer, mas quem sofreu com a própria vida não foi ela. Senti bastantes vezes um ódio profundo pela personagem, principalmente na primeira parte do livro (que é dividido em quatro (jantar, guerra, enfermeiras, 1999, isto por palavras minhas).

No início é-nos apresentada a família Tallis e as preparações para um jantar em honra do filho mais velho, Leon, e do seu amigo, Paul Marshall, um promissor criador de chocolates com princípios químicos. Está-se em 1935, em Londres. A família Tallis é uma família bem posicionada na sociedade, um tanto abastada, mas não por aí além. Existem três filhos: Leon, Cecilia e Briony, a mais nova. Durante esse período chegam à casa Lola, Pierrot e Jackson, filhos da irmã da mãe dos Tallis. Os três irmãos estavam a viver uma vida bastante atribulada devido ao divórcio dos pais e para os ajudar são enviados para a casa dos Tallis. Para presentear o irmão, Briony escreve uma peça (As Provações de Arabella) e tenta fazer com que os irmãos a dinamizem com ela durante o jantar. Acaba por correr mal e Briony vê-se embutida numa confusão de sentimentos. A sua mente complexa, imaginativa, perturbadora, exaltada, a sua mente odiosa e distorcida, provoca uma alteração irremediável para a vida da família.
Depois de ter observado Robbie e Cecilia num estranho comportamento, recebe das mãos de Robbie uma carta para a irmã, que acaba por abrir e ler, deturpando o seu conteúdo. As suas ideias e deturpações levam à prisão de Robbie, ao afastamento de Cecilia e à sua expiação.

Robbie vê-se enviado para a guerra, Cecilia vê-se a abandonar a sua casa, partindo para uma vida de sofrimento e espera pelo seu amado, enviado para a França. Cecilia acaba por se tornar enfermeira, de modo a tornar-se independente. Briony também envereda por enfermagem, para expiar a sua culpa através da ajuda aos soldados feridos.

Temos também a história do ponto de vista de Robbie, na segunda parte. A jornada pela França, durante a retirada para Dunkirk, e a espera fatal pelo barco e pelo reencontro com Cecilia. Os seus pensamentos e atos... a sua espera adiada. Esta foi a parte de que mais gostei. Robbie e Cecilia são as minhas personagens preferidas da obra e é neste capítulo em que elas estão mais presentes. As descrições da guerra, do ambiente e do estado de espírito de Robbie também me fizeram gostar bastante desta parte.

Na terceira parte temos novamente Briony, agora com 18 anos, estagiária de enfermagem. A voltas com a sua culpa e com o desejo de resolver o mal que provocou, Briony vê-se envolvida no início da guerra contra a Inglaterra, desabrochando assim para a sua profissão, tratando dos feridos e dos moribundos. Apesar de ser novamente sobre Briony, esta parte foi muito interessante. Está mais crescida, mais senhora, mais decente. Já não tem as ideias deturpadas da vida e o desejo de expiação é bastante forte e comovente. Existe uma parte deste capítulo bastante comovente, em que ela é mandada acompanhar um jovem francês com um ferimento medonho na cabeça, Luc Cornet. O diálogo entre ambos e o seu término é bastante forte e vivido, deixando uma impressão na memória. Também a parte final do capítulo, quando Briony vai visitar a irmã, é bastante rica e nobre, mostrando extrema mestria na escrita do autor. A forma como esta parte termina é bastante bela e prometedora, deixando antever um alívio para Briony e para o casal.

Porém, nada é o que parece e a última parte, uma espécie de epílogo, revela-nos o verdadeiro final da história. Foi a parte mais nostálgica da obra e mostra bastante bem a vida e a mente de Briony, agora com 77 anos. As suas explicações e pensamentos, a sua justificação, são factos bastante interessantes e complexos que fizeram com que eu a compreendesse. Este é o melhor final para esta obra. Não havia outro possível e denota, mais uma vez, a mestria do autor.

Sim, gostei do livro. Gostei da complexidade dos sentimentos e dos pensamentos. Gostei do enredo, das personagens, das suas vidas e das descrições. A parte da guerra está bastante interessante, tanto no segundo como no terceiro capítulo. Esta é uma obra que necessita de reflexão e de tempo para ser degustada. Não é uma história fútil, leve ou simples. Pelo contrário, é bem complexa e densa. Vale muito a pena. 

Vi o filme. Os atores não podiam ter sido melhor escolhidos.


Está muito fiel e muito bom.
Por isto tudo, recomendo a sua leitura.
Deixo aqui uma citação que para mim foi sublime.

Saiu do café e, ao percorrer o Common, sentiu aumentar a distância entre ela própria e um outro ser, não menos real, que estava a regressar ao hospital. Talvez a Briony que se dirigia para Balham fosse a personagem imaginada, a assombração. Aquela sensação irreal intensificou-se quando, passada meia hora, chegou a uma outra High Street, mais ou menos igual à que deixara para trás. pág. 372


Este vídeo foi feito por mim. Espero que gostem :) Achei que a letra da música se adaptava muito bem.

NOTA (0 a 10): 8,5

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Os 10 anos da Editora Saída de Emergência

Depois de ter sido convidada pelo Fiacha a fazer este post, aqui está ele!
É com enorme prazer que dou os parabéns a esta Editora, que tem tantos livros bons e que me fazem sonhar.
Espero que a Editora faça muitos mais aniversários, sempre recheados de sucessos e excelentes novidades.

Para comemorar vou fazer os livros que mais gosto desta Editora, nomeadamente da Coleção Bang!.




 Boas coleções, personagens soberbas e enredos ambiciosos! Belas histórias cheias de ação e suspense, que me prenderam num instante :)

E vocês? Quais são os vossos favoritos?

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

"Princesa Mecânica", de Cassandra Clare

Sinopse: Último livro da sequela de sucesso da série Caçadores de Sombras, que nos mostra as suas Origens. Tessa Gray devia estar contente, como todas as noivas! Mas, enquanto se prepara para o casamento, uma rede de sombras envolve os Caçadores de Sombras do Instituto de Londres. Surge um novo demónio, ligado pelo sangue e secretismo a Mortmain, o homem que tenciona usar um exército de impiedosos autómatos, os Instrumentos Infernais, para destruir os Caçadores de Sombras. O perigo, a traição, os segredos, os feitiços, o amor e a morte entrelaçam-se quando os Caçadores de Sombras quase se autodestroem na conclusão de cortar a respiração da trilogia de os Caçadores de Sombras, as Origens. (in Goodreads)
Opinião: 
É com enorme prazer que venho aqui escrever a minha opinião sobre este esplêndido livro.

Depois de ter esperado meses por ele, ansiosamente, cheia de curiosidade e a ver algumas ilustrações no deviantArt e imagens no Tumblr, de modo a ter alguns vislumbres do que por aí vinha, chegou o momento de poder ler "Princesa Mecânica". Foi um momento emocionante, pois estava a começar o terceiro e último livro desta maravilhosa trilogia de Cassandra Clare, que me cativou imediatamente no primeiro: "Anjo Mecânico".

Foram inúmeros os enredos que criei na minha imaginação, bem como os finais que esta história podia ter. Imaginei muita coisa que podia muito bem ter acontecido neste livro. Imaginei vários momentos pelos quais desejava. E muito do que imaginei não aconteceu. Simplesmente, porque não era para acontecer. Não era. Cassandra Clare deu-nos uma história bastante marcante, muito bela, muito triste, que me fez chorar por várias vezes, bem como gritar com o livro, literalmente. É daquelas histórias que me agarram e prendem, não me deixando fugir.

Apaixonei-me pelas personagens, principalmente por Jem Carstairs. Tendo em conta a situação em que ele se encontrava no final do segundo livro, foi com algum sentimento de melancolia que esperei pelo seu desfecho. Como sempre torci pelo casamento entre Tessa e Jem, foi com grande entusiasmo que segui a história, esperando pelo momento.
Sabia que não ia ser fácil ver Tessa e Jem juntos, despedaçando o coração de Will, que amava Tessa e estimava acima de tudo Jem. Gostando de todas as personagens, sabia que ia "sofrer" fosse qual fosse o final delas. E "sofri".

Cassandra Clare consegue desenvolver um enredo apaixonante, onde nem tudo é o que parece, onde muito fica encoberto, sendo depois descoberto adiante. Tudo acontece no momento certo, como se estivesse sempre um relógio, um compasso certo. As personagens vivem as suas vidas de modo a que tudo se encaixa, tanto nas sua vidas como no ambiente circundante.

A ameaça de Mortmain torna-se feroz, total e arrepiante, o que só acrescenta emoção à história. A ação é total, com grandes momentos de suspense, terror, emoção, intriga, medo, paixão, dor, sofrimento e amor. Finalmente ficamos a saber a verdadeira história da vida de Theresa Gray. Quem é ela, de onde veio, como foi feita, por quem... o que a protege e porquê. A sua história é bastante triste, estando ligada a outras personagens que já apareceram nos livros anteriores. É muito bom ver as ligações que a autora estabelece com os passados das personagens de modo a moldar-lhes uma história só sua. Tudo está ligado e isso é algo que me seduz num livro, pois demonstra que é sinal de inteligência por parte de quem o escreve, uma vez que puxa pela mente do leitor.

E surpreendeu-me. A história de Tessa, e do seu passado, surpreendeu-me, bem como a forma como aconteceu o desenlace. Mas não foi só aí que fiquei surpreendida. A amizade/amor de Will, Tessa e Jem também me surpreendeu, pois o amor de Jem por todos foi sublime e de partir o coração. Houve momentos em que só me apeteceu bater no livro. Houve momentos em que foi triste e houve momentos em que sorri. A história destas três personagens é muito bela, das mais belas que já li. Digna de um romance gótico clássico.

Jem é a personagem mais fantástica, com o carácter mais belo, mais bondoso, mais misericordioso, das que tenho tido o prazer de acompanhar ao longo das minhas viagens literárias. Jem é a personagem que mais sofrimento trás à história, é aquela personagem pela qual sempre senti um carinho especial, como já disse. E foi com enorme tristeza que o vi ser traído. Foi o momento mais horrível desta leitura. Foi o mais chocante.

Existem vários acontecimentos paralelos ao longo da história. Temos Cecily, a irmã de Will, que quer levá-lo para casa. Temos Charlotte (e as invenções de Henry) a tentar aguentar o Instituto, sendo atacada pelo consul Wayland e pelas suas traições. Temos Gideon e Gabriel Lightwood, Sophie, Cyril e Bridget, e ainda o regresso atribulado de Jessamine. Temos vislumbres do passado de várias personagens. Temos romances paralelos e histórias muito belas pelo meio. É um romance muito completo, pois não é redutor, mas abrangente. 

As descrições são muito belas, nomeadamente do País de Gales, onde se passa grande parte da história. A escrita da autora é fluente e rica, sendo por isso possível imaginar-me lá no meio da ação.

E como não podia deixar de ser, temos um final digno dos finais mais cruéis, mais belos e mais apaixonantes. Não esperava por aquele final, porque para mim, ou ela ficava com Will ou com Jem. Não esperava o que aconteceu e foi um momento de grande emoção, que me fez vibrar o coração. Foi deveras maravilhoso, estranho, mas perfeito. No final, depois de ter sofrido durante grande parte da história, senti-me satisfeita, senti-me completa. Aquele foi o melhor final, apesar de tudo o que o proporcionou. Sem o que aconteceu pelo meio, aquele final seria impossível e o livro não teria tido um final tão mágico, tão emocional e belo.
Não, este foi o melhor final, o mais justo para todas as personagens e o mais difícil. 

Não sei o que posso dizer mais sem contar pormenores... o que posso mais dizer? Qualquer detalhe seria um spoiler, e esta história não é para ser "spoilada". Desde a leitura de "Os Dragões do Assassino", de Robin Hobb que não me sentia assim. Brilhante e belo, é o que posso dizer.

Leiam a trilogia, é completamente maravilhosa e o desenlace é esplêndido!
Deixo-vos algumas citações, para que possam maravilhar-se com eles.

- Confrontei-o - continuou Will - quando soube que andava a tomar mais yin fen do que devia. Fiquei furioso. Acusei-o de desperdiçar a vida. Sabes o que ele me disse? "Por ela faço tudo." (...) A decisão foi dele, Tessa, tu não o obrigaste a nada. Jem foi feliz contigo (...) Apesar de tudo o que te disse, ainda bem que ele teve aquele tempo contigo. Tu também devias estar contente.

Jem começara a tocar em memória dos anos de vida de Will, tal como ele os vira; em memória de dois rapazes a treinar na sala de armas, um a mostrar ao outro como se lançavam facas; em memória do ritual parabatai: o fogo, os votos e as runas que queimavam; em memória de dois rapazes a correr pelas ruas escuras de Londres, parando para se rirem encostardos a uma parede; em memória do dia na biblioteca em que tinham brincado com Tessa por causa de patos; em memória da viagem de comboio para Yorkshire, durante a qual Jem dissera que os parabatai deviam amar-se como às suas próprias almas; em memória do amor de ambos por Tessa e do dela por eles; em memória das palavras de Will: nos teus olhos encontrei sempre bondade; ...

-Eu posso viver para sempre - disse Tessa (...)
-Eu sei - replicou Jem. - (...) Eu acredito que renascemos, Tessa. Eu sei que vou voltar, mesmo que não neste corpo. As almas que se amam são atraídas umas pelas outras na vida seguinte. Eu sei que voltarei a ver Will. os meus pais, os meus tios (...)
- Mas a mim não. (...)
- Estou a ver-te agora - replicou ele (...)
- E eu a ti - murmurou ela. Jem sorriu com ar cansado e fechou os olhos. Tessa levou a mão ao rosto e cobriu-lhe a mão com  a sua, sentido-lhe os dedos frios na pele, até que ele adormeceu. Com um sorriso pesaroso, a jovem baixou a mão e pousou-a na colcha. 


Não insistas para que te deixe, pois onde tu fores eu irei contigo e onde pernoitares, aí ficarei; o teu povo será o meu povo e o teu Deus será o meu Deus. Onde morreres, também eu quero morrer e ali serei sepultado. Que o Anjo me trate com rigor e ainda o acrescente, se até mesmo a morte me separar de ti. 

- Onde estás James? Procuro-te nas trevas, mas não te encontro. Tu és o meu pretendido, os laços que nos ligam deviam ser inquebráveis. Mas eu não estive presente no teu leito da noite, não me despedi de ti.

- Amavas-me? - interrompeu-a ele.

Tessa lembrava-se de ele lhe ter oferecido o pingente de jade da sua mãe com mãos trémulas, lembrava-se dos beijos no interior de uma carruagem, de entrar no quarto dele banhado pela luz do luar e de ver o rapaz dos cabelos de prata em frente da janela, tirando uma música maravilhosa do violino que tinha nas mãos.

- Vi muita coisa por esse mundo fora, mas ainda não vi tudo. Vem comigo para ver o resto, Jem Carstairs.



Podem ler as opiniões dos outros livros da trilogia aqui:

Anjo Mecânico
Príncipe Mecânico
NOTA (0 a 10): 10

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Thor - O Mundo das Trevas


Sinopse: Na sequência de "Thor" e "Os Vingadores" da Marvel, Thor luta para restabelecer a ordem em todo o cosmos, mas uma antiga raça liderada pelo vingativo Malekith regressa para mergulhar o universo nas trevas. Perante um inimigo que nem Odin nem Asgard conseguem vencer, Thor embarca na mais pessoal e perigosa aventura que alguma vez enfrentou, que o levará a reunir-se com Jane Foster e irá forçá-lo a sacrificar tudo para nos salvar (tirado de http://txiling.sapo.mz/agenda/thor-o-mundo-das-trevas#)

Sou uma pessoa que gosta bastante de ver filmes da Marvel, no entanto ainda não tinha visto nada sobre Thor. Como também gosto bastante de lendas e mitos, achei que era altura de ver estes filmes.

Vi o primeiro um dia antes, para me contextualizar e fiquei um bocado desiludida. Não que o filme esteja mau, nada disso. Porém senti que faltou alguma coisa. Praticamente o que gostei mais foi mesmo da parte final, em especial da luta entre Loki e Thor, bem como do ambiente visual, nomeadamente Asgard, Bifrost e a câmara para ir para os outros reinos. Achei que o filme era demasiado "mundano" e que não tinha muita ação para um filme da Marvel. 

Por isso foi com algum receio que fui ver o segundo, para o qual já tinha os bilhetes antes de ver o primeiro. 
E foi maravilhoso! Sim, o segundo filme é muito melhor do que o primeiro... bastante melhor. Aqui não sei se se pode considerar segundo ou terceiro, uma vez que há Os Vingadores pelo meio, filme que ainda não vi. 

 
O que para mim fez com que o filme fosse especial e melhor do que o anterior foi a história em si, todo o enredo, bem como os vilões (o Elfo Negro e Loki). Não achei o vilão de Jotunheim assim nada por aí além e por isso fiquei agradada com o Elfo Negro, que conseguiu ser mais malvado do que o rei do gelo. Depois temos Loki. Loki, irmão adotivo de Thor, é um espanto. Para mim é a melhor personagem, uma vez que é de uma maldade bem trabalhada, esperto e inteligente. Ele é de facto um grande mágico, ilusionista, ciumento, vingativo e enganador, sendo também bastante engraçado e até melancólico. A cena no reino do Elfo Negro foi simplesmente de tirar o fôlego. Quem viu o filme de certo que entende a que me estou a referir. Ver Loki e Thor juntos por uma causa e depois ver o desfecho de tal jornada foi de ficar aterrado. Pensei mesmo "Agora que ele estava a ser uma boa "pessoa"! Não merecia isto...". 


O filme está recheado de surpresas. Existem várias reviravoltas, bem como diálogos bem elaborados, ação grandiosa e maravilhosa (que qualquer filme destes tem de ter, pois em parte é o que lhe dá vida), personagens complexas, ambientes de cortar a respiração, uma banda sonora bem enquadrada (algo que sinto que também faltou no primeiro) e mais acontecimentos em Asgard. Os efeitos especiais estão excelentes e o 3D é desnecessário (vi em 2D e fiquei muito satisfeita). O enredo tem uma parte cientifica muito interessante, que me fez lembrar vários factos que por aí têm aparecido como o alinhamento dos planetas e outras teorias (estas da ficção), como as fendas no tecido dos mundos (algo que é recorrente na serie Doctor Who, da qual sou fã) e possíveis consequências. Natalie Portman também está melhor neste filme do que esteve no primeiro, com um papel decisivo e de extremo relevo para toda a história. 

Em suma, este é um filme muito bom, que vale a pena ser visto e revisto. De fazer notar a excelente elaboração das cenas das lutas e das reviravoltas, que alimentam o filme com a sua seiva. 


Recomendo a todos, especialmente àqueles que gostam dos filmes da Marvel. Achei muito interessante ver a junção dos deuses nórdicos com o universo da Marvel. Vão ver o filme! É muito bom!



NOTA (0 a 10): 10